segunda-feira, 16 de abril de 2012

Os dramas pessoais não são eternos!

Os dramas pessoais não são eternos!



A capacidade de superação é uma característica genuinamente humana. E quando a força de vontade gera a energia da perseverança, mecanismos psíquico-espirituais são acionados em benefício da pessoa que deseja alterar o seu próprio modelo comportamental alicerçado em sentimentos negativos.

Luísa, carioca de 33 anos, é uma mulher adulta na idade, mas infantil em suas emoções ainda fixadas em sentimentos negativos do passado. A sua postura diante da vida é de uma pessoa medrosa, reprimida, desconfiada e com bloqueios na área da afetividade. Fatores que acabam por interferir no seu crescimento pessoal e profissional.

Em decorrência da repressão interna originada no passado, a baixa autoestima, associada a crises de depressão e pensamentos suicidas, tornam-se reflexos do processo obsessivo que trava um outro processo que deve ser livre, natural e expansivo: a vida. E quando não temos consciência das fixações que nos prendem ao passado, a vida torna-se um pesado fardo a ser carregado.

Dessa forma, ao gerar psicopatologias de fundo emocional, o drama pessoal pode intensificar-se e comprometer a estrutura psíquica do indivíduo, tornando-o "refém" de suas próprias experiências pregressas. E quando as verdades de cada um não são reveladas à luz da consciência, seja pela vontade férrea de superação, ou por intermédio de ajuda psicoterapêutica, ou ainda, pela fé raciocinada ou outro mecanismo consciente que altere para melhor o nível de autoconhecimento, difícilmente a pessoa se libertará das "amarras" psíquico-espirituais que a mantém fixada aos acontecimentos do passado.

Era o caso de Luísa, que fixada a mecanismos inconscientes, não conseguia libertar-se dos sintomas da depressão que a envolviam inapelavelmente, a ponto de alimentar idéias suicidas e comprometer, indefinidamente, o fluxo saudável da vida.

As sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica revelaram que parte de seu sofrimento psíquico e inabilidade nas relações afetivas com o sexo oposto, era fruto da falta de referência masculina na sua infância, agravado pelo sentimento de culpa originado na separação dos pais quando ela tinha apenas três anos de idade.

No entanto, Luísa apresentava traços paranóides que não caracterizavam uma mania de perseguição propriamente dita, mas um indicativo de que poderia haver uma sintonia de sentir-se perseguida ou vigiada, ou até mesmo o sentimento de culpa associado a situações de outras vidas.

Diante de tais indicativos que emergiram do processo terapêutico, encaminhamos o próximo passo para a sessão regressiva de memória, em busca de sintonias do passado que se relacionassem ao material psíquico que a psicoterapia havia revelado à luz da consciência.

REGRESSÃO DE MEMÓRIA

Na primeira revivência, Luísa sente-se em meio a uma explosão. Na sequência, percebe-se deitada na cama de uma enfermaria, convalescendo da amputação de uma perna. Ao lado do leito, visualiza uma pessoa que a visita.

Na segunda revivência, Luísa percebe-se aprisionada e com as mãos amarradas às costas. Está sendo torturada para que confesse a sua participação em ato, que segundo ela, não praticara. Na sequência, sente-se envolvida por intensa emoção associada ao sentimento de injustiça.

Na sequência regressiva, Luísa acessa a informação visual de uma esfinge egípcia, e sente que viveu naquela remota época, quando foi uma autoridade da casta dominante. Percebe que a esfinge simboliza o poder exercido por ela naquela vida.

Na quarta e última vivência, Luísa percebe-se como um homem que violenta sexualmente uma mulher. Sente que a mulher não reage e fica submissa às suas vontades, devido à imagem de homem poderoso que exerce sobre a sua vítima.

COMENTÁRIO

A espiritualidade superior permitiu e Luisa acessou situações de seu remoto passado que revelaram a relação de seus desequilíbrios psíquico-espirituais com o uso inconsequente do poder.

A experiência regressiva revelou que Luísa esteve intimamente relacionada ao poder em vivências passadas, quando fez uso da prepotência como forma de preservar interesses pessoais e dar vazão a energia de seus instintos.

No entanto, assim como Luísa foi vilã (ou vilão), ela também foi vítima de injustiça como registrou a experiência da tortura. Fato que gerou -via sintonia- a sensação atual de estar sendo perseguida, avaliada ou interrogada.

Contudo, sabemos que os dramas pessoais não são eternos. E sabemos da existência das leis da reencarnação que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Porém, tais leis não representam uma condenação cega ou sentença perpétua, sem permitir ao espírito encarnado o direito de regenerar-se moralmente ou lutar pela sua felicidade.

Neste sentido, Luísa é uma pessoa que demonstra muita lucidez e tem consciência que a alteração do modelo comportamental depende dela mesmo. Por este motivo procurou ajuda na psicoterapia interdimensional.

E a P.I., ao revelar à luz da consciência de Luísa, importantes informações de sua memória extracerebral, contribuiu para que a mesma consiga elaborar a sua mudança comportamental, além de mostrar que o seu drama pessoal não é uma inapelável sentença condenatória, e sim, uma sintonia que pode ser alterada positivamente quando mecanismos psíquico-espirituais agem em benefício da pessoa que desperta para novos valores de vida.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.

sábado, 14 de abril de 2012

Deu mole, otário? Já era!

Deu mole, otário? Já era!

Deu mole, otário? Já era!


O homem de princípios, assiste, estarrecido, a onda de densa energia que envolve os atos ilícitos cometidos por pessoas que foram eleitas para, acima de tudo, preservarem o erário público. São estelionatários de terno e gravata, carro com chofer e demais mordomias, que se locupletam ao fazer do eleitor que confiou o seu voto, um otário, um mané da vida a serviço de seus interesses escusos.
Psicopatas, que deprovidos do senso ético-moral, enganam e manipulam conforme a conveniência do momento, fazendo sangrar os cofres públicos em benefício próprio.


Indiferentes à difícil situação da saúde e educação pública do país, esses usurpadores da boa fé, aplicam os seus golpes de forma organizada e sistemática como se estivessem em um presídio de segurança máxima e acessorados por esquema clandestino.


Para esses estelionatários envolvidos com o poder, a política significa apenas um meio de ascensão à riqueza e à notoriedade de seus inflados egos. No entanto, os seus atos comparam-se aos golpes praticados por vigaristas comuns que viram manchetes nos espaços policiais da mídia.


Atualmente, o crime organizado e a corrupção invadem o limite de uma sociedade considerada doente sob o ponto de vista psicológico. E essa "invasão" atribui-se, principalmente, ao surgimento de quadrilhas cujos integrantes deveriam praticar o inverso do que teorizam, ou seja, defender o bem comum social.


A inversão de valores protagonizada por pessoas cultas, muitas com curso superior e até doutorado no exterior, mostra o quanto a sociedade brasileira adoece à medida que a corrupção política e o crime organizado nivelam-se em seus propósitos.


A imagem do romântico "malandro de carteirinha", vira caricatura e cede lugar ao profissional da malandragem organizada, que é representada por criminosos a serviço do bem individual ou de restrito grupo de pessoas que usam uma sigla partidária como fachada para a prática da desonestidade e do mau caratismo.


Para essas pessoas, sejam plebeus ou doutores, qualquer descuido ou oportunidade, é sinônimo de aplicação do velho "conto do vigário". A prática política do "toma-lá-dá-cá" abriu precedentes para que estelionatários aperfeiçoem as suas técnicas e estratégias de ação.


Deu mole, otário? Já era!
É a regra que vale para a psicopatia a serviço de interesses sombrios. Nesse sentido, a minha experiência, ao observar a interdimensionalidade humana como psicoterapeuta interdimensional e como dirigente de reuniões mediúnicas espíritas, leva-me a crer na existência de Leis Universais que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre-arbítrio.

O que aqui se faz, aqui se paga
é, digamos, a regra que sintetiza os nossos atos praticados contra o bem comum e o amor fraternal.

A perversidade, em muitos casos rotulada de "psicopatia", contamina o homem desde tempos imemoriais, tornando-se um novo desafio a cada reencarnação do espírito. A energia do mal, que acompanha o caráter, desafia a educação e, principalmente, a relação pais-filhos no sentido da alteração de um modelo comportamental associado a vidas passadas. Por isso, a necessidade da educação ser focada no amor e no equilíbrio. Caso contrário, o traço perverso que a criança trás -e todos nós trazemos- permanece em seu caráter, podendo manifestar-se mais tarde em forma de atos praticados contra o bem comum.


O que assistimos hoje, no cenário nacional, é o resultado da negligência na educação sustentada pela crise de valores ético-morais do mundo capitalista. A gradual perda do senso de limite no processo educativo, associado à permissividade inconsequente e à falta de amor, tem contribuído para que o traço perverso de caráter permaneça e até se desenvolva, alterando negativamente o padrão comportamental de muitos indivíduos.


Contudo, o desafio da educação continua a instigar-nos em relação ao abrangente significado do termo, que é
o princípio comunicativo, utilizado pelas sociedades para desenvolver no indivíduo a consciência de suas potencialidades, a partir da construção de conhecimentos que favoreçam o desenvolvimento de um raciocínio comportamental e disciplinar, na sua individualidade, diante do grupo social e do meio ambiente em que vive. Significado que passa pela ciência do comportamento humano observado pela ótica de sua interdimensionalidade.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uma luz atrás da porta!

Uma luz atrás da porta!


São muitos os apelos de ajuda que recebemos de diversos lugares do país e mesmo do exterior. São pessoas envolvidas em processos psíquico-espirituais de natureza obsessiva, que não conseguem se desligar de sentimentos negativos que as mantém cativas do próprio passado.

Costumo sugerir a essas pessoas angustiadas pela crise emocional que provoca sofrimento psíquico, que procurem tratamento espiritual e acompanhamento psicoterapêutico que aborde em sua metodologia a natureza interdimensional do indivíduo. A combinação desses fatores, geralmente, ajuda a adquirir um melhor nível de compreensão dos inconscientes mecanismos que causam o sofrimento. E, com a devida elaboração (conscientização) da causa e efeito de seu desconforto, a tendência é libertar o indivíduo da crise e alterar para melhor o seu nível de autoconhecimento.


O autoconhecimento trás consigo a segurança psicológica, ou seja, autoconfiança, autoestima elevada e abertura para o âmbito das relações afetivas e profissionais que a vida exige a todo momento.


No entanto, ninguém consegue ajudar a pessoa que não quer se ajudar, pois, com a porta fechada, a
luz é impedida de penetrar no porão da inconsciência para revelar o que precisa ser revelado à luz da consciência.

Precisamos entender que muitos indivíduos, quando envolvidos em processos obsessivos que turvam a mente e aprisionam a alma, fecham a porta de acesso à ajuda externa, que tanto pode vir do
Alto como de pessoas que podem auxiliar nesses momentos de crise.

Um e-mail recebido há poucos dias, revela o quanto precisamos uns dos outros, e como a internet facilita o pedido de ajuda de pessoas que encontram-se no fundo do poço de suas crises existenciais. É o que veremos a seguir, na reprodução do texto.


"Preciso de ajuda. Estou presa dentro de um apartamento. Sinto-me acorrentada pelos pés e mãos. Minha cabeça não consegue formular uma frase inteira e se tenho espírito, o mesmo está doente. Não tenho amigos, afastei todos de mim. Não consigo me sociabilizar, não beijo uma boca ou tenho um gesto de carinho, por mais simples que seja, há anos. Hoje, ao acordar, olhei para a janela onde pensei: pular aqui seria indolor e rápido, mas olhei para o computador (que nunca ligo) e no Google pedi ajuda e apareceu um site e depois outro e depois o seu. Li atentamente o site sobre regressão e me identifiquei com a história de um rapaz de 28 anos. Depois, no de obsessão, achei: isso pode existir e está ocorrendo comigo (já que inúmeras medicações foram sem êxito). E, por fim, estou aqui implorando socorro. Por favor me direcione, me ajude, fale comigo. Preciso de uma voz, de um socorro, de uma ajuda".


Sobre a felicidade, escreve em seu blog, a psicóloga Angelita Scardua: "Toda vida humana será marcada por momentos desagradáveis, tristes, etc. Todo mundo em algum momento da vida, terminará um relacionamento, será demitido, criticado, rejeitado, perderá alguém que ama, adoecerá... Se para ser feliz não pudéssemos jamais vivenciar uma perda ou sofrimento ninguém seria feliz, nunca!"


E segue o seu raciocínio: "Sendo assim, o que os estudos sobre felicidade apontam é que para definirmos felicidade é fundamental estabelecermos uma diferença entre estar feliz e ser feliz. Estar feliz vincula-se à alegria, que é a sensação momentânea de prazer e bem-estar. Normalmente esse estar feliz implica na fruição de um evento específico e na satisfação de um desejo, seja comprar um carro, casar, comer a comida predileta ou encontrar um amigo que há muito não vemos. Ser feliz, no entanto, implica capacidade para lidar com os altos e baixos da vida, sem que isso impossibilite a sensação de que a vida vale à pena. Ou seja, ser feliz não significa não ficar triste, não ter problemas, etc., mas define-se por uma abordagem positiva da vida, por uma habilidade em concentrar forças para valorizar aquilo que é bom e superar aquilo que é ruim. Dessa forma, uma pessoa doente pode ser tão feliz quanto uma saudável, uma medíocre pode ser tão feliz quanto uma brilhante"


E conclui, Angelita Scardua, a sua abordagem sobre felicidade: "O ótimo desempenho do corpo ou da mente não são requisitos necessários para a felicidade, então, seria o equilíbrio emocional. Não se deve entender o equilíbrio emocional como um estado inalterável de emoções, mas como a habilidade de lidar com a variação dos estados afetivos. Quando conseguimos fazer isso temos mais chances de vivenciar a felicidade, mesmo quando as condições físicas, cognitivas e emocionais nas quais nos encontramos não estão ou não são excelentes".


Portanto, em situação de desespero, a busca do equilíbrio emocional e da felicidade é possível a todos, mesmo aqueles que passam pela experiência de extremo sofrimento. Basta para isso, sinalizar ajuda que a
luz entrará pela porta aberta.

Respostas espirituais

Respostas espirituais
Quando estamos em boas companhias espirituais, durante o processo psicoterapêutico de âmbito interdimensional, e o terapeuta, no decorrer da sessão regressiva tem consciência de que não está sozinho, e que a sua função é de apenas facilitar a ligação interdimensional, estabelecida entre a pessoa e as informações que lhe são permitidas acessar, o trabalho flui naturalmente.

Na sessão regressiva do método terapêutico que desenvolvo, a espiritualidade superior, representada por espíritos guias e mentores, é quem permite o acesso ao objetivo maior da tarefa, que é o de buscar respostas as quais a pessoa necessita no atual momento de sua vida. Digamos que é de noventa por cento a participação espiritual na sessão que busca informações a respeito da queixa principal do paciente. Sendo que o restante, ou seja, dez por cento, compete ao psicoterapeuta interdimensional lidar com a sua técnica durante as fases da experiência.

Neste sentido, a experiência nem sempre é regressiva de memória. Há casos, que não são poucos, cuja experiência é espiritual e, geralmente, com a presença do espírito mentor da pessoa. É o caso que abordaremos a seguir, ocorrido recentemente em um atendimento da P.I. na cidade do Rio de Janeiro.

Marta, há cerca de seis anos, sofreu um acidente vascular cerebral que deixou-lhe sequelas que a limitam na locomoção, sendo necessário a companhia de uma pessoa. Fato que restringe a sua liberdade de ir e vir e a torna dependente de terceiros.

No entanto, com acompanhamento fisioterapêutico, médico e muita força de vontade, Marta vem superando as suas limitações e o orgulho ferido imposto pelo AVC. Com este objetivo, procurou auxílio na Psicoterapia Interdimensional, ou seja, que o atendimento pudesse despertar-lhe um sentido para a sua vida que não fosse somente o de lutar para vencer as suas dificuldades de âmbito neurológico.

Casada, aposentada e com um casal de filhos encaminhados para a vida independente, Marta desfruta de uma boa condição financeira, o que lhe permite sonhar com o trabalho voluntário junto a crianças de comunidades carentes.

Depois de uma sessão de psicoterapia, que fez emergir à luz da consciência, as suas latentes insatisfações em relação a si mesmo e em relação à vida "sem muito sentido" que levava, conforme as suas próprias palavras, encaminhamos a segunda sessão para a regressão de memória ou para o contato espiritual, se fosse o caso.

Logo no início, a experiência de Marta caracteriza-se como de contato espiritual. Projetada de seu corpo físico, ela se percebe sendo conduzida à frente de um portão que dá acesso a um casarão rodeado de jardins floridos. Na sequência, visualiza uma pessoa que, ao dirigir-se aonde ela se encontrava, informa: "Estava esperando por você", e a convida para entrar. Na entrada, percebe que é uma casa que acolhe crianças. Tem os espaços do dormitório e da bibilioteca bem amplos. Muitas crianças, alegres, correm pelo pátio. Outras, organizadas, seguem orientações de pessoas adultas.

Ao chegar a uma ampla sala de estar, a anfitriã convida Marta a sentar, e diz: "Marta, estou aqui para lhe ajudar, fica à vontade". Neste momento, Marta agita-se e demonstra ansiedade em relação ao que a sua amiga espiritual, a qual identifica como sendo a sua mentora, tem a dizer. Na sequência, a conselheira sugere que ela acalme-se e receba em paz de espírito o que ela tem para lhe transmitir. Passa-se um minuto de silêncio até que a mentora, ao sentir a sua protegida mais serena, tramsmite-lhe mentalmente o que a Marta verbaliza: "Ela diz que eu devo trabalhar com crianças, mas que não devo cobrar pelo serviço prestado". E segue o seu relato: "Ela diz também que eu não tenha medo porque serei ajudada. E que eu devo persistir e confiar naquilo que acredito".

Transmitido o recado de sua mentora espiritual, Marta registra que o encontro terminou e, ao despedir-se de sua amiga, retorna até o local onde iniciou o seu contato espiritual: o portão da casa. Em seguida, diz que nada mais vê e percebe que retorna ao seu corpo físico. A sessão é encaminhada para o seu final.

COMENTÁRIO

Marta veio atrás de respostas para as suas dúvidas e conseguiu através de contato espiritual com a sua mentora. A sua principal dúvida era se abria um curso -na sua área de formação profissional- pago ou gratuito para crianças. Já havia se informado em relação à estrutura e funcionamento das duas opções, mas a indecisão persistia, fazendo aumentar o seu nível de angústia.

A experiência espiritual de Marta foi clara e objetiva, isto é, foi no cerne da questão que a preocupava por sentir imensas dificuldades em tomar uma decisão definitiva. Terminada a experiência, o semblante de Marta era outro, porque passou a ter a certeza de que o seu trabalho com crianças deveria ser voluntário em uma ONG governamental, na qual havia se informado sobre a possibilidade de desenvolver um projeto ligado à infância.

Aliviada da angústia que a atormentava há algum tempo, Marta volta para casa com a convicção de que se persistir na sua meta, será ajudada pelos amigos da espiritualidade superior.

Quando menos esperamos, as respostas espirituais para os nossos íntimos questionamentos podem vir de várias maneiras, inclusive, dentro de um processo terapêutico interdimensional. E Marta obteve a resposta que precisava para dar mais sentido à sua vida.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.

Somos todos andarilhos

  


Imaginemos um caminho, uma estrada, um rumo que nos leva ao desconhecido, ao inimaginável. Imaginemos também, no início e em cada lado desta estrada, duas antigas casas, uma igual à outra.

As casas, na imagem mental ou visual, significam simbólicamente o conforto e aconchego do útero materno. Expressam a segurança e a tranquilidade do estar sempre bem protegido e guardado.

As casas, no entanto, podem representar também os nossos condicionamentos mentais e comportamentais herdados pela influência do aspecto conservador e tradicional da nossa educação. Podemos levá-los conosco nesta caminhada muitas vezes solitária chamada vida, como podemos do mesmo modo, mudarmos de atitude diante desta estrada deixando os exageros do conservadorismo para trás. A decisão será sempre nossa.

A estrada, que começa entre as duas casas, representa o caminho da vida de cada um de nós. Significa o "estar fora" da comodidade e proteção intra-uterina e disponível para a grande jornada de ida; de desafios e de aprendizagens; de tropeços, quedas e erguimentos.

O que nos espera esta longa trajetória? O que há além do caminho? São indagações e angústias comuns na cabeça de quem, conscientemente, decide sair das casas e enfrentar o caminho da aventura existencial.

À medida que nos projetamos da segurança das casas, como um andarilho confiante ou inseguro no seu rumo, independente da nossa vontade, somos impelidos a caminhar por esta estrada a procura de desafios e enfrentamentos que possam nos trazer em benefício, situações que, inconscientemente representem a segurança psicológica das casas do nosso passado original. Somos eternos andarilhos a procura de situações que satisfaçam os nossos instintos básicos de sobrevivência e que preencham vazios de amor e afeto extraviados ao longo do caminho percorrido em busca de crescimento.

Mas o que há além da estrada da vida? Uma parada necessária para o refazimento e o descanso; para a avaliação das experiências vivenciadas ao longo da trajetória recém finda; para o reencontro consigo mesmo e com velhos companheiros de caminhadas anteriores. Nesta parada o andarilho descansa e se prepara para nova jornada no contexto vital e natural do crescimento consciencial.

sábado, 17 de março de 2012

Amar: compromisso com a vida

Amar: compromisso com a vida

O indivíduo que passou pela experiência da afetividade plena no seio de sua família, aprende a gostar de si mesmo, do outrem e a querer bem o mundo que o rodeia.

Saído da célula familiar que o protegeu na infância, ele desenvolveu qualidades que o estimulam a desafiar a vida sem medos exagerados ou bloqueios psíquicos que impeçam o seu progresso pessoal e consciencial.


Com a percepção de um indivíduo sadio em simbiose com a sua psique, ele sente a liberdade como uma ferramenta que abre caminhos iluminados pelo foco de sua própria lucidez e capacidade de discernimento.


Desprendido e, ao mesmo tempo, apegado à Mãe-Terra, ele tem consciência que é espírito e corpo físico em um planeta que o recebeu para uma nova jornada de aprendizados e evolução.


Entre a concretude da matéria e a sutileza de sua imaterialidade, ele visualiza a tênue divisa que separa os campos invisiveis sem "os olhos de ver" de sua natureza interdimensional.


No entanto, na sua ótica, ele não privilegia uma potencialidade em relação à outra. Ao contrário, percebe que a sua interdimensionalidade em equilíbrio de energias é sinônimo de saúde integral, ou seja, que os desejos do corpo físico devem estar em consonância com as necessidades do espírito, estabelecendo, desta forma, o equilíbrio vital ou o "caminho do meio" budista.


Portanto, é na célula familiar que a energia do amor desperta para a vida de relações. É através da célula familiar que o amor tende a ser expansivo, envolvente e libertador de consciências. É no despertar das relações afetivas entre espíritos conhecidos e comprometidos em nova proposta de convívio e crescimento, que o indivíduo aprende a amar a vida, a partir do amor que o vincula à família terrena.


Entretanto, independentemente da experiência familiar de cada um, o exercício frequente da meditação, a elevação do pensamento através da prece espontânea ou a prática da caridade sem interesses, tornam-se excelentes mecanismos de união equilibrada entre corpo, mente e espírito. O exercício de autoconhecimento, quando associado à natureza interdimensional do homem, abre a porta da sensibilidade suprasensorial que encontrava-se bloqueada pelos condicionamentos da cultura materialista.


É durante o processo vital, quando devidamente apropriado do conhecimento de si mesmo e dos significados da vida, que o indivíduo dá início à sua pacificação interior, que representa a longo prazo, a cura dos males que afetam corpo e alma.


Enquanto seres lúcidos, devemos amar a Mãe-Terra como amamos a nossa família, os nossos semelhantes e a vida em todo universo. Porém, uma relação de amor consciente, sem jamais negligenciar a firmeza de atitudes quando necessárias frente às injustiças ou mentiras que emanam de um conjunto de coisas que constituem os interesses escusos associados ao poder dos homens.


Do amor, que sutilmente nos prende à Mãe-Terra, de vez em quando nos desprendemos do corpo físico através do sono e volitamos em espírito entre idas e vindas pela fronteira de nossa interdimensionalidade.


Do amor dedicado à Terra-mãe, percebemos além da capacidade sensorial comum. Percepção que deve ser usada em benefício do bem de todos os seres vivos e do planeta, que é pura energia que pulsa na dinâmica da vida universal.


Amar a Terra, que é a extensão de nossa família, onde aprendemos a ser felizes através do exercício do afeto, é a orientação para o homem neste alvorecer de terceiro milênio, pois, desejar o bem ao outrem como a si mesmo, é fator de expansão da energia amorosa para muito além das fronteiras de um planeta onde a vida resplandece.

Bons pensamentos geram boas energias!

Bons pensamentos geram boas energias!


A existência da aura ou do campo energético, que envolve o nosso corpo físico, é uma confirmação científica realizada através da bioeletrografia que ajuda a detectar o surgimento de enfermidades no organismo humano.

Há muitos anos, religiões e filosofias orientais, associadas ao surgimento do espiritismo no ocidente, orientam a prática da meditação e do pensamento elevado como forma de higienizar a mente e depurar o espírito.

Quando temos uma aura saudável, temos uma proteção natural que atrai energias afins com o nosso estado de ser diante do universo. Mas quando este campo energético sofre uma interferência desarmonizadora, que pode ser de origem emocional, psíquica ou espiritual, a aura fica exposta à ação de energias deletérias.

Por isso, somos o resultado daquilo que sintonizamos. E os nossos pensamentos e atos no cotidiano da vida são responsáveis por esta sintonia que pode ser de alta ou de baixa frequência vibratória.

Quando direcionamos o foco da vida para o bem, aos poucos, internalizamos um modelo comportamental fundamentado na prática do amor. O exercício sistemático e desinteressado desta filosofia de vida, depura a nossa aura e elimina energias negativas que trazemos do passado.

O campo áurico é a nossa verdadeira identidade universal. É a forma como os desencarnados e alguns encarnados portadores de percepção suprasensorial nos vêem, sem os disfarces que encobrem a verdade de cada um.

Uma mente contaminada por pensamentos e atos negativos cometidos contra o outrem, reflete um psiquismo enfermo e uma aura desarmonizada pela relação com energias afins. É do pacificador Mahatma Gandhi a célere mensagem: "Comece por você mesmo a transformação que deseja ao mundo". Ou a frase do escritor Aldous Huxley ao registrar a importância do amor nas relações interpessoais: "Convenientemente aplicado a qualquer situação, o amor vence sempre. É um fato que se verifica empíricamente. O amor é a melhor política. A melhor não só para os que são amados, mas também para quem ama, pois o amor é um potencial de energia". Mensagens e gestos que parecem isolados e irracionais, mas quando associados a milhares de mensagens do gênero espalhadas pelo planeta, ganham força à medida que o homem se conscientiza com as mudanças previstas para o terceiro milênio, a Era da Sensibilidade.

A fórmula para a mudança interior refletida na aura, é simples, objetiva e natural: "bons pensamentos geram boas energias..." E o instrumento de uso desta reforma é o livre-arbítrio, condição inerente aos seres dotados de inteligência e capacidade de discernimento.

O egocentrismo, o pessimismo e a agressividade, são polos geradores de energias negativas que interferem no campo áurico do indivíduo adulto. Desprotegida, a aura fica suscetível à invasão de energias deletérias que representam a origem de muitas doenças nas esferas psíquica e física do ser humano.

Neste sentido, a Psicoterapia Interdimensional tem atendido muitos casos em que a energia do passado continua atuando no presente, envolvendo o indivíduo em verdadeiras "síndromes" de culpa ou de vitimização, dissimuladas em crises depressivas, fóbicas ou de pânico.

O despreendimento de energias negativas do pretérito, ocorre quando o indivíduo, a partir da clareza de suas origens, processa, conscientemente, a mudança comportamental em relação ao seus efeitos, traduzidos como dor ou sofrimento psíquico.

Embora, processados ou emitidos num nivel inconsciente ou semi-consciente, os pensamentos negativos variam de intensidade ou intencionalidade. Porém, são todos de característica autodestrutiva, ou seja, prejudicam somente o agente emissor da energia. Nesta direção, a malediscência, observada em suas diversas formas e praticada sistemáticamente, reflete um vício comportamental -e de caráter-, que compromete a saúde do indivíduo no seu sentido mais amplo: o da transcendência do espírito.

Contudo, independentemente do grau de intensidade ou intencionalidade, a energia negativa pode ser substituída por energias restauradoras da saúde humana. Se você tiver dúvidas sobre esta afirmação, faça um teste de autocontrole que consiste em praticar durante sete dias seguidos, pensamentos elevados no bem e direcionados a si próprio, ao outrem e ao planeta Terra. Finalizado o teste, faça uma avaliação e verifique o saldo da experiência em si mesmo.


A interdimensionalidade no consultório

A interdimensionalidade no consultório



A história revela, que com o passar dos séculos, o tratamento dos desequilíbrios mentais evoluiu consideravelmente. Dos casos atribuídos à bruxaria ou ao demonismo, cujas "vítimas" deveriam ser tratadas e não perseguidas ou isoladas do convívio social, a incipiente ciência do comportamento humano passou a adotar mecanismos terapêuticos que variavam conforme o grau de desequilíbrio psíquico do indivíduo. Algumas técnicas agressivas ou radicais, como a lobotomia e o eletrochoque, associaram-se à primeira fase de tratamento químico, que se por um lado acabava com os sintomas, por outro lado, gerava com o uso continuado, sequelas irreverssíveis.

Veio o século vinte, e os efeitos dos tratamentos químicos foram sensívelmente amenizados com as novas descobertas da ciência, que coincidiu com o avanço da psicanálise de Sigmund Freud. Porém, permaneceu a relação-dependência de certos medicamentos que cortavam o fluxo de processos patológicos, como as alucinações e delírios das doenças batizadas de "estruturais" por Freud, como a esquizofrenia e a paranóia.

A segunda metade do século vinte, marcou o surgimento da Terapia de Vidas Passadas, do psiquiatra norteamericano Brian Weiss, que revolucionou a ciência do comportamento humano, até então limitado às escolas que investigavam o inconsciente humano a partir da infância do indivíduo.

Com Weiss, a visão interdimensional da natureza humana ganha o mundo e influencia um sem número de profissionais que aderem à TVP ou criam outras linhas terapêuticas que contemplam em suas metodologias, a investigação do inconsciente além da barreira intrauterina.

Hoje, em pleno século vinte e um, estudos científicos informam sobre a existência de bases da integração mente, corpo, cérebro e espírito. A visão interdimensional da natureza humana, consolidada como forma de investigação e tratamento dos desequilíbrios psíquico-espirituais, proporciona um salto quântico de modernidade e de consciência em relação às sintonias que existem entre passado e presente, causa e efeito das psicopatologias humanas.

Atualmente, as Leis Divinas faladas há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, são naturalmente assimiladas, à medida que o Espiritismo trouxe a luz que faltava para compreendermos a lógica da reencarnação fundamentada em suas próprias leis.

Ampliou-se a visão de mundo e do significado da vida para o habitante do planeta Terra. E a ciência aproxima-se cada vez mais da ótica da interdimensionalidade humana.

Nesse sentido, portanto, a interdimensionalidade no consultório já é uma realidade confirmada pela experiência e conhecimento, e aceita e procurada por um número cada vez maior de pessoas que desejam conhecer de uma forma profunda, as origens de suas angústias e medos.

Foi-se o tempo da verdade única, que escondia interesses hipócritas a serviço dos poderosos. No alvorecer do milênio, as verdades começam a ser reveladas à luz da ciência e da consciência humana. Não temos mais porque escondê-las nas sombras, pois a modernidade trás consigo a lucidez necessária aos novos tempos de transformações.

Na segunda década do século vinte e um, o(a) psicoterapeuta interdimensional aborda com naturalidade e clareza, as conexões interdimensionais do psiquismo humano com acontecimentos registrados na memória extracerebral de seu paciente. Ou resgata da memória cerebral infantil, o material psíquico em sintonia com o sofrimento atual do adulto, que por sua vez, pode encontrar sintonia em uma vida pregressa, tal é a rede de interconexões psíquico-espirituais do ser inteligente que tem como marca registrada em sua essência, a imortalidade.

Portanto, como já era anunciado pelas antigas profecias e reforçado pelas previsões mais recentes, o atávico medo humano do desconhecido começa a ceder espaço ao avanço do novo, que traz consigo as mudanças necessárias ao conhecimento do homem, que amplia a visão de si mesmo inserido em uma realidade universalmente interdimensional.

Os dramas pessoais não são eternos!

Os dramas pessoais não são eternos!


A capacidade de superação é uma característica genuinamente humana. E quando a força de vontade gera a energia da perseverança, mecanismos psíquico-espirituais são acionados em benefício da pessoa que deseja alterar o seu próprio modelo comportamental alicerçado em sentimentos negativos.

Luísa, carioca de 33 anos, é uma mulher adulta na idade, mas infantil em suas emoções ainda fixadas em sentimentos negativos do passado. A sua postura diante da vida é de uma pessoa medrosa, reprimida, desconfiada e com bloqueios na área da afetividade. Fatores que acabam por interferir no seu crescimento pessoal e profissional.

Em decorrência da repressão interna originada no passado, a baixa autoestima, associada a crises de depressão e pensamentos suicidas, tornam-se reflexos do processo obsessivo que trava um outro processo que deve ser livre, natural e expansivo: a vida. E quando não temos consciência das fixações que nos prendem ao passado, a vida torna-se um pesado fardo a ser carregado.

Dessa forma, ao gerar psicopatologias de fundo emocional, o drama pessoal pode intensificar-se e comprometer a estrutura psíquica do indivíduo, tornando-o "refém" de suas próprias experiências pregressas. E quando as verdades de cada um não são reveladas à luz da consciência, seja pela vontade férrea de superação, ou por intermédio de ajuda psicoterapêutica, ou ainda, pela fé raciocinada ou outro mecanismo consciente que altere para melhor o nível de autoconhecimento, difícilmente a pessoa se libertará das "amarras" psíquico-espirituais que a mantém fixada aos acontecimentos do passado.

Era o caso de Luísa, que fixada a mecanismos inconscientes, não conseguia libertar-se dos sintomas da depressão que a envolviam inapelavelmente, a ponto de alimentar idéias suicidas e comprometer, indefinidamente, o fluxo saudável da vida.

As sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica revelaram que parte de seu sofrimento psíquico e inabilidade nas relações afetivas com o sexo oposto, era fruto da falta de referência masculina na sua infância, agravado pelo sentimento de culpa originado na separação dos pais quando ela tinha apenas três anos de idade.

No entanto, Luísa apresentava traços paranóides que não caracterizavam uma mania de perseguição propriamente dita, mas um indicativo de que poderia haver uma sintonia de sentir-se perseguida ou vigiada, ou até mesmo o sentimento de culpa associado a situações de outras vidas.

Diante de tais indicativos que emergiram do processo terapêutico, encaminhamos o próximo passo para a sessão regressiva de memória, em busca de sintonias do passado que se relacionassem ao material psíquico que a psicoterapia havia revelado à luz da consciência.

REGRESSÃO DE MEMÓRIA

Na primeira revivência, Luísa sente-se em meio a uma explosão. Na sequência, percebe-se deitada na cama de uma enfermaria, convalescendo da amputação de uma perna. Ao lado do leito, visualiza uma pessoa que a visita.

Na segunda revivência, Luísa percebe-se aprisionada e com as mãos amarradas às costas. Está sendo torturada para que confesse a sua participação em ato, que segundo ela, não praticara. Na sequência, sente-se envolvida por intensa emoção associada ao sentimento de injustiça.

Na sequência regressiva, Luísa acessa a informação visual de uma esfinge egípcia, e sente que viveu naquela remota época, quando foi uma autoridade da casta dominante. Percebe que a esfinge simboliza o poder exercido por ela naquela vida.

Na quarta e última vivência, Luísa percebe-se como um homem que violenta sexualmente uma mulher. Sente que a mulher não reage e fica submissa às suas vontades, devido à imagem de homem poderoso que exerce sobre a sua vítima.

COMENTÁRIO

A espiritualidade superior permitiu e Luisa acessou situações de seu remoto passado que revelaram a relação de seus desequilíbrios psíquico-espirituais com o uso inconsequente do poder.

A experiência regressiva revelou que Luísa esteve intimamente relacionada ao poder em vivências passadas, quando fez uso da prepotência como forma de preservar interesses pessoais e dar vazão a energia de seus instintos.

No entanto, assim como Luísa foi vilã (ou vilão), ela também foi vítima de injustiça como registrou a experiência da tortura. Fato que gerou -via sintonia- a sensação atual de estar sendo perseguida, avaliada ou interrogada.

Contudo, sabemos que os dramas pessoais não são eternos. E sabemos da existência das leis da reencarnação que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Porém, tais leis não representam uma condenação cega ou sentença perpétua, sem permitir ao espírito encarnado o direito de regenerar-se moralmente ou lutar pela sua felicidade.

Neste sentido, Luísa é uma pessoa que demonstra muita lucidez e tem consciência que a alteração do modelo comportamental depende dela mesmo. Por este motivo procurou ajuda na psicoterapia interdimensional.

E a P.I., ao revelar à luz da consciência de Luísa, importantes informações de sua memória extracerebral, contribuiu para que a mesma consiga elaborar a sua mudança comportamental, além de mostrar que o seu drama pessoal não é uma inapelável sentença condenatória, e sim, uma sintonia que pode ser alterada positivamente quando mecanismos psíquico-espirituais agem em benefício da pessoa que desperta para novos valores de vida.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.

2012: não espere o tempo passar!

2012: não espere o tempo passar!



O ano de 2012 é referência para a humanidade, porque marca o primeiro período de uma longa fase de transição espiritual pela qual passará o planeta Terra.

Não é por acaso que várias profecias antigas e previsões mais recentes, apontam o início do terceiro milênio como época de significativas mudanças para o homem e o seu mundo.

Isto quer dizer que a fase de depuração espiritual encontra-se em curso até atingir, após o último período da fase de transição, a fase de regeneração espiritual, quando todos os espíritos reencarnados no planeta Terra vibrarão numa mesma faixa de sintonia.

Portanto, desde agora, observamos muitas mudanças no comportamento das pessoas. Existe uma crescente busca pelo autoconhecimento de nível avançado, ou seja, o autodescobrimento que visa o autoconhecer-se além da barreira intrauterina, na procura de uma identidade que seja revelada à luz da consciência pelas verdades da reencarnação.

Nesta direção, a psicoterapia avança para a psicologia da alma, que revela o que somos como consequência do que fomos. E diante da revelação, como quebrarmos o velho paradigma comportamental e construirmos um novo modelo elevado à luz da consciência e adequado às mudanças na frequência vibratória do planeta.

Há milênios, convivemos diariamente com as imperfeições que atrasam o progresso espiritual de uma grande maioria de humanos que reencarnam sucessivamente na Terra, um mundo em fase de transição espiritual de provas e expiações para uma realidade de regeneração espiritual.

Por este motivo, temos acompanhado nos dias atuais, a mudança comportamental que começa a exigir dos espíritos aqui reencarnados, o assumir do processo de depuração espiritual que envolva, justamente, as suas atávicas imperfeições, como o orgulho, o egoísmo, a inveja, a ambição desmedida e a prepotência, entre outras.

Através do assumir de uma nova consciência, muitas mentes em processo de depuração espiritual influenciam outros espíritos encarnados, que numa cadeia de intenções, passo a passo, começam a transformar realidades sociais antes subjugadas por sistemas ditatoriais ou por sistemas atolados na lama da corrupção.

Mentes perversas começam a sentir-se pressionadas pelos novos tempos de transformações, e já não encontram terreno fértil para a livre prática do jogo maquiavélico. A sensação de insegurança que sentimos no "ar" é em razão da agitação que ocorre no âmbito das mudanças previstas para o início do milênio em curso.

Para que se instale a plenitude de uma nova era, é necessário que o caos das transformações vigore por tempo indeterminado pelo nosso calendário, porque nada é dado de graça, e sim, conquistado com luta e perseverança. O que até aqui construímos, devemos separar o joio do trigo e desconsiderar o que não foi edificante para a humanidade.

A referência -ano 2012- serve como marco para que o ser dotado de inteligência e livre-arbítrio, repense as suas atitudes diante da vida e abdique do que não for construtivo para si mesmo e para o outrem pelo qual também é responsável.

A partir de 2012, todo pensamento ou atitude elevada no bem e no amor fraterno, representa "bônus" de acréscimo no currículo de cada ser imortal. A transparência baseada na clareza de intenções reveladas à luz da consciência é o referencial para aqueles que desejam acompanhar as mudanças em curso.

Neste sentido, a atividade física regular e o hábito da prece espontânea, da meditação, a prática do bem no cotidiano da vida e o autoconhecimento que supere as limitações da dimensão física, representam mecanismos saudáveis e fundamentais no processo de depuração espiritual exigido neste alvorecer de milênio.

Quem ficar para trás, fixado em suas velhas imperfeições, perderá precioso tempo de acompanhar as mudanças que, gradativamente, libertam o espírito de um passado comprometedor.

2012: não espere o tempo passar e dê início ao processo íntimo que o tornará um ser de bem com a vida em um mundo de profundas transformações.

Você e as sintonias do passado!

Você e as sintonias do passado!



Muitos de nós, em algumas situações e sem entendermos os motivos, agimos de uma forma inesperada que não combina com a nossa personalidade ou modo de ser e agir. Passada a experiência, ficamos a refletir sobre o porquê de termos tomada aquela incomum atitude.

Em outras situações, de uma forma plasmada em nossa mente, fixamos uma imagem que é sempre a mesma, sem termos lembranças de sua origem, mas que permanece imutável como se fosse um quadro mental gravado de uma experiência pregressa.

Há momentos que não conseguimos explicar certas sensações térmicas: Por que sentimos frio associado a um sentimento que momentaneamente experenciamos? Qual a razão desta repentína sensação que nos invade a ponto de buscarmos o calor na proteção do agasalho ou cobertor?

Estas experiências, no entanto, diferem de uma pessoa para outra. Em algumas tornam-se mais intensas, em outras, menos intensas ou até mesmo inexistentes. E a razão desta diferença está no nível de mediunidade da pessoa, porque a mediunidade ostensiva (equilibrada ou em desequilíbrio), e alguns casos diagnosticados como esquizofrenia, representam situações em que a sensibilidade mediúnica do indivíduo encontra-se aflorada e em sintonia com experiências psíquicamente traumáticas ou sentimentos não resolvidos do passado que acabam comprometendo o equilíbrio emocional da pessoa.

É o relato de caso que veremos a seguir, ocorrido no presente mês, durante o primeiro atendimento da psicoterapia interdimensional na cidade do Rio de Janeiro.

Laura é uma típica carioca: descontraída, comunicativa, sociável, mas com um sentimento não resolvido com a energia do amor. Fora criada pelo pai e uma madrasta desequilibrada emocionalmente, que a fez passar por experiências de maus tratos na infância.

Aos treze anos de idade, conheceu um rapaz pelo qual se apaixonou. Porém, com o passar do tempo o caráter do namorado foi se revelando à luz da verdade. Mesmo assim, aos quatorze anos, Laura engravidou e dessa relação que durou quinze anos, nasceu mais um filho homem.

Quando separou-se, aos trinta anos, Laura decidiu mudar-se com os seus dois filhos para uma cidade do interior paranaense onde vivera com seus pais durante alguns anos da infância, e onde permanece até hoje, embora, com alguma frequência, retorne ao Rio de Janeiro para visitar familiares.

Laura, que é médium espírita e terapeuta reikiana, procurou atendimento na P.I. porque desde a infância convive com experiências que para ela não existem explicações racionais. Foram várias situações em que, repentínamente, teve que tomar atitudes de difícil explicação à luz da ciência, como a reação imediata que teve ao ser molestada em um ônibus no Rio de Janeiro, mobilizando motorista e passageiros e fazendo com que as duas pessoas envolvidas no ato, saíssem imediatamente do coletivo. Experiência em que a firmeza de atitude, a frieza e a estratégia adotada no momento, não faziam parte de sua personalidade como ela mesmo registrou: "Foi como se eu estivesse em transe, sentindo-me com a coragem de um homem valente".

Outras situações que a impressionaram e das quais não obtinha respostas, era o frio que sentia, principalmente quando associado ao sentimento de solidão ou alguns sintomas depressivos: "Nestas ocasiões eu tenho que pegar um casaco, manta, touca e até um cobertor para me cobrir, tal é o frio que sinto", referindo-se à intensidade das experiências.

Laura trazia consigo desde a infância, uma imagem congelada em sua mente, que depois virou uma tela desenhada e pintada por ela: era a imagem de uma freira nua, ajoelhada, e que, extremamente angustiada pelo sentimento de culpa, perdia perdão a Deus.

Após a primeira sessão de psicoterapia que também foi avaliativa de caso, passamos para a regressão de memória com forte indicativo de sentimentos não resolvidos que associavam-se às suas emoções, e indicativo de sensação térmica (frio) e de inexplicáveis experiências do cotidiano, quando tinha a sensação de agir como se tivesse outra personalidade. E a experiência regressiva foi a fundo na busca das conexões interdimensionais apontadas pelos indicativos da psicoterapia.

A REGRESSÃO

Na primeira vivência, no útero materno de aluguel, conforme ficara sabendo mais tarde, Laura sente-se amada pelo pai biológico que deseja uma mulher como filha. Uma forte emoção a envolve quando, após o nascimento, sente-se protegida nos braços do progenitor. Nova emoção a invade quando, de mãos dadas passeia com aquele que fora a referência afetiva de sua vida.

Na segunda vivência, Laura sente muito frio. Percebe-se vivendo na rua. Era uma menina, que devido aos maus tratos, tinha fugido de casa e encontrava-se mendigando pelas ruas. Fora uma vida de muito sofrimento que termina no seio de uma "família" de mendigos que se uniram por afinidades.

Na terceira vivência, ela percebe-se como uma religiosa que experimenta um intenso sentimento de culpa, pois apaixonara-se perdida e platonicamente por um rapaz. Por isso, sente-se atormentada pela culpa do pecado, e num ato simbólico, completamente despida, ajoelha-se e pede perdão a Deus. No entanto, desencarna com o sentimento de amor não resolvido.

Na quarta vivência, Laura sente-se um homem em cima de uma colina fazendo uma avaliação de sua vida. Era um guerreiro habilidoso na arte dos combates corpo a corpo. Mas cansado de tantas mortes e combates sangrentos, não via mais sentido em servir a um senhor da guerra ou executar um plano em que era pago devido ao seu preparo e conhecimento para matar. Era um velho guerreiro ninja que desertava da violência que caracterizara a sua vida.

COMENTÁRIO

Os efeitos de um sentimento mais intenso ou de uma sensação inexplicável, geralmente, encontram as suas origens a partir da situação intrauterina em direção a vidas passadas.

A experiência regressiva de Laura, prova, mais uma vez, que pessoas dotadas de uma sensibilidade especial (mediùnica) podem envolver-se em experiências vitais de difícil explicação sob o ponto de vista da psicologia clássica.

O caso abordado neste artigo, revela que sentimentos e sensações mais intensas encontram sintonias em fatos ou situações inimagináveis sob o prisma da visão linear da natureza humana. Visão que não contempla as experiências de outras vidas que podem ser acessadas pelo arquivo da memória extracerebral.

Portanto, a experiência regressiva e interdimensional de Laura, que acessou informações de suas memórias cerebral e extracerebral, foi precisa e rica na qualidade das informações de que ela precisava para elaborar um melhor nível de autoconhecimento.

Na experiência regressiva, Laura, o seu mentor e o terapeuta interdimensional, superaram a "barreira do tempo" sem transgredir as leis da reencarnação, ou seja, o que foi permitido foi autorizado em benefício de Laura. Indicativo de seu merecimento.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.


Regredir é desprender-se do ego!

Regredir é desprender-se do ego!



A psicoterapia interdimensional utiliza a regressão de memória como meio de investigar mais ágil e profundamente, as origens dos traumas psíquicos relacionados à fobias, pânico, depressão, entre outros, que acompanham o indivíduo em seu modelo comportamental até a vida presente.

Como a vida atual, a partir da situação intrauterina é uma consequência de nossas vivências passadas, a regressão tem a particularidade de sintonizar através de sensações físicas, sentimentos, emoções ou visualizações, fatos ocorridos no pretérito que se relacionam com a queixa principal da pessoa, ou seja, o seu desconforto físico ou psíquico-espiritual. É denominada psicoterapia interdimensional porque aborda as duas realidades dimensionais do indivíduo: a física (infância até útero materno) e a espiritual (vidas passadas).

A psicoterapia de orientação psicanalítica, diante do conteúdo psíquico-espiritual que emerge da associação livre e da experiência regressiva (memórias cerebral e extracerebral), associa tais informações para que -através de interpretações por parte do psicoterapeuta- a pessoa processe internamente (elaboração) a conscientização das origens de seus medos, bloqueios ou condicionamentos comportamentais.

No entanto, a regressão na psicoterapia interdimensional é predominantemente espiritual (90%), sendo o mentor da pessoa o encarregado de mostrar-lhe o que ela poderá acessar em benefício próprio. No processo regressivo, o terapeuta interdimensional participa contribuindo com a técnica que cria condições ideais de relaxamento físico e expansão consciencial. O mentor da pessoa contribui com a parte mais importante, que é o acesso -quando autorizado pela hierarquia espiritual- a fatos ou situações que estejam relacionados aos problemas atuais do indivíduo.

Desta forma, o terapeuta interdimensional não tem poder algum sobre o processo regressivo em si, tornando-se somente um facilitador para que as conexões psíquico-espirituais se realizem durante o processo em que ele(a) acompanha atentamente.

Terminada a experiência regressiva, é momento do psicoterapeuta reassumir a sua responsabilidade nas conexões (interpretações) importantes ao processo terapêutico. Contudo, certas experiências regressivas ricas na fluência e na qualidade elaborativa, praticamente dispensam as interpretações do terapeuta, pois a pessoa reune as informações necessárias para elaborar dentro do processo de conscientização que leva à autocura.

As dificuldades que algumas pessoas apresentam na regressão de memória, como tensão, ansiedade e bloqueio, geralmente, são originadas por um conjunto de crenças relacionadas a valores materialistas. O ego excessivamente controlador, a dúvida, o medo, ou mesmo a descrença em valores espiritualistas, servem como "ferramentas" inconscientes ou semi-conscientes de bloqueio, que condicionam o indivíduo a um nível de percepções que envolve o âmbito dos cinco sentidos. Essas pessoas, por não conseguirem se desprenderem de seus egos, sentem dificuldades em integrar-se ao processo que leva à experiência regressiva.

Portanto, regredir ao passado através das memórias cerebral ou extracerebral, ou mesmo durante o sono, soltar-se do corpo físico nas experiências de volitação e contato espiritual com entes queridos, exige um certo grau de desprendimento do espírito em relação aos condicionamentos do ego que nos fixam (prendem) à dimensão material.

Acreditar que temos um mentor, espírito amigo que está disposto a nos ajudar no momento da regressão de memória, e que a qualidade da experiência será importante para o autoconhecimento, é a melhor forma de nos encontrarmos preparados para a experiência regressiva.

Regredir é desprender-se do ego e seus apegos. Difícilmente conseguiremos uma boa qualidade nas experiências que transcendem a percepção dos cinco sentidos, se nos encontramos distantes e incrédulos na relação com a nossa natureza espiritual. Neste sentido, a percepção adaptada à realidade das relações interdimensionais, é a chave que libera o ser dotado de inteligência e livre arbítrio para voos mais altos do espírito imortal.

Sinto-me excluída!

Sinto-me excluída!



Com a sensação manifestada em um desabafo durante a primeira sessão de psicoterapia interdimensional, Cristina revela a angústia que a atormenta desde os primeiros anos de sua infância.

Sintomático, sob o ponto de vista psicanalítico e, significativo, sob o prisma da regressão de memória a vidas passadas, a sua sensação sintetiza uma infância reprimida por ter sido uma criança diferente, esperta, questionadora. O inverso de seus pais e irmãos que se acomodaram numa linha comportamental de características conservadoras e conformistas.

Pelo fato de ter sido, sistematicamente, podada em família e na escola, Cristina tornou-se uma adolescente retraída, traumatizada e com medo de se expor em público. Porém, sem perder a sua sede de conhecimento, o que a mantinha focada em seus objetivos de vida.

No entanto, com o passar dos anos a sua angústia de sentir-se excluída socialmente, começou a afetar a sua relação com as pessoas e consigo própria. Em consequência, apareceram os primeiros sinais depressivos, acompanhados da sensação de isolamento e abandono.

Conforme as informações que emergiram de seu inconsciente durante as sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica, poderíamos atribuir o seu sofrimento psíquico ao resultado do bullying sofrido na infância, e direcionarmos o tratamento neste sentido e nesta lógica. Porém, um detalhe sobressaiu-se aos demais na associação livre: o fato de Cristina sentir-se excluída desde os primeiros anos de sua vida. Indicativo de que havia, nos recônditos de seu inconsciente, a sintonia do remoto passado.

Portanto, na sequência do processo terapêutico, foi encaminhada a regressão de memória com o objetivo de buscar informações que estabelecessem a conexão presente-passado. Na experiência, Cristina acessa uma vivência na qual experimentara a mesma angústia atual, ou seja, a sensação de exclusão social.

Confinada em uma gruta, por ser considerada (era um homem) ameaça para os habitantes do pequeno povoado, Cristina sente-se extremamente solitária e percebe que se encontra naquele lugar porque praticara atos de agressão física contra pessoas. Condenada a viver reclusa, tem a permissão de sair da gruta somente para saciar a sua sede em uma fonte d´água, fazer as suas necessidades fisiológicas e de higiene pessoal. Fugir nem pensar, porque além de ser vigiada, o povoado era rodeado por uma floresta densa e impenetrável.

Reclusa da vida social e alimentando um sentimento de rejeição, os anos foram passando e debilitando o seu corpo e a sua mente, até desencarnar na caverna onde passara a maior parte de sua vida.

Na sequência da experiência regressiva, Cristina percebe-se como um homem que vive uma vida de viajante, ou seja, é representante de uma empresa e viaja para fazer contatos com outras pessoas. Sente-se feliz na vida que leva, embora não tenha constituído família. Termina a sua trajetória física como aposentado vivendo entre pescadores de um distante povoado litorâneo.

Na terceira vivência, Cristina percebe-se vivendo em meio à natureza. Era bióloga, integrante de uma equipe responsável por pesquisas em uma grande extensão de terras ainda selvagens. Apesar de gostar do que fazia, sentia-se muito solitária e com este sentimento passou o resto de sua vida. Não casou e não teve filhos.

COMENTÁRIO

O principal objetivo da regressão de memória dentro do processo terapêutico é buscar em vivências pregressas, informações como traços de personalidade ou caráter que sintonizem com o momento atual da pessoa, e trabalhar no sentido psicoterapêutico para que a mesma elabore as interpretações da experiência regressiva.

Outro objetivo de igual importância, é o acréscimo de qualidade no nível do autoconhecimento. Principalmente quando o conteúdo da experiência regressiva passa pelo processo de elaboração e compreensão do momento vital.

As sensações ou sentimentos mais intensos, geralmente, tem a sua origem em outras vidas. Por este motivo, é fundamental a regressão além da memória cerebral, porque é na memória extracerebral que se encontram os registros mais antigos do indivíduo dotado de inteligência e livre-arbítrio. Quando a investigação psicoterapêutica é limitada, o resultado torna-se parcial e incompleto.

No caso apresentado, a partir das informações coletadas das sessões de psicoterapia, fomos em busca de mais informações através da regressão de memória extracerebral. E o passado de Cristina nos forneceu respostas que se encaixaram como peças em um jogo de quebra-cabeças de ingredientes psíquico-espirituais. Na primeira vivência, Cristina acessa a origem da sintonia que a acompanha desde a infância, ou seja, a sensação de exclusão social. Aquela vivência "calou fundo" em seu inconsciente a ponto de repercutir na vida presente em forma de sentimento de rejeição. As duas últimas vivências revelam uma Cristina mais saudável, centrada, que interage melhor com o mundo à sua volta, embora a última vivência na qual era uma bióloga, mostre novamente o seu traço de tendência depressiva, solitária e anti-social.

Ao avaliarmos a experiência regressiva de Cristina, verificamos que foi enriquecedora tanto para o processo terapêutico quanto para o seu autoconhecimento. E quando estes fatores se unem, gera o que a psicoterapia interdimensional denomina "associação ideal", isto é, um processo elaborativo que, geralmente, leva a pessoa à autocura de seu desequilíbrio emocional.

OBS: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.

Você é a energia que vibra!

Você é a energia que vibra!

As psicoterapias que investigam a natureza interdimensional do homem têm, como referência básica, as leis naturais, também conhecidas como leis universais, morais ou divinas.

Essas leis que se encontram internalizadas em nosso inconsciente e que foram transmitidas intuitivamente aos grandes filosofos da Antiguidade, a Siddartha Gautama (Buda), e reveladas pelos espíritos da verdade a Allan Kardec durante a codificação do Espiritismo, impõe-se naturalmente e influencia tanto as linhas terapêuticas alternativas, quanto as escolas terapêuticas clássicas de orientação psicanalítica.

A energia humana em forma de aura, que revela através de suas cores a situação bio-psíquico-espiritual do indivíduo, é a confirmação de que somos o que vibramos energeticamente.

Se a nossa frequência vibratória é baixa, indica que estamos vulneráveis às doenças e ao assédio de entidades espirituais afins, ou seja, que nos encontramos energeticamente desprotegidos diante do universo ao qual estamos inseridos. Portanto, a baixa sintonia é indicativo de desequilíbrio vital com repercussões de efeito negativo no corpo físico, na mente e no espírito.

Geralmente, são responsáveis pela baixa frequência vibratória, o nosso estado psíquico refletido por sentimentos negativos que alimentamos nas relações interpessoais, como a raiva, a vingança, a inveja, a ambição e o ciúme, entre outros.

Essa densa energia que nos acompanha e envolve, torna-nos indivíduos "pesados" e predispostos ao surgimento de enfermidades de origem ainda desconhecida pela ciência oficial, como as somatizações e os processos obsessivos de fundo psíquico-espiritual.

Inclusive, a sensação de infelicidade ou de desânimo diante da vida, são frutos de nossa condição energética que limita a capacidade individual de discernir sobre os acontecimentos que envolvem o nosso dia-a-dia, interferindo, dessa forma, na lucidez que transcende a sensibilidade relacionada aos cinco sentidos...

Sem a lucidez necessária, a vida vira um ciclo vicioso de acontecimentos que se repetem, sem que tenhamos a percepção do que precisa ser transformado em benefício do outrem e de si próprio. É quando as queixas se cristalizam e os nossos problemas tornam-se crônicos e sem perspectivas de solução.

COMO PODEMOS ALTERAR A NOSSA SINTONIA?

O autoconhecimento avançado, isto é, o conhecimento de si mesmo que transcende a percepção de realidade centrada no ego, é uma forma gradual de aprimorar a visão de vida e, consequentemente, transformar o que precisa ser transformado a partir de uma percepção centrada no eu superior.

É se valorizando e se conhecendo além das mazelas e limitações do materialismo, que o ser inteligente e imortal, elaborará um nível de lucidez capaz de alterar a sua própria frequência vibratória.

A compreensão dos mecanismos psíquico-espirituais que geram a inveja, o ciúme, a mágoa e a cólera, entre outros sentimentos negativos, representa no sentido terapêutico interdimensional, a "alavanca" que acionará o processo de alteração bioenergética.

A lenta depuração da energia interior associada a sentimentos negativos que trazemos de muitas vivências, será responsável, a médio ou longo prazo, pela eliminação de nossas queixas e de nossos "insolúveis" problemas. É tudo uma questão de alteração positiva de nosso nível de lucidez. Lucidez compatível com a elevação da sintonia.

Com a melhora do nível de autoconhecimento, pequenas verdades são incorporadas ao nosso psiquismo de uma forma elaborada, tornando-se conquistas alcançadas pelo eu superior que visualiza a existência inserida em um contexto vital de relações interdimensionais.

Na dinâmica da vida, nada é estanque ou imutável. Os espíritos evoluídos são incansáveis em alertar-nos que a reencarnação, independentemente do que tenha ocorrido no passado, é um terreno fértil para as descobertas, aprendizados e progresso do indivíduo.

Não subestime o seu potencial!

Não subestime o seu potencial!
O pensamento é a energia que nos identifica diante do universo. É a marca individual que rebaixa ou eleva o padrão vibratório. E a aura, que é o campo energético que nos envolve, é o resultado de nossos pensamentos, emoções e ações praticadas durante o processo vital, ou seja, somos a obra-prima de nós mesmos.

Elevamos o nosso pensamento e alteramos positivamente a nossa frequência vibratória, quando praticamos a caridade, que não se resume em dar esmolas mas em praticar o bem no cotidiano da vida. Rebaixamos o nosso pensamento e alteramos negativamente a nossa frequência vibratória, quando praticamos a maldade ou o ódio contra semelhantes.

Neste sentido, registra o filósofo Huberto Rohden: "O mal que os outros nos fazem não nos faz mal porque não nos torna maus; o mal que fazemos aos outros é o que nos faz mal porque nos torna maus". E reciprocamente: "O bem que fazemos aos outros é que nos faz bem, porque nos torna bons".

Um antigo conto, extraído da obra "Pai Nosso" de Chico Xavier, retrata o efeito do ódio e da cólera, que por falta de paciência e amor em nossos corações, geram amargura, perturbação e enfermidade: "Um velho judeu de alma torturada por pesados remorsos, chegou, certo dia, aos pés de Jesus, e confessou-lhe estranhos pecados. Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado vários amigos de sua terra e bens, arremessando-os à ruína total e reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada, semeara em muitos corações o desespero, a aflição e a morte. Achava-se, desse modo, enfermo, aflito e perturbado. Médicos não lhe solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos da consciência dilacerada.

O mestre, porém, ali mesmo, na presença de Simão Pedro onde se encontrava, orou pelo doente e, em seguida, lhe disse: "Vá em paz e não peques mais". O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrava o corpo, sentiu-se curado, e saiu, rendendo graças a Deus. Parecia plenamente feliz, quando, ao atravessar a extensa fila dos sofredores que esperavam pelo Cristo, um pobre mendigo, sem querer, pisou-lhe num dos calos que trazia nos pés.

O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a bengaladas. Estabeleceu-se o tumulto. Jesus veio à rua apaziguar os ânimos. Contemplando a vítima em sangue, abeirou-se do agressor e falou: "Depois de receberes o perdão, em nome de Deus, para tantas faltas, não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado do que tu".

O velho judeu, agora muito pálido, pôs as mãos sobre o peito e bradou para o Cristo; "Mestre, socorre-me! Sinto-me desfalecer de novo... Que será isso?" Mas Jesus apenas respondeu, muito triste: "Isso, meu irmão, é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio coração".

Em seu livro "Quântica - Espiritualidade e Sucesso", o professor e cientista Moacir Lima, registra com muita lucidez: "Quando estamos vibrando através de nosso pensamentos e emoções, a mente recebe sinais e informações do cosmos. Não se pode afastar aqui a hipótese de que essas informações, via sintonia de frequências, venham de outras mentes de pessoas desencarnadas ou não".

E completa o seu raciocínio quântico: "Estamos cercados de inteligências. Chamemos campos energéticos, espíritos, ou a denominação que melhor nos aprouver, esses campos comunicam-se conosco via lei das atrações: o semelhante atrai semelhante. Os afins se atraem. Dessa forma, habituamo-nos a determinadas conexões e temos a tendência de mantê-las. E é por pensamentos e emoções que nos ligamos a um tipo ou outro de energias, que sempre virão ao encontro de nossos objetivos e do campo vibratório que produzimos em torno de nós".

Na verdade, os graus de percepção e evolução nos fazem diferentes. Os "mais vividos", por mais experimentados, na medida em que aproveitam as oportunidades da vida, aceitando seus convites para o progresso, vão desenvolvendo maior e mais amplo e abstrato entendimento das razões pelas quais aqui estamos. E o progresso de pensar não dispensa a necessidade de crer, a magia da fé, que cada um alcança segundo seu potencial evolutivo, e de modo especial aqueles que aceitam a reencarnação sabem perfeitamente o seu significado no contexto da existência.

Portanto, no vasto universo em que vivemos, não estamos sós. Estamos continuamente emitindo e recebendo energias, pensamentos, emoções. Se quisermos classificar as emissoras do universo como boas ou más, devemos entender que captaremos exatamente aquelas em cujas frequências vibrarmos. Por isso, buscar energias cósmicas e, com elas, a realização, depende de atitude positiva diante da vida.


A interdimensionalidade no consultório

A interdimensionalidade no consultório

A história revela, que com o passar dos séculos, o tratamento dos desequilíbrios mentais evoluiu consideravelmente. Dos casos atribuídos à bruxaria ou ao demonismo, cujas "vítimas" deveriam ser tratadas e não perseguidas ou isoladas do convívio social, a incipiente ciência do comportamento humano passou a adotar mecanismos terapêuticos que variavam conforme o grau de desequilíbrio psíquico do indivíduo. Algumas técnicas agressivas ou radicais, como a lobotomia e o eletrochoque, associaram-se à primeira fase de tratamento químico, que se por um lado acabava com os sintomas, por outro lado, gerava com o uso continuado, sequelas irreverssíveis.

Veio o século vinte, e os efeitos dos tratamentos químicos foram sensívelmente amenizados com as novas descobertas da ciência, que coincidiu com o avanço da psicanálise de Sigmund Freud. Porém, permaneceu a relação-dependência de certos medicamentos que cortavam o fluxo de processos patológicos, como as alucinações e delírios das doenças batizadas de "estruturais" por Freud, como a esquizofrenia e a paranóia.

A segunda metade do século vinte, marcou o surgimento da Terapia de Vidas Passadas, do psiquiatra norteamericano Brian Weiss, que revolucionou a ciência do comportamento humano, até então limitado às escolas que investigavam o inconsciente humano a partir da infância do indivíduo.

Com Weiss, a visão interdimensional da natureza humana ganha o mundo e influencia um sem número de profissionais que aderem à TVP ou criam outras linhas terapêuticas que contemplam em suas metodologias, a investigação do inconsciente além da barreira intrauterina.

Hoje, em pleno século vinte e um, estudos científicos informam sobre a existência de bases da integração mente, corpo, cérebro e espírito. A visão interdimensional da natureza humana, consolidada como forma de investigação e tratamento dos desequilíbrios psíquico-espirituais, proporciona um salto quântico de modernidade e de consciência em relação às sintonias que existem entre passado e presente, causa e efeito das psicopatologias humanas.

Atualmente, as Leis Divinas faladas há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, são naturalmente assimiladas, à medida que o Espiritismo trouxe a luz que faltava para compreendermos a lógica da reencarnação fundamentada em suas próprias leis.

Ampliou-se a visão de mundo e do significado da vida para o habitante do planeta Terra. E a ciência aproxima-se cada vez mais da ótica da interdimensionalidade humana.

Nesse sentido, portanto, a interdimensionalidade no consultório já é uma realidade confirmada pela experiência e conhecimento, e aceita e procurada por um número cada vez maior de pessoas que desejam conhecer de uma forma profunda, as origens de suas angústias e medos.

Foi-se o tempo da verdade única, que escondia interesses hipócritas a serviço dos poderosos. No alvorecer do milênio, as verdades começam a ser reveladas à luz da ciência e da consciência humana. Não temos mais porque escondê-las nas sombras, pois a modernidade trás consigo a lucidez necessária aos novos tempos de transformações.

Na segunda década do século vinte e um, o(a) psicoterapeuta interdimensional aborda com naturalidade e clareza, as conexões interdimensionais do psiquismo humano com acontecimentos registrados na memória extracerebral de seu paciente. Ou resgata da memória cerebral infantil, o material psíquico em sintonia com o sofrimento atual do adulto, que por sua vez, pode encontrar sintonia em uma vida pregressa, tal é a rede de interconexões psíquico-espirituais do ser inteligente que tem como marca registrada em sua essência, a imortalidade.

Portanto, como já era anunciado pelas antigas profecias e reforçado pelas previsões mais recentes, o atávico medo humano do desconhecido começa a ceder espaço ao avanço do novo, que traz consigo as mudanças necessárias ao conhecimento do homem, que amplia a visão de si mesmo inserido em uma realidade universalmente interdimensional.

Espíritos inquietos

Espíritos inquietos
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". (Martin Luther King)

Todos os seres inteligentes que neste planeta reencarnaram, e que atingiram a iluminação espiritual, foram indivíduos que experenciaram níveis de inquietude em relação à verdade que pregavam ou buscavam.

Portanto, a conquista da paz interior que acontece quando nos tornamos indivíduos de bem com a vida, benevolentes e solidários com o outrem, é uma meta alcançada pelo espírito, após este ter percorrido uma árdua e inquieta caminhada existencial, repleta de quedas e erguimentos nos campos da ética e da moral.

O que aconteceu com Siddartha Gautama, mais conhecido como Buda, que atingiu a iluminação após muita inquietação na procura da verdade, é o que pode ocorrer com qualquer indivíduo que busca a sua pacificação interior pela prática do bem e do amor.

Nesse sentido, o Dr. Bezerra de Menezes, um exemplo de dedicação profissional à caridade, deixou-nos um belo texto que remete-nos à reflexão sobre a importância da inquietação espiritual entre nós, espíritos em processo de aprendizagem - e de autoconhecimento - no educandário da vida. É o que veremos à seguir.

"Filhos, ser espírita é a oportunidade de vivenciar o evangelho em espírito e verdade. O seguidor da doutrina é alguém que caminha sobre o mundo, mais consciente de seus erros que de seus acertos. Por este motivo - pela impossibilidade de conformar os interesses do homem velho com os anseios do homem novo, ele quase sempre deduz que professar a fé espírita não é tarefa fácil. Toda mudança de hábito, principalmente daquele que lhe esteja mais arraigado, impõe à criatura encarnada sacrifícios inomináveis. O rompimento com o "eu" é um parto laborioso, em que, não raro, sem experimentar inúmeras recaídas, o espírito não vem à luz. O importante é que não vos deixeis desalentar. Recorda que, para o trabalho inicial do evangelho, Jesus requisitou doze homens. Talvez o problema maior para os companheiros de ideal que se permitem desanimar ante as fragilidades morais que evidenciam, seja o fato de suporem ser o que ainda não são".

E segue, Bezerra, a sua lúcida avaliação: "Sem dúvida, os que vivem ignorando as próprias necessidades, aparentemente vivem em maior serenidade de quantas dela já tomaram consciência. Não esqueceis, contudo, que a aspiração do melhor é intrínseca à sua natureza - o homem sempre há de querer ser mais. Na condição, pois, de esclarecidos seguidores da doutrina espírita, nunca espereis vos acomodar, desfrutando da paz ilusória dos que não se aprofundam no conhecimento da verdade que liberta. Onde estiverdes, estareis sempre inquietos pelo amanhã. A aflição que Jesus bem-aventurou é aquela que experimenta quem se põe a caminho e não descansa antes de concluir a jornada".

Na lógica da Lei Natural "ninguém é melhor do que ninguém", e conforme referiu-se Jesus Cristo a respeito das caminhadas vitais do espírito imortal: "A cada um conforme as suas obras". Obras que significam o resultado do que construímos durante as nossas passagens por este planeta. Passagens, muitas vezes, inquietas e cheias de dúvidas e questionamentos a respeito do que buscamos...

No entanto, o "normal" do espírito que ainda persegue a verdade sobre si mesmo e busca o sentido da vida, é a inquietude na direção do imprescindível aprendizado. Somente dessa forma, o indivíduo subirá degraus na escala da consciência e encontrará, então, a tão almejada serenidade que pacifica mentes e corações, como afirma Buda: "Feliz aquele que vence o egoísmo, alcança a paz, encontra a verdade. A verdade liberta-nos do mal; não há no mundo libertador igual. Confia na verdade, mesmo que não sejais capazes de compreendê-la, mesmo que no começo vos pareça amarga a sua doçura".


Lições de humildade

Lições de humildade


A vida é uma nova oportunidade para que o espírito reencarnado altere para melhor os traços de personalidade e o modelo comportamental que traz consigo de outras vivências.
No entanto, ao reencarnarem, muitos indivíduos esquecem ou ignoram esta orientação que encontra-se latente em suas consciências, preferindo repetir tendências negativas de caráter ocorridas em experiências passadas.

Nessa lógica de raciocínio, ditadores se apegam ao poder com "unhas e dentes". Ministros de estado, na tentativa de se manterem em seus cargos, escondem em baixo do "tapete", a sujeira que teima em revelar-se à luz da verdade. Autoridades e empresários das mais diversas origens e áreas profissionais, na tentativa de perpetuarem seus egos e interesses, agarram-se ao poder como parasitas sanguessugas. Indivíduos comuns entram para o crime organizado e tornam-se violentos como foram no pretérito.
Apesar do desafio ser o de mudar o paradigma, através de novas escolhas que libertem o indivíduo de um passado comprometedor, a reprodução de tendências é o que mais ocorre com o espírito que reencarna na Terra.

A prepotência, a ambição desmedida, a violência implícita e explícita, o orgulho e o egoísmo, são responsáveis pela situação de milhões de entidades que perambulam pelo umbral e pela crosta terrestre, à procura de alívio para as suas dores e sofrimentos relacionados a sentimentos de culpa. Outras tantas, subjugadas por processos obsessivos, organizam-se coletiivamente e reproduzem o mal que praticavam em vida.

Durante as suas vidas, muitos desses infelizes, tiveram oportunidades de aprender com lições de humildade. Experiências que ocorrem com todos os espíritos dotados de inteligência e livre-arbítrio, para que eles reflitam sobre escolhas que representam intenções ou atos praticados contra si próprios e o outrem.
Às vezes, essas experiências ocorrem individualmente. Outras vezes, com um coletivo de pessoas que pregam a violência, o fanatismo ou qualquer forma de desequilíbrio de âmbito psíquico-espiritual que prejudique terceiros ou afete o ambiente natural.

Em 2008, ao visitar as ruínas da antiga cidade de Roma, na Itália, senti um contato espíritual que me transmitiu uma certa inquietação. Essa sensação acompanhou-me pelo resto do dia, até o momento em que, à noite, consegui passar o sentimento do espírito para o papel através de uma comunicação psicografada. Terminado o texto, relaxei e dormi um sono tranquilo. O título da mensagem: "Eu, o imperador", que transcrevi na íntegra para o STUM.
Na mensagem, a entidade descreve as suas ilusões e desilusões com o poder dos homens, à medida que o mesmo deixa-se iludir pelas armadilhas do ego. Era um espírito de um imperador romano, que depois de séculos despertara para a verdadeira riqueza da vida: os valores espirituais.
Infelizmente, no universo em constante expansão, nem todos despertam para a libertação da consciência. Muitos somente trocam de corpo físico, de época e de atividade, mas a essência permanece a mesma, contaminada de energias deletérias que levam o indivíduo a repetir o modelo comportamental de outras vivências.

As experiências de regressão em entidades que se apresentam arrogantes durante as reuniões mediúnicas das casas espíritas, revelam que, ao serem convidadas a regredir a vidas passadas, encontram a origem do sentimento de ódio ou de vingança que alimentam através do vínculo obsessivo que mantém com as suas vítimas encarnadas.

Nessas vidas passadas, a regressão também revela que eles foram algozes desses indivíduos, e que o ciclo vicioso "vítima-algoz" em papéis alternados, se mantém há séculos, gerando, a cada reencarnação, mais ódio entre eles.
Alguns casos de regressão em pacientes da psicoterapia interdimensional, sintonizam o sentimento negativo do passado relacionado a determinada pessoa, que na vida atual, veio como membro de sua família para que ambos resgatem dívidas de relacionamento.
Nada do que acontece na vida é em vão ou sem significado. Portanto, as lições de humildade, mesmo aquelas experiências que nos humilham ou envergonham, possuem um sentido de aprendizado se assimilarmos o seu "recado".
Geralmente, tais lições encontram-se associadas ao nosso orgulho ou prepotência, e servem para que elaboremos a mudança necessária, ou seja, uma nova atitude diante da vida.

O médium, o homem e o mito

O médium, o homem e o mito


A mediunidade, por ser uma faculdade de contato interdimensional, ou seja, entre um ser imaterial, descorporificado, com um ser materializado, entra em choque com a cultura do "ver para crer", e cria um estigma em relação ao médium, que passa a ser considerado para muitos, uma pessoa desequilibrada, misteriosa, mística ou charlatã, entre outros adjetivos.

Apesar da mediunidade, que é inerente ao ser humano, ser hoje em dia melhor compreendida e aceita, ainda causa uma certa confusão em relação à sua mecânica, funcionalidade e finalidade, que passa, antes de qualquer objetivo, pela aceitação e participação de seu intermediário ou mensageiro: o médium.

O espírito comunicante da mensagem, ao utilizar-se do aparelho mental de seu intermediário, seja pela mediunidade da vidência, audiência, psicográfica (intuitiva, semi-mecânica, mecânica), psicométrica, de cura e pictográfica, tem consciência do que está fazendo, assim como o médium que permite a comunicação.

O médium, seja ele conhecido ou desconhecido do grande público, é uma pessoa comum, com os defeitos e preocupações da grande maioria dos "mortais". Se não fosse assim, imperfeito, não seria médium a serviço de sua mediunidade.

No entanto, a sutil diferença entre o médium que assume a sua faculdade a serviço do bem, e aquele que não assume por motivos pessoais, é o passo a mais que o primeiro dá na direção do progresso espiritual.

O médium que tem consciência da sua importância de contato interdimensional, sabe que é um devedor da lei Maior. Tem clareza que a sua missão é uma oportunidade de acertar contas com o seu passado através do amor fraternal.

Portanto, uma coisa é o médium e o seu trabalho. Outra coisa é o homem que está por trás do médium e o seu trabalho...

Neste sentido, mesmo Chico Xavier, considerado modelo para muitos, custou a abdicar de certas vaidades mundanas, como a peruca que usava para esconder a calvície, ou um certo descontrole emocional que apoderava-se de si -e que evidenciava o medo da morte- nos momentos de turbulência em suas viagens de avião.

O médium praticante sabe que não é "santo". Os espíritos, que eventualmente utilizam-se de seu aparelho mental para comunicar as suas mensagens ou para outra finalidade, sabem que o intermediário entre dois planos, não é um santo. Mesmo assim, o que vale são as boas intenções e a vontade de ambos utilizarem o canal mediúnico com uma proposta voltada para o bem.

Mediunidade é também um caminho para que a pessoa busque o equilíbrio psíquico-espiritual através do estudo e da prática mediúnica. Muitos casos de mediunidade em desequilíbrio, geralmente confundidos com sintomas esquizofrênicos, encontram o seu equilíbrio na sistemática de orientação e de trabalhos das casas espíritas.

Quanto mais equilibrado for o médium, mais mensagens harmoniosas ele intermediará de seus comunicadores. Porém, essa afirmação não significa que o mediador seja uma pessoa pura, um encarnado evoluído em contato com uma entidade evoluída. Significa que o médium encontra-se em condições bio-psiquico-espirituais de intermediar mensagens de conteúdo mais esclarecedor para a humanidade. Méritos de quem assumiu -e levou a sério- a sua condição de intermediário entre dois planos.

Contudo, extra atividade mediúnica, todo médium segue a sua vida com as preocupações, tristezas e alegrias inerentes ao ser humano. Do médium da idade média, perseguido e sentenciado à fogueira da inquisição por ser considerado uma "ameaça social", uma heresia à Igreja, evoluímos muito até o início do terceiro milênio.

A partir da Nova Era de significativas mudanças para o homem e o seu planeta, a mediunidade dá um salto quântico no sentido de suas mensagens espirituais que serão recebidas por médiuns que chegam à Terra mais preparados para transmiti-las ao grande público. Médiuns que continuam sendo homens e mulheres reencarnados em uma realidade planetária em fase de transição espiritual para um mundo de regeneração.


Proteção espiritual

Proteção espiritual



Basta orar para ser protegido? A prece possui uma energia que ainda desconhecemos, mas que percebemos o seu verdadeiro significado se nos encontramos em contato com níveis mais altos da espiritualidade.

Há pouco tempo, uma professora e médium da casa espírita onde executo trabalho voluntário relatou-me um episódio ocorrido com uma colega de magistério. Contou-lhe esta pessoa, que certa vez à noite, indo a pé para o trabalho, pressentiu que ia ser assaltada por um homem que atravessava a rua em sua direção. Numa reação instintiva ela elevou o pensamento numa prece pedindo proteção. Para sua surpresa, repentinamente, o suspeito desviou o trajeto deixando-a livre para que seguisse em paz o seu caminho.

Mais tarde, o destino fez com que o tal homem se apresentasse como seu aluno numa turma da noite. Imediatamente, ela o reconheceu, indagando sobre aquele recente fato, ouvindo uma resposta que deixou-a impressionada: “Também a senhora estava com aqueles dois “seguranças” em cada lado!”.

A minha vida, a sua vida e a vida de todos nós estão relacionadas às Leis Naturais que regem o universo. Estamos intrinsecamente ligados às leis de Causa e Efeito e Ação e Reação. Portanto, o nosso “merecimento” relacionado à proteção espiritual, encontra-se na razão direta da nossa sintonia espiritual.

Se não fosse assim, se não existissem critérios que estabelecessem a justiça por merecimento, não existiria a maledicência ou a benevolência. Por quê? Porque, independentemente do caráter da pessoa, bastaria elevar o pensamento numa prece que ela seria prontamente atendida...

Nesse sentido, não esqueçamos que as Leis Naturais encontram-se umbilicalmente ligadas ao livre arbítrio e que é através de suas escolhas na vida que o indivíduo elabora, inconscientemente, o seu nível de sintonia espiritual.

Somente transformaremos para melhor a nossa sintonia quando transformarmos a nós mesmos através do exercício da energia do amor em nossas vidas. A prece ajuda? Sim, a prece ajuda aquele que merece, assim como o sol aquece e ilumina aquele que, por livre arbítrio, decidiu sair da sombra em que se encontrava.

As Leis Naturais são leis transparentes que valem para todos os seres inteligentes do universo e encontram-se impressas na consciência humana. No entanto, o homem, ser ainda imperfeito, ilude-se ao achar que possui “poderes” para enganar ou manipular ao seu bel prazer o que não pode ser enganado ou manipulado.

Ilude-se o corrupto que corrompe e acha que com a medalhinha do santo no pescoço está protegido. Ilude-se o assaltante que assalta e mata e acha que freqüentando a casa religiosa está protegido. Ilude-se o estelionatário que aplica o seu golpe contra pessoas ingênuas e acha que freqüentando a Igreja está livre do tribunal de sua própria consciência...

É de conhecimento no meio espiritualista uma expressão que diz tudo: “Se estou com Deus quem poderá estar contra mim?” Ou seja: Se sou transparente e verdadeiro nas minhas atitudes perante a vida, o que poderei temer?

A pessoa benevolente que pratica espontaneamente o amor e a caridade no seu cotidiano é uma pessoa protegida. Por quê? Porque com a sua vibração elevada ela atraiu o seu mentor e guias espirituais para próximo de si e, com isso, aumentou naturalmente a sua proteção espiritual.

Estamos analisando a situação do ser que vai além de sua segurança física. Esta fica por conta dos efeitos de escolhas e atos relacionados à sua história de vidas pregressas, associadas ao critério de merecimento que poderá ou não modificar situações que estão gravadas em seu periespírito e programadas para ocorrerem na vida em curso.

A proteção espiritual existe sim, mas para aqueles que na prática do amor a conquistaram. Nesse patamar não há mistério...É só seguirmos o fluxo natural da vida baseado na intuição do bem que é o objetivo de todos os seres que reencarnam para atingirem a meta da transparência fundamentada na verdade de si mesmo.