segunda-feira, 16 de abril de 2012

Os dramas pessoais não são eternos!

Os dramas pessoais não são eternos!



A capacidade de superação é uma característica genuinamente humana. E quando a força de vontade gera a energia da perseverança, mecanismos psíquico-espirituais são acionados em benefício da pessoa que deseja alterar o seu próprio modelo comportamental alicerçado em sentimentos negativos.

Luísa, carioca de 33 anos, é uma mulher adulta na idade, mas infantil em suas emoções ainda fixadas em sentimentos negativos do passado. A sua postura diante da vida é de uma pessoa medrosa, reprimida, desconfiada e com bloqueios na área da afetividade. Fatores que acabam por interferir no seu crescimento pessoal e profissional.

Em decorrência da repressão interna originada no passado, a baixa autoestima, associada a crises de depressão e pensamentos suicidas, tornam-se reflexos do processo obsessivo que trava um outro processo que deve ser livre, natural e expansivo: a vida. E quando não temos consciência das fixações que nos prendem ao passado, a vida torna-se um pesado fardo a ser carregado.

Dessa forma, ao gerar psicopatologias de fundo emocional, o drama pessoal pode intensificar-se e comprometer a estrutura psíquica do indivíduo, tornando-o "refém" de suas próprias experiências pregressas. E quando as verdades de cada um não são reveladas à luz da consciência, seja pela vontade férrea de superação, ou por intermédio de ajuda psicoterapêutica, ou ainda, pela fé raciocinada ou outro mecanismo consciente que altere para melhor o nível de autoconhecimento, difícilmente a pessoa se libertará das "amarras" psíquico-espirituais que a mantém fixada aos acontecimentos do passado.

Era o caso de Luísa, que fixada a mecanismos inconscientes, não conseguia libertar-se dos sintomas da depressão que a envolviam inapelavelmente, a ponto de alimentar idéias suicidas e comprometer, indefinidamente, o fluxo saudável da vida.

As sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica revelaram que parte de seu sofrimento psíquico e inabilidade nas relações afetivas com o sexo oposto, era fruto da falta de referência masculina na sua infância, agravado pelo sentimento de culpa originado na separação dos pais quando ela tinha apenas três anos de idade.

No entanto, Luísa apresentava traços paranóides que não caracterizavam uma mania de perseguição propriamente dita, mas um indicativo de que poderia haver uma sintonia de sentir-se perseguida ou vigiada, ou até mesmo o sentimento de culpa associado a situações de outras vidas.

Diante de tais indicativos que emergiram do processo terapêutico, encaminhamos o próximo passo para a sessão regressiva de memória, em busca de sintonias do passado que se relacionassem ao material psíquico que a psicoterapia havia revelado à luz da consciência.

REGRESSÃO DE MEMÓRIA

Na primeira revivência, Luísa sente-se em meio a uma explosão. Na sequência, percebe-se deitada na cama de uma enfermaria, convalescendo da amputação de uma perna. Ao lado do leito, visualiza uma pessoa que a visita.

Na segunda revivência, Luísa percebe-se aprisionada e com as mãos amarradas às costas. Está sendo torturada para que confesse a sua participação em ato, que segundo ela, não praticara. Na sequência, sente-se envolvida por intensa emoção associada ao sentimento de injustiça.

Na sequência regressiva, Luísa acessa a informação visual de uma esfinge egípcia, e sente que viveu naquela remota época, quando foi uma autoridade da casta dominante. Percebe que a esfinge simboliza o poder exercido por ela naquela vida.

Na quarta e última vivência, Luísa percebe-se como um homem que violenta sexualmente uma mulher. Sente que a mulher não reage e fica submissa às suas vontades, devido à imagem de homem poderoso que exerce sobre a sua vítima.

COMENTÁRIO

A espiritualidade superior permitiu e Luisa acessou situações de seu remoto passado que revelaram a relação de seus desequilíbrios psíquico-espirituais com o uso inconsequente do poder.

A experiência regressiva revelou que Luísa esteve intimamente relacionada ao poder em vivências passadas, quando fez uso da prepotência como forma de preservar interesses pessoais e dar vazão a energia de seus instintos.

No entanto, assim como Luísa foi vilã (ou vilão), ela também foi vítima de injustiça como registrou a experiência da tortura. Fato que gerou -via sintonia- a sensação atual de estar sendo perseguida, avaliada ou interrogada.

Contudo, sabemos que os dramas pessoais não são eternos. E sabemos da existência das leis da reencarnação que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Porém, tais leis não representam uma condenação cega ou sentença perpétua, sem permitir ao espírito encarnado o direito de regenerar-se moralmente ou lutar pela sua felicidade.

Neste sentido, Luísa é uma pessoa que demonstra muita lucidez e tem consciência que a alteração do modelo comportamental depende dela mesmo. Por este motivo procurou ajuda na psicoterapia interdimensional.

E a P.I., ao revelar à luz da consciência de Luísa, importantes informações de sua memória extracerebral, contribuiu para que a mesma consiga elaborar a sua mudança comportamental, além de mostrar que o seu drama pessoal não é uma inapelável sentença condenatória, e sim, uma sintonia que pode ser alterada positivamente quando mecanismos psíquico-espirituais agem em benefício da pessoa que desperta para novos valores de vida.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.