sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um marido de inclusão

Um marido de inclusão



Há séculos atrás, a noção de mundo dos antigos passava pela visão de que a Terra era formada de linhas retas, e quando além da linha do horizonte o planeta repentínamente acabasse, um gigantesco precipício abria-se para o vazio do infinito.

Essa visão linear e simplista de mundo, formou uma mentalidade arraigada a costumes e crenças que ditaram durante muito tempo o comportamento social das pessoas, onde a incipiente ciência e os indivíduos considerados de natureza diferente dos "normais", tiveram imensas dificuldades de sobreviver em sociedades exclusivistas que adotavam um modelo comportamental intolerante às diversidades humanas.

É provável que o ápice dessa intolerância social tenha ocorrido durante o Santo Ofício da Igreja Católica, quando milhares de pessoas consideradas "diferentes" do modelo comportamental vigente, foram taxadas de hereges e perseguidas ou condenadas à morte pelos tribunais da Inquisição.

A herança dessa época sombria, traumática, ainda permanece de uma forma menos incisiva no sentido do preconceito e da discriminação. Hoje, porém, já existe uma nova mentalidade em formação, que aceita e inclui no convívio entre os "demais", os indivíduos considerados diferentes pela ótica do convencionalismo comportamental.

Aos poucos, da clausura de uma existência limitada pela vergonha ou pelo escárnio público, os "esquisitos" começam a sair de seus isolamentos para compartilhar a vida em sociedade. Tanto que, atualmente, surpreende o número de ex-marginalizados que revelam-se portadores de inteligência privilegiada a serviço da ciência ou formadores de opinião que influenciam consideráveis mudanças na mentalidade e no comportamento social, desde escritores, artistas, até cientistas e espiritualistas.

Há pouco tempo atrás, recebi em meu consultório uma mulher recentemente casada e em crise conjugal, cujo motivo, para a minha surpresa, revelou-se logo no primeiro desabafo: "Doutor, eu acho que casei com um marido de inclusão!"

Aos poucos fui entendendo a sua história. Eles, já quarentões. se conheceram, apaixonaram-se e resolveram casar. Esse processo levou apenas três meses, tempo insuficiente para se conhecerem mútuamente.

Quando se deram conta, estavam morando sob o mesmo teto, e ela descobrindo no dia a dia, facetas do marido que o envolvimento passional durante o curto namoro não permitiu que ela percebesse.

Com o passar dos dias ele revelou-se no convívio diário, um homem "papo-cabeça" e de idéias anticonvencionais, revolucionárias, embora a característica de fazê-la dar boas gargalhadas permanecia a mesma da fase anterior ao casamento.

No entanto, apesar de considerar o esposo um tanto estranho, afirmava amá-lo, mas que precisava entendê-lo melhor, e foi por este motivo que ela procurou ajuda na Psicoterapia Interdimensional.

A diferença entre ambos era acentuada: ele uma pensador dotado de inteligência acima da média, bom nível cultural, formação superior e bem informado no sentido geral. Mas desligado para certas regras sociais e indiferente à máxima de "construir patrimônio" no casamento.

Ela, racional, realista e focada no crescimento mútuo a partir do matrimônio. Tradicionalista no sentido de seguir valores herdados pela educação parental, tinha dificuldades em entender o marido através de uma outra ótica. Uma ótica que ela desconhecia...

O trabalho terapêutico, então, focou o amplo significado do termo "diferente" no atual contexto sócio-cultural, ou seja, o fato da diversidade humana abranger uma gama de tipos diferentes de pessoas, que não somente portadores de deficiências, mas também os demais excluídos por uma visão linear de sociedade que discrimina as pessoas que possuem uma visão -ou comportamento- diferenciado da "lógica retilínea" da vida.

Do além horizonte que termina na beira de um abismo sem fim, evoluímos o suficiente para entrar no terceiro milênio com uma visão focada na expansão da consciência e um olhar que contempla o universo como sendo a extensão de nossa morada...

De uma ótica linear e exclusivista, evoluímos para uma visão que inclui e aceita a diferença, pois somos resultado de escolhas que definem o nosso atual perfil biológico e psicológico. Perfil suscetível a alterações conforme a inclinação de nossas tendências através do livre arbítrio.

Nesse sentido, já acompanhei experiências regressivas em que a pessoa dita "normal" sob o aspecto dos padrões de saúde, fora em outra vida um indivíduo incapaz e dependente de terceiros. Assim como já acompanhei regressões em que o inválido em outra vida, hoje goza de boa saúde e plena capacidade produtiva.

Tudo no momento existencial de cada ser inteligente, é relacionada ao seu passado. No entanto, nada é imutável, e sim, adaptável à sua momentânea condição vital, conforme a interpretação das leis naturais no que diz respeito à reencarnação do espírito.

Portanto, a inclusão no convívio social -entenda-se aceitação- de pessoas consideradas diferentes, é um sinal dos novos tempos de transformações para a humanidade, cujos diferentes e esquisitos, ou seja. os gênios, as crianças-índigo e os pacíficos e puros de coração, entre outros, começam a chegar cada vez em maior número entre nós.

São as pessoas de inclusão -as diferenciadas- que transformarão a energia do planeta em uma realidade social menos invasiva, incisiva e mais plena de se viver. Por este motivo, ter um filho superdotado ou um marido com idéias revolucionárias não é o fim do mundo, e sim, o começo de uma nova era.

Vida, amor e sexo: uma visão integral

Vida, amor e sexo: uma visão integral


São três as palavras que sintetizam a existência do homem sobre a face da Terra: vida, amor e sexo. Baseado na essência de seu significado diante das leis naturais, o ser inteligente aprende e deixa de aprender durante as sucessivas vivências no corpo físico.

SAÚDE PERFEITA

Se o indivíduo renasce com perfeita saúde, encontra-se apto a experienciar a "essência" de uma forma plena, uma vez que o seu mérito, conforme interpretação das leis espirituais, foi legítimo e não por acaso.

Ao nascer com o organismo saudável, cabe a seus pais ou substitutos a responsabilidade de encaminhar a sua educação da melhor forma possível.

EDUCAÇÃO E CARÁTER

Conforme a influência dos responsáveis pela sua formação, o indivíduo altera positiva ou negativamente os traços de caráter que trás de outras vidas.

Alterando-se positivamente o caráter da criança, a tendência é a saúde qualificar-se no sentido de sua integralização, beneficiando, dessa forma, a todos que convivem em um mesmo espaço familiar

Ao tornar-se adulto, este filho que teve como modelos, pais equilibrados e amorosos, torna-se também um indivíduo focado e em harmonia com a vida.

Gozando de saúde integral, a bioenergia deste adulto flui intensamente pelos sistemas vitais do organismo, unificando-se à energia espiritual e proporcionando ao indivíduo sensação de bem-estar e de felicidade.

EDUCAÇÃO E FELICIDADE

Sem graves comprometimentos de ordem psíquico-espiritual, a tendência dessa pessoa, ao combinar amor e sexo nas suas relações afetivas, é ampliar a sensação de felicidade e bem-estar.

A vida centrada no equilíbrio entre amor e sexo não egóico ou possessivo, mas expansivo e libertador, faz do adulto que foi amado pelos seus pais na infância, um multiplicador da energia amorosa que irá influenciar positivamente os espíritos que reencarnarem como seus filhos.

Por este motivo, vida, amor e sexo se fundem em um único e profundo significado, cujo aprendizado passa, imprescindívelmente, pela responsabilidade dos pais na missão de educar seus filhos para a vida.

É de tal importância a educação, que sob os pontos de vista psicológico, filosófico e reencarnacionista, a sensação de felicidade ou infelicidade de uma pessoa adulta, tem como base a sua vivência infantil, sendo que na teoria da imortalidade da alma, a projeção de seu significado envolve também as infâncias de outras vidas do espírito encarnado, ou seja, outras experiências como criança na relação com seus pais.

APRENDIZADO

Viver, amar e fazer sexo, é um aprendizado para o espírito que reencarna, pois encontra-se nessa síntese vital, a maior dificuldade do homem: assimilar na própria vivência, a importância de seu significado. Por este motivo, retornamos para continuar o aprendizado da lição que não foi assimilada.

No entanto, quando percebermos que vida, amor e sexo representam um único conceito na experiência vital, é porque começamos a assimilar as responsabilidades que nos tocam no âmbito da afetividade, a iniciar pela reeducação de nossos sentimentos. Reeducação que começa pelo despertar de compromissos diante da vida, sendo que o desenvolvimento da sensibilidade é um dos mais difíceis desafios porque envolve sentimentos que devem ser praticados, como o amor, do qual ainda somos meros aprendizes na escola da vida.

Sem nos darmos conta, vida, amor e sexo fundem-se em uma única energia. Energia que reflete a síntese da existência do espírito, embora o homem insista em dividir o que na verdade é indivizível.

Por isso, a vida serve como aprendizado para que o indivíduo possa, aos poucos, assimilar o profundo significado do amor e tornar-se um mestre na arte da sensibilidade humana.

Cumplicidade afetiva



Cumplicidade afetiva

"Te queria por perto bem junto, mesmo longe, mas podendo te sentir sabendo, conhecendo a distância exata de poder esticar o braço e te pegar, trazer para mais perto. Vontade de beliscar, de morder. Quero tanto, tenho muito, mas é pouco para o que eu sonho. Sonho demais, viajo por todo lado. Todos mesmo. E tenho vontades, mas quero um cúmplice que divida, misture, troque de lugar. Quero juntar corpos e risadas. Enfiar dedos, bocas. Liquefazer vontades, bater, misturar cabelos. Sem diluir, sem reduzir. Só deixando ir." (autoria desconhecida)

Segredos íntimos, olhares furtivos, troca de carinhos, respeito mútuo, planejamento a dois, divisão de tarefas e co-responsabilidade na educação dos filhos, são algumas características da relação afetiva em que a cumplicidade é a energia que alimenta e aproxima dois seres que se amam.

A estabilidade de um relacionamento afetivo exige que a chama do amor não se apague. No entanto, a chama se manterá acesa se alimentarmos a energia do amor através de atitudes adequadas ao processo de amadurecimento dos indivíduos envolvidos numa proposta de crescimento.

Sem a parceria na relação, a tendência é a de que os egos falem mais alto nos momentos em que a razão deveria ocupar a vaga da emoção ou que o sentimento deveria estar no lugar do individualismo.

Unir-se ao outro somente por atração sexual é supervalorizar a libido (instinto) e desvalorizar o sentimento. Diminuindo-se o indivíduo diminui também o outro, vendo-o como objeto de seus desejos e não como um ser a procura de sua completude.

Sem a compreensão de sua transcendência e das relações interdimensionais que mantêm com a vida e com a companhia escolhida para dividir expectativas e esperanças, o indivíduo muito focado em si próprio, direciona o relacionamento na mão única de seus interesses.

No âmbito da inconsciência, esses "interesses" tornam-se projeções e transferências que acabam sublimando carências, vazios escondidos no baú do tempo, que revelam-se a cada dia de convivência, surprendendo um depois do outro.

Convivência comprometida pela falta de clareza do "aqui-agora" da relação e contaminada de energias deletérias que afetam o sentido de uma vida a dois, que é a constante troca de energias favoráveis ao crescimento individual e mútuo.

Na falta da cumplicidade, o indivíduo isola-se em si mesmo. E perdido o objetivo da união, subterfúgios interferem na relação como mecanismos de alienação que descobrem maneiras e formas de ludibriar consciências e manter as aparências.

Porém, nem toda rota de fuga leva a lugares seguros. Camuflada a ilusão, com o passar do tempo surge o caminho da desilusão, que mal iluminado, desorienta o caminhante para atalhos ainda mais inseguros de sua existência.

Cumplicidade afetiva exige desprendimento, confiança, percepção de si mesmo e do outro, sensibilidade, afetividade e, acima de tudo, amor, que envolve todos os pré-requisitos de uma relação saudável e focada no crescimento.

A parceria, o querer-se sem dependência afetiva ou conflito de egos, constrói uma relação estável, fundamentada em valores interdimensionais indispensáveis para a edificação de uma obra que poderá balançar com os "abalos" das crises de relação, mas que jamais desmoronará pelo fato de ter sido estruturada em bases sólidas e firmes.

Nascemos, crescemos, nos relacionamos afetivamente, mas não questionamos as razões do processo que nos leva a "amar" o outro. Do desejo do amor cúmplice, existe uma caminho a ser trilhado que exige transparência, autoconhecimento, aceitação, desejo e, principalmente amadurecimento.

A maturidade, no entanto, é uma conquista que chega após árdua luta interna, onde as verdades revelam-se no calor das batalhas íntimas, até que a paz permanente permite o gozar da felicidade possível a cada um.

Portanto, não esperemos sentados pela maturidade para nos tornarmos cúmplices no amor. Nos empenhemos no processo de amadurecimento que cumpre etapas em uma relação de propostas claras, objetivas e transparentes, e que visem a fusão de identidades-personalidades, sem, no entanto, despersonalizar o indivíduo ou fazê-lo perder o senso de identidade própria e de liberdade de escolha, mas os excessos do ego, que ao mutilarem um relacionamento, acabam também por desestabilizar mentes e sufocar corações envolvidos em uma proposta de amor.

Deixa que digam, que pensem, que falem!

Deixa que digam, que pensem, que falem!



No trabalho terapêutico, costumo me deparar com casos em que as maledicências, infelizmente comuns ao ser humano, afetam psiquismos mais sensíveis à interferência de energias, que consciente ou inconscientemente, tornam-se "armas" potencialmente agressivas.

Em alguns casos em que o indivíduo é diagnosticado como portador de delírio persecutório, ou seja, tem a sensação de que é perseguido ou que pessoas à sua volta estão falando mal dele ou de outra pessoa da família, a regressão de memória é indicada no sentido de investigar as origens do sofrimento psíquico.

O caso clínico que abordarei a seguir, trata-se de um típico exemplo de que não devemos nos precipitar nos diagnósticos sem buscar mais a fundo as suas causas.

Renato, muito nervoso, chega ao consultório carregando o fardo de "psicótico", portador de delírio persecutório. O recente diagnóstico, acompanhado de tratamento químico, deixa-o preocupado com a sua saúde e com seu futuro, já que é um jovem adulto.

No entanto, conforme verbaliza na primeira consulta, percebo nas entrelinhas de sua fala, a sintonia do remoto passado associado às experiências de buiylling ocorridas na infância da vida atual.

A suspeita imediata é de que Renato tornara-se o resultado de traumas psíquicos associados, isto é. experiências traumáticas de outras vidas somadas aos traumas dessa vida, em que o "delírio persecutório" é o reflexo da sintonia em forma de sofrimento psíquico.

Na sequência do atendimento, à medida que o processo terapêutico foi estabelecendo conexões interdimensionais, Renato sente-se mais relaxado com a situação em si e mais confiante na proposta da regressão de memória, que foi agendada com o seu consentimento.

No dia da regressão, ele encontra-se incrívelmente calmo e confiante na experiência. Antes mesmo do término dos procedimentos iniciais, Renato regride a uma vida em que fora, injustamente, acusado de traidor. Encarcerado em uma masmorra medieval, sofre uma série de humilhações até ser condenado e executado em praça pública.

Esse trauma psíquico associado aos traumas do buiylling da infância atual, agiu de forma danosa em seu inconsciente, influenciando no seu comportamento social e limitando o seu potencial no sentido dos estudos e da atividade profissional, pois a desconfiança e o medo de se expressar socialmente fora o resultado de sua sintonia intervidas que deixara-lhe "feridas" até então incuráveis.

Com a sequência das sessões de psicoterapia interdimensional, Renato começa a elaborar a sua experiência regressiva em relação ao seu diagnóstico, melhorando considerávelmente a sua percepção de momento vital. Já consegue discernir com facilidade e compreender que o seu sofrimento psíquico é resultado de seu passado e que por isso, deve reagir no sentido contrário a essa sintonia se quiser livrar-se de seu desconforto.

Convencido a não valorizar comentários maldosos a seu respeito ou a respeito de pessoas de seu convívio diário, Renato adota, aos poucos, uma atitude de indiferença consciente em relação às energias que antes o desestabilizavam.

À medida que de uma forma elaborativa o delírio persecutório deixa de ter uma origem desconhecida para revelar-se à luz da consciência, o problema começa a "morrer" com o seu passado de experiências psíquicamente traumáticas.

Hoje, Renato conquistou uma certa paz de espírito e um foco cujo desdobramento contempla a percepção de sua interdimensionalidade que foi fundamental para o corte da sintonia com o passado. Caso contrário, ele estaria ainda nervoso e agustiado com o seu futuro repleto de incertezas e medos.

Recentemente, questionado sobre as maledicências que são inevitáveis quando convive-se com a heterogeneidade humana, Renato saiu-se com surpreendente bom humor ao cantarolar parte da letra de uma música que fez sucesso no passado: "Deixa que digam, que pensem, que falem...".

Obs: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.

Aprendendo com o sofrimento

Aprendendo com o sofrimento


Sendo o sofrimento a experiência da dor física ou moral do ser humano, nada mais natural que a vida proporcione a todos nós os aprendizados necessários à evolução do espírito.

Como nada acontece por acaso, segundo a lei de causa e efeito, cabe ao indivíduo que passa por essa experiência, perceber o seu significado, ou seja, o que ela está querendo lhe dizer além das emoções e sentimentos.

Nesse sentido, muitos indivíduos na tentativa inconsciente de evitar o sofrimento, criam subterfúgios comportamentais onde o culto às aparências e a falta de naturalidade impedem que sejam aproveitadas as lições relacionadas à dor física ou moral.

Embora em algumas situações se apresentem como opção para "alimentar" as nossas decepções ou traumas psíquicos, o sentimento de revolta não é a solução para os problemas criados pelas circunstâncias da trajetória do espírito encarnado.

Decepções e perdas afetivas são incredientes na vida de todos nós. São testes para o espírito, e o desafio de cada um é compreender pelo prisma da razão, o significado de tais experiências.

A história da humanidade não é feita de eternos perdedores e ganhadores desempenhando os mesmos papéis no palco das reencarnações. Os papéis se alternam, mas os indivíduos são os mesmos. Um dia, aquele que foi ganhador também foi perdedor e, assim, sucessivamente, até o indivíduo perceber que o ciclo vicioso dos sentimentos negativos age contra aquele que o alimenta internamente.

Libertar-se de sentimentos que prendem o indivíduo às suas imperfeições, é um desafio que exige discernimento para que se processe em seu íntimo a energia do perdão e do auto-perdão.

A perda afetiva, por mais dolorosa que seja, revela ao indivíduo o desconhecimento das leis naturais, principalmente as que dizem respeito à reencarnação, que existem para dar suporte psíquico, esclarecimento e conforto espiritual nos momentos de privações.

Feliz daquele que na sua simplicidade compreende os mecanismos que interagem entre a vida e a morte, onde as perdas e as desilusões são peças dessa imensa engrenagem chamada existência.

Lembremos que a justiça divina é perfeita e que nada passa despercebido quando as leis espirituais são interpretadas pela lei maior, a lei do amor em consonância com a orientação natural do livre arbítrio.

O sentimento de revolta diante de experiências dolorosas, servem somente para gerar doenças psicossomáticas, psíquicas e orgânicas. Nada de útil ou de positivo acrescenta o sentimento negativo associado a fatores que explicam a natureza de experiências que nos chocam e que fogem à nossa compreensão.

Portanto, a depuração da energia negativa que trazemos de muitas vidas do espírito imortal, é de vital importância para que o indivíduo desperte de sentimentos negativos para sentimentos que abram a sua mente em direção à expansão da consciência.

No entanto, durante o processo de libertação do passado (depuração da energia negativa), é necessário que o ser inteligente eleve o perdão -e o auto-perdão- ao nível mais elevado de sua consciência, e de lá elimine todo resquício de sentimento negativo que ainda resta.

Podemos proceder dessa forma depurativa, através de preces ou meditação focada no perdão/auto-perdão, cuja intimidade do momento encarrega-se de elaborar espontâneamente as palavras através do pensamento ou da fala.

Ao registrar que devemos eliminar os sentimentos negativos por intermédio da prática depurativa, incluímos também a culpa e o rancor que são verdadeiras chagas a atormentar o indivíduo através de imperceptíveis mecanismos da obsessão.

A revolta, que reune em si vários sentimentos negativos que permanecem latentes, é a expressão máxima de algo que encontra-se aprisionado e que necessita de libertação.

Se essa energia de efeito danoso não for canalizada através da terapia interdimensional ou por intermédio da terapêutica espiritual, a tendência é manter por tempo indeterminado o indivíduo sob o seu domínio. Jugo que representa a manutenção de um estado de espírito que oscila entre o sentimento de inferioridade (vítima ou perdedor do passado-presente), e sentimento de superioridade (vilão ou ganhador do passado-presente).

No processo de depuração do pretérito, ao encontrarmos a raíz do problema, chegamos ao ponto neutro, ou seja, à cura de sentimentos que durante muito tempo tem cegado o indivíduo para os principais objetivos da vida: o exercício do amor entre semelhantes e o conhecimento de si mesmo.

Amar é compartilhar felicidade!

Amar é compartilhar felicidade!



A psicanálise, por ser um método de investigação dos processos mentais, nos fornece uma preciosa contribuição no que diz respeito ao tratamento das desordens emocionais.

Nesse sentido, na fase infantil quando mãe e pai biológicos (ou substitutos) são referências máximas na futura definição de perfis masculino e feminino, distúrbios psíquicos podem interferir nas relações afetivas do filho adulto.

À propósito da escolha de perfis, desde traços físicos e fisionômicos até o temperamento do pai ou da mãe ocorre num nível inconsciente. E uma situação corriqueira, que exemplifica tal afirmativa, é o da escolha que “surpreende”, ou seja, entre pretendentes mais interessantes sob o ponto de vista estético ou financeiro, o filho ou filha escolhe justamente aquele(a) que familiares ou amigos não entendem os motivos...

Na verdade, quando escolhemos o parceiro ou a parceira para um compromisso sério, estamos depositando naquele indivíduo, expectativas de que o suprimento de amor do qual necessitamos seja contemplado nessa relação.

No entanto, esse “suprimento” que representa as nossas carências afetivas, não inicia na nova relação com o sexo oposto, mas a continuidade do histórico de relações com as figuras materna e paterna que são transferidas para a atual relação.

As carências afetivas, portanto, tornam-se transferenciais, isto é, passam do pai ou da mãe para aquela mulher ou aquele homem cujas expectativas de suprimento que restou do passado, alimentamos inconscientemente.

Em suma: parceiro não é pai, mas tem que ser um pouco “pai”. Parceira não é mãe, mas deve ser um pouco “mãe”. Caso contrário, sentimentos não resolvidos com as figuras referenciais da infância, podem emergir com a energia das emoções desequilibradas que acabam por afetar a qualidade do relacionamento.

E quando a qualidade da relação deteriora é sintoma de que a gratificação afetiva -ou suprimento- não satisfaz as expectativas inconscientes, ou seja, o relacionamento repete o padrão do passado onde os traumas psíquicos (rejeição, ausência, abandono, etc.) que se tornaram crônicos em forma de psiconeuroses, começam a mexer com as emoções e a desgastar o relacionamento.

Portanto, o mais importante nas relações afetivas adultas é ambos encontrarem o ponto de equilíbrio entre a demanda afetiva do passado e a necessidade de suprimento do presente. Não esquecendo, que não basta ser um pouco mãe ou pai se o inerente desejo sexual não for contemplado pelo desempenho dos amantes...

Invariavelmente, o relacionamento íntimo -e sério- entre duas pessoas, envolve a fusão de carências afetivas, desejos e expectativas de crescimento pessoal e mútuo. E na ânsia de preencher o vazio de amor que ficou da relação com as figuras parentais da infância, o volume de energia que acompanha o envolvimento afetivo do casal, costuma gerar conflito de egos.

Se os envolvidos não tiverem um nível aceitável de conhecimento de si mesmos e do que o outro representa na relação, o envolvimento tende a fixar-se na demanda instintual (sexo), que apesar de ser importante no contexto geral, é apenas mais um ingrediente na qualidade do relacionamento.

Amar exige cumplicidade no sentido de compreender as carências que transitam numa relação amorosa. Ignorar é assumir um comportamento infantil ainda sintonizado ao passado.

Por este motivo, o risco maior para a relação ocorre quando levamos para a proposta de crescimento mútuo e pessoal, os sentimentos negativos que transferem-se para o outrem em forma de processo obsessivo e asfixiante para ambos, como a dependência afetiva e o ciúme patológico, entre outros.

Quanto mais estivermos focados numa relação afetiva estável, mais libertos estaremos da sintonia do passado para assumirmos a condição de adultos que encaram o amor como uma forma de buscar a completude e a felicidade.

Sob a ótica psicanalítica da alma, as experiências servem de aprendizado. E, a partir do momento vital que compartilhamos a felicidade em um relacionamento afetivo estável e de qualidade, tal experiência é inserida à nossa memória extracerebral (periespiritual) e ao nosso conhecimento, aprimorando, dessa forma, a nossa sensibilidade para o amor e alterando o modelo comportamental que nos acompanha há muitas vivências.

Uma vez “quebrado” esse paradigma comportamental pela gratificante experiência afetiva de uma única vida (aprendizado), e a partir de uma visão mais abrangente do amor, o ser imortal torna-se preparado para novas relações afetivas que envolvam a transparência e a leveza da felicidade compartilhada.

Cuidado com as aparências!

Cuidado com as aparências!



Para compreendermos o mal que existe em nós mesmos, precisamos aprofundar a investigação do psiquismo humano relacionado à sua natureza de conexões interdimensionais, e a cura das patologias psiquiátricas mais severas passa pelo estudo do mal como resultante das escolhas do espírito reencarnado que ferem as leis naturais que regem a vida no universo. Desconsiderar a investigação do inconsciente sob o enfoque interdimensional é manter um estado de coisas e adiar, por tempo indeterminado, a possibilidade de cura das psicopatologias estruturais que muitos transtornos causam ao seu portador e à sociedade. É o que abordaremos a seguir, a partir da ótica da psicoterapia interdimensional.

As máscaras escondem o que verdadeiramente somos, e essa verdade camuflada pelas artimanhas do psiquismo são reveladas à medida que convivemos com certas pessoas, principalmente aquelas nas quais depositamos a nossa confiança e, muitas vezes, o nosso amor.

No sentido espiritual e psíquico, somos individualidades que peregrinam num vai e vem pelas experiências reencarnatórias em busca de auto-afirmação, afeto e apoio. E quando diante das leis naturais as escolhas pelo livre arbítrio nos desequilibram, tornamo-nos individualidades ainda mais afastadas do Todo e da verdade de si mesmos.

Dessa forma, muito centrados no eu inferior e dependentes da satisfação dos instintos, ao longo das sucessivas vidas construímos máscaras que dissimulam o nosso caráter e moldam a nossa personalidade conforme interesses alimentados pela vaidade, orgulho, egoísmo e ambição desmedida.

Quando combinado com experiências traumatizantes na infância, pela ausência, rejeição, abusos ou abandono das figuras referenciais (pai, mãe), os traços negativos de caráter se acentuam, podendo levar o indivíduo a desequilíbrios ainda mais severos que comprometem a sua lucidez e o foco saudável da vida.

A delinquência, que não escolhe condição social é um exemplo de como o desequilíbrio psíquico-espiritual encontra-se espalhado por todas as camadas da sociedade. Se riqueza material, status, notoriedade ou currículo fosse sinônimo de honestidade ou saúde mental, viveríamos em um mundo onde os ricos seriam referência ética e moral. Mas sabemos que não é isso que acontece, pois os maus exemplos estão aí, por todos os lados, tanto no âmbito político quanto nos âmbitos social, profissional ou religioso.

Portanto, cuidado com as aparências que dissimulam verdades interiores e camuflam o verdadeiro caráter. Não se atire de corpo e alma em uma relação que exige, antes de mais nada, conhecer a pessoa a qual você pretende confiar, seja no âmbito das relações afetivas ou no âmbito das relações profissionais. Caso contrário, é real a possibilidade de você se decepcionar e sofrer com a experiência.

Desequilíbrios psíquico-espirituais que a psiquiatria informa serem da ordem das "psicopatias", que são psicopatologias estruturais comprometedoras da saúde mental, representam a síntese reencarnatória do indivíduo portador. A psicopatia, portanto, é o desequilíbrio que mais compromete o indivíduo pelo fato de estar íntimamente associado à perversidade como traço marcante de sua trajetória como espírito reencarnante.

E entre nós existe um considerável número de mentes perversas tentando colocar em prática as suas táticas de dissimulação e manipulação segundo interesses mais imediatos. Encontramos esses indivíduos disfarçados de "bons partidos" na área dos relacionamentos afetivos, em funcionários exemplares no serviço público ou privado, e em cargos de chefia ou de alto escalão nas áreas política e empresarial. Mas, às vezes, essa pessoa pode morar ao nosso lado ou dividir a cama na qual dormimos...

A confiança deve ser uma conquista baseada no conhecimento do outro, e para conhecermos o outro precisamos de tempo e percepção aguçada, caso contrário, podemos cair nas armadilhas montadas pelas nossas emoções, sentimentos transferenciais e pela tática de sedução daquele(a) que desconhecemos.

Ao longo dos milênios, a prática da perversidade moldou mentes maquiavélicas a serviço de uma densa energia psíquico-espiritual a qual denominamos "mal", que é a ausência do "bem". Essa energia deletéria estabelece contato interdimensional, imperceptível aos sentidos comuns, mas captada por sensitivos em lugares onde a maldade foi praticada, mesmo que seus autores já não mais existam fisicamente.

Mentes impregnadas dessa energia, que tanto pode ocupar uma cela de um presídio de segurança máxima, como ocupar um cargo de alto escalão público ou uma luxuosa cobertura de um condomínio localizado em um bairro nobre, são responsáveis, em grande parte, pelos golpes contra o patrimônio público ou todo tipo de ação premeditada que vai contra os interesses do bem comum e da ética humana.

Perdidos no redemoinho de uma energia deletéria que realimenta novas ações no campo da delinquência, e sem senso moral ou ético de suas práticas perversas, o psicopata é um reincidente contumaz e sem perspectivas imediatas de cura. Vítima de si mesmo e dos processos obsessivos gerados pelo livre arbítrio, ele se apresenta aos incautos ou carentes de afeto como a solução de seus problemas.

No entanto, no dia a dia da convivência, as máscaras, inevitávelmente, começam a cair e a mostrar a personalidade que há por trás das aparências, revelando um caráter associado à sede de poder e à formas de violência implícita ou explícita que usurpam, ferem e matam.

Cuidado com as aparências! A confiança é uma conquista que exige como regras básicas a percepção aguçada, discernimento, tempo de convívio e, finalmente, aprovação para uma relação de caráter afetivo ou profissional. O contrário é uma "roleta russa", ou seja, uma aposta no escuro onde a sua sorte está em jogo.

Sobre ego e caridade



Sobre ego e caridade


Às vezes, por mais humildade que aparentemos ao olhar alheio ou por mais caridosos que pretendamos ser, o "velho" ego que há séculos nos acompanha, revela-se, mostrando nos bastidores de nosso comportamento e atitudes, a sua verdadeira face.

E quando o ego associa-se ao poder como sendo uma característica do histórico de reencarnações do espírito, essa relação "ego-poder" permanece cristalizada em seu modelo comportamental, mesmo que o indivíduo esteja imbuído de boas intenções no trato com a caridade.

Ao longo da história da humanidade, a relação ego-poder vem se repetindo em praticamente todas as áreas de atuação humana, principalmente nos âmbitos religioso, político e da iniciativa privada, quando associados à caridade.

No passado, faraós, reis, imperadores e papas ficaram famosos por associarem ao seu eu, obras colossais. Mais recentemente, ditadores e políticos eleitos pelo voto popular perpetuaram os seus egos em obras gastas com verba pública, sendo que a maioria delas desnecessárias como gigantescos bustos ou estátuas de corpo inteiro.

As denominadas popularmente de "obras faraônicas", encontradas também no âmbito religioso para seduzir fiéis, revelam em seus bastidores o que ainda encontra-se atrelado ao ego, como a vaidade, o orgulho e a ambição.

A megalomania associada ao poder é um desequilíbrio psíquico-espiritual que acompanha muitos espíritos desde tempos imemoriais. A necessidade de chamar a atenção sobre si, revela ainda, um eu inferior que necessita de fama, de estrelato, de aprovação e auto-afirmação constantes para sentir-se bem em seu narcisismo projetado para a construção de obras suntuosas e que tenham como "marca" o seu ego, seja implícita ou explícitamente.

Francisco Cândido Xavier, o nosso "Chico Xavier", considerado por espíritas e não espíritas um exemplo de humildade -apesar de sua gigantesca obra realizada em prol dos necessitados e carentes de apoio moral ou espiritual-, pode ser considerado também uma antítese da perpetuação do ego. Sua experiência vital entre nós: clara, límpida, transparente e translúcida não deixa dúvidas sobre a integridade de seu caráter e da condição do espírito em franca trajetória evolutiva.

Podemos citar também como exemplos de dedicação à caridade, os espíritos de Bezerra de Menezes, o "médico dos pobres", madre Teresa de Calcutá, Francisco de Assis e outros iluminados que libertaram-se das armadilhas do ego para a prática da autêntica caridade.

Diz o dito popular que "não basta-nos aparentar, temos que ser...". E o "ser" que é o problema, porque representa uma difícil tarefa -um desafio- de desapego gradual das influências do eu inferior que há milênios determinam traços de caráter e personalidades, que envolvidos no ciclo vicioso das reencarnações, repetem modelos comportamentais em que o ego é a expressão máxima da experiência vital...

A verdadeira caridade é anônima, despretensiosa, mas intensa no sentido do sentimento que a vincula ao seu objetivo, que é a prática do amor incondicional: "Fazer o bem sem olhar a quem".

Quando vinculamos a nossa personalidade -ou marca- à proposta caritária, estamos divulgando o ego em forma de "mercadoria", ou seja, estamos carimbando a nossa "marca" no mercado das boas intenções.

Portanto, libertar-se das amarras do ego e transformar atitudes ou iniciativas em prol da verdadeira caridade, depende da reforma íntima ou processo de autoconhecimento, que faz emergir à luz da consciência o conteúdo revelador do que realmente somos.

Quando as máscaras do ego caem, revelando a nossa verdadeira identidade, é porque estamos a caminho da libertação. O caminho que mostra-nos que o ego é efêmero ou seja, uma identidade ilusória associada às nossas históricas ligações com o poder e os valores do materialismo.

A leveza do ser que pratica o amor incondicional, dispensa ostentação, posse, auto-afirmação ou aceitação pública e reconhecimento. O ser despossuído de valores efêmeros e que pratica o amor abrangente, "faz o bem sem olhar a quem", porque o seu olhar interior através dos olhos da alma, contempla a interdimensionalidade da vida pelo prisma dos valores eternos que encontram-se externalizados em sua consciência e na transparência de suas atitudes.

Essa é a abismal distância que separa as dissimuladas intenções do ego e a prática da verdadeira caridade.

A cura no terceiro milênio

A cura no terceiro milênio


Aos poucos, acompanhando a mudança de energia do planeta Terra, as ciências da saúde começam a centralizar o foco de pesquisa na reencarnação e suas manifestações no organismo humano.

As evidências de existir vida após a morte física tem nos mostrado nas últimas décadas, com o avanço dos estudos de pesquisadores idôneos (Experiências de Quase Morte, lembranças de vida passada, entre outras), que os fatos que comprovam a imortalidade da alma estão espalhados pelos continentes à espera de aceitação científica e reconhecimento público.

Nós, terapeutas que lidamos com a reencarnação na práxis de nossas metodologias, estamos cientes de que a vida no corpo físico representa mais uma oportunidade de avançarmos um degrau na direção da cura de nossas imperfeições, que são os desequilíbrios psíquico-físico-espirituais (doenças) que se manifestam durante o processo vital.

Sabemos, por exemplo, que o significado de saúde física e mental, passa pelo histórico do indivíduo observado como uma identidade individual inserida em um contexto universal que é regido pelas leis naturais –ou espirituais- que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre arbítrio.

Se aceitarmos, baseados nas evidências da reencarnação, que o senso de justiça que transformamos em leis é uma extensão das leis naturais que trazemos internalizadas no inconsciente, fica mais fácil fazermos as associações interdimensionais entre as origens dos desequilíbrios (doenças) e suas manifestações no organismo humano. Caso contrário, persistirá a incógnita, ou seja, conhecemos os efeitos patológicos mas desconhecemos as suas causas...

Nos Estados Unidos da América, já existem equipes compostas por psicólogos e médiuns preparados para o atendimento de crianças sensitivas que sofrem de terror noturno devido ao assédio de espíritos.

Essas entidades que desencarnam e que não ingressam na Luz e ficam desorientadas por tempo indeterminado, acabam assediando ou obsediando médiuns em busca de algo que amenize as suas angústias.

As equipes trabalham no sentido de que essas crianças ou adolescentes médiuns, consigam suporte psicológico para enfrentar o medo de enxergar espíritos e saber lidar com menos envolvimento emocional nessas ocasiões.

No Brasil, as cirurgias pelo espaço, à distância ou espirituais como também são chamadas, tem impressionado um número cada vez maior de pessoas que procuram no serviço gratuito, a cura de seus males físicos ou psíquicos. Impressionado não somente pelos resultados, mas também pelas sensações inéditas que a experiência proporciona.

Nas experiências regressivas realizadas em consultório terapêutico, impressionam as conexões interdimensionais de uma dor física de difícil diagnóstico que encontra a sua sintonia em um fato ou situação do remoto passado.

Atualmente, são tantas as informações, estudos e pesquisas no âmbito da reencarnação, que as evidências transformam-se em certeza para aquele(a) que convive com pessoas esclarecidas e dispostas a contribuir para que a mentalidade vigente se adeqüe aos novos tempos de transformações nas áreas da saúde física e mental.

A mediunidade já foi científicamente reconhecida como um estado alterado e não patológico de consciência. As universidades norte americanas e de outros países, avançam no sentido de incluir em seus currículos de formação superior, mais disciplinas relacionadas à natureza espiritual do homem. As psicoterapias que lidam com a interdimensionalidade humana, se aperfeiçoam em seus métodos que investigam as origens da dor e do sofrimento.

A luz do fim do túnel já é perceptível para aqueles que tem “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, porque o tempo não pára e o terceiro milênio é uma realidade presente e, ao mesmo tempo, um marco no sentido das transformações que já estão ocorrendo à nível mundial...

A visão de saúde, portanto, expande-se na direção –e aceitação- do que as doenças representam no contexto das reencarnações, sendo que cada caso é um caso a ser investigado no histórico de muitas vidas do espírito imortal, na busca de causas que determinam os efeitos em forma de males do corpo e da alma.

No futuro, reequilibrar o ser a partir do processo de autoconhecimento avançado, será o principal objetivo dos mecanismos de saúde que estarão conectados às leis espirituais enquanto referência máxima tanto no âmbito do diagnóstico quanto no âmbito do tratamento e da cura, através da lenta erradicação da dor e do sofrimento humano.

Quando as peças se juntam!

Quando as peças se juntam!

A experiência vital é um quebra-cabeças onde as peças desse jogo encontram-se espalhadas no passado, ou seja, pelo histórico de muitas vidas do ser imortal.

Na busca de respostas que se relacionem a sintomas experenciados na vida presente, o pretérito, a partir da infância do indivíduo, é o campo onde o terapeuta interdimensional investiga as origens do desconforto atual.

Nesse mosaico psíquico, repleto de vivências que envolve emoções e sentimentos humanos, o profissional atua na tentativa de juntar as peças para que o paciente consiga a elaboração necessária à sua cura. É o que veremos a seguir, na apresentação de um caso recentemente tratado.

Laura procurou a P.I. em busca de respostas para o seu drama pessoal: ainda jovem -e sem filhos- precisou extrair o útero após diagnóstico médico de tumor malígno.

Durante as duas sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica, Laura revelou uma falta de empatia com a figura materna, fruto do tratamento distante e severo experenciado na infância. No entanto, com a figura paterna, que foi a sua referência afetiva na infância, ela demonstrava nutrir um sentimento de amor por ele: "O meu pai foi o homem que mais amei em minha vida!"

Conforme a associação livre das primeiras sessões, Laura revelou também que desde criança tinha a sensação de que se desse a luz a um filho, este morreria no parto, Desde cedo, portanto, alimentou a idéia de que seria mãe de filho adotivo.

Nesse sentido, a sua mãe posicionava-se contra a intenção da filha, alegando que filho adotivo é sinônimo de problema e que ela não teria condições de cuidá-lo como deveria e que antes do arrependimento desistisse da idéia.

A relação com a sua irmã mais nova, a partir da adolescência e fase adulta, transcorreu-se de uma forma harmoniosa como se fossem irmãs gêmeas. Havia uma profunda empatia entre ambas, que revelava-se em forma de gostos similares, sentimentos e transmissão de pensamento em momentos ou ocasiões específicas.

Como havia indicativo para a regressão, que era a sensação infantil, o sentimento intenso e a dúvida em relação à adoção de uma criança, a regressão de memória foi encaminhada para a terceira sessão dentro do processo terapêutico.

Na experiência regressiva, Laura sente uma pressão muito forte na região abdominal, mas um desconforto que passa. A seguir, sente-se criança na vida atual e uma dor intensa no pulso provocada por um "puxão" de sua mãe que a faz revivenciar um trauma infantil.

Após uma pausa em silêncio, Laura percebe-se morando em uma fazenda e vestida com roupas da época. Era um vestido longo e escuro. Ao seu lado o marido, que ela identifica como sendo o seu pai na vida atual. Entre eles, um bebê que foi oferecido para adoção pela mãe biológica, que ela identifica como sendo a sua mãe nesta vida.

A cena revela: de um lado da criança uma mulher insegura que resolve não assumir a adoção do filho alheio. De outro lado, um homem cheio de expectativas em relação a adoção por parte do casal que beirava a faixa dos quarenta anos.

Com o passar dos anos, Laura percebe-se idosa e vivendo sozinha naquele lugar. Relata que às escondidas, o marido conseguiu criar a criança que tornou-se uma bonita mulher.

Um dia, essa mulher foi visitá-la, e na sua presença perdou-a por ela não tê-la assumido quando criança de colo, e a envolveu num fraterno abraço. Momento, que ao visualizar a face da jovem mulher, Laura percebeu um sinal que relacionou aquele bebê que há mais de vinte anos rejeitara para a adoção. O mesmo sinal -de nascença- que identificou na face de sua irmã atual.

COMENTÁRIO

Laura recebeu um "presente" de seu mentor espiritual, ao revivenciar em sua experiência regressiva, uma situação que precisava para juntar as peças de seu quebra-cabeças íntimo. Na vida atual, o amor que nutria pelo seu pai, a empatia na relação com a sua irmã e a frieza que existiu no histórico de relações com a sua mãe, revelam a perfeita conexão entre passado e presente e os compromissos cármicos na relação com esta vida.

Com a experiência, restou-lhe a certeza -e a confiança necessária-, de que um dos compromissos é a adoção de uma criança. Essa "intuição" ela trazia desde o tempo de criança como revelara a associação livre e que confirmou-se na regressão.

No quarto encontro, esclarecida e aliviada do peso das dúvidas, Laura recebeu a informação de sua "alta" terapêutica, pois as respostas, ou seja, as peças de seu quebra-cabeças encontravam-se reunidas em sua consciência e, sem mais nada a fazer, terminava ali a função da psicoterapia interdimensional.

OBS: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.