terça-feira, 3 de abril de 2012

Respostas espirituais

Respostas espirituais
Quando estamos em boas companhias espirituais, durante o processo psicoterapêutico de âmbito interdimensional, e o terapeuta, no decorrer da sessão regressiva tem consciência de que não está sozinho, e que a sua função é de apenas facilitar a ligação interdimensional, estabelecida entre a pessoa e as informações que lhe são permitidas acessar, o trabalho flui naturalmente.

Na sessão regressiva do método terapêutico que desenvolvo, a espiritualidade superior, representada por espíritos guias e mentores, é quem permite o acesso ao objetivo maior da tarefa, que é o de buscar respostas as quais a pessoa necessita no atual momento de sua vida. Digamos que é de noventa por cento a participação espiritual na sessão que busca informações a respeito da queixa principal do paciente. Sendo que o restante, ou seja, dez por cento, compete ao psicoterapeuta interdimensional lidar com a sua técnica durante as fases da experiência.

Neste sentido, a experiência nem sempre é regressiva de memória. Há casos, que não são poucos, cuja experiência é espiritual e, geralmente, com a presença do espírito mentor da pessoa. É o caso que abordaremos a seguir, ocorrido recentemente em um atendimento da P.I. na cidade do Rio de Janeiro.

Marta, há cerca de seis anos, sofreu um acidente vascular cerebral que deixou-lhe sequelas que a limitam na locomoção, sendo necessário a companhia de uma pessoa. Fato que restringe a sua liberdade de ir e vir e a torna dependente de terceiros.

No entanto, com acompanhamento fisioterapêutico, médico e muita força de vontade, Marta vem superando as suas limitações e o orgulho ferido imposto pelo AVC. Com este objetivo, procurou auxílio na Psicoterapia Interdimensional, ou seja, que o atendimento pudesse despertar-lhe um sentido para a sua vida que não fosse somente o de lutar para vencer as suas dificuldades de âmbito neurológico.

Casada, aposentada e com um casal de filhos encaminhados para a vida independente, Marta desfruta de uma boa condição financeira, o que lhe permite sonhar com o trabalho voluntário junto a crianças de comunidades carentes.

Depois de uma sessão de psicoterapia, que fez emergir à luz da consciência, as suas latentes insatisfações em relação a si mesmo e em relação à vida "sem muito sentido" que levava, conforme as suas próprias palavras, encaminhamos a segunda sessão para a regressão de memória ou para o contato espiritual, se fosse o caso.

Logo no início, a experiência de Marta caracteriza-se como de contato espiritual. Projetada de seu corpo físico, ela se percebe sendo conduzida à frente de um portão que dá acesso a um casarão rodeado de jardins floridos. Na sequência, visualiza uma pessoa que, ao dirigir-se aonde ela se encontrava, informa: "Estava esperando por você", e a convida para entrar. Na entrada, percebe que é uma casa que acolhe crianças. Tem os espaços do dormitório e da bibilioteca bem amplos. Muitas crianças, alegres, correm pelo pátio. Outras, organizadas, seguem orientações de pessoas adultas.

Ao chegar a uma ampla sala de estar, a anfitriã convida Marta a sentar, e diz: "Marta, estou aqui para lhe ajudar, fica à vontade". Neste momento, Marta agita-se e demonstra ansiedade em relação ao que a sua amiga espiritual, a qual identifica como sendo a sua mentora, tem a dizer. Na sequência, a conselheira sugere que ela acalme-se e receba em paz de espírito o que ela tem para lhe transmitir. Passa-se um minuto de silêncio até que a mentora, ao sentir a sua protegida mais serena, tramsmite-lhe mentalmente o que a Marta verbaliza: "Ela diz que eu devo trabalhar com crianças, mas que não devo cobrar pelo serviço prestado". E segue o seu relato: "Ela diz também que eu não tenha medo porque serei ajudada. E que eu devo persistir e confiar naquilo que acredito".

Transmitido o recado de sua mentora espiritual, Marta registra que o encontro terminou e, ao despedir-se de sua amiga, retorna até o local onde iniciou o seu contato espiritual: o portão da casa. Em seguida, diz que nada mais vê e percebe que retorna ao seu corpo físico. A sessão é encaminhada para o seu final.

COMENTÁRIO

Marta veio atrás de respostas para as suas dúvidas e conseguiu através de contato espiritual com a sua mentora. A sua principal dúvida era se abria um curso -na sua área de formação profissional- pago ou gratuito para crianças. Já havia se informado em relação à estrutura e funcionamento das duas opções, mas a indecisão persistia, fazendo aumentar o seu nível de angústia.

A experiência espiritual de Marta foi clara e objetiva, isto é, foi no cerne da questão que a preocupava por sentir imensas dificuldades em tomar uma decisão definitiva. Terminada a experiência, o semblante de Marta era outro, porque passou a ter a certeza de que o seu trabalho com crianças deveria ser voluntário em uma ONG governamental, na qual havia se informado sobre a possibilidade de desenvolver um projeto ligado à infância.

Aliviada da angústia que a atormentava há algum tempo, Marta volta para casa com a convicção de que se persistir na sua meta, será ajudada pelos amigos da espiritualidade superior.

Quando menos esperamos, as respostas espirituais para os nossos íntimos questionamentos podem vir de várias maneiras, inclusive, dentro de um processo terapêutico interdimensional. E Marta obteve a resposta que precisava para dar mais sentido à sua vida.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.