sábado, 17 de março de 2012

Amar: compromisso com a vida

Amar: compromisso com a vida

O indivíduo que passou pela experiência da afetividade plena no seio de sua família, aprende a gostar de si mesmo, do outrem e a querer bem o mundo que o rodeia.

Saído da célula familiar que o protegeu na infância, ele desenvolveu qualidades que o estimulam a desafiar a vida sem medos exagerados ou bloqueios psíquicos que impeçam o seu progresso pessoal e consciencial.


Com a percepção de um indivíduo sadio em simbiose com a sua psique, ele sente a liberdade como uma ferramenta que abre caminhos iluminados pelo foco de sua própria lucidez e capacidade de discernimento.


Desprendido e, ao mesmo tempo, apegado à Mãe-Terra, ele tem consciência que é espírito e corpo físico em um planeta que o recebeu para uma nova jornada de aprendizados e evolução.


Entre a concretude da matéria e a sutileza de sua imaterialidade, ele visualiza a tênue divisa que separa os campos invisiveis sem "os olhos de ver" de sua natureza interdimensional.


No entanto, na sua ótica, ele não privilegia uma potencialidade em relação à outra. Ao contrário, percebe que a sua interdimensionalidade em equilíbrio de energias é sinônimo de saúde integral, ou seja, que os desejos do corpo físico devem estar em consonância com as necessidades do espírito, estabelecendo, desta forma, o equilíbrio vital ou o "caminho do meio" budista.


Portanto, é na célula familiar que a energia do amor desperta para a vida de relações. É através da célula familiar que o amor tende a ser expansivo, envolvente e libertador de consciências. É no despertar das relações afetivas entre espíritos conhecidos e comprometidos em nova proposta de convívio e crescimento, que o indivíduo aprende a amar a vida, a partir do amor que o vincula à família terrena.


Entretanto, independentemente da experiência familiar de cada um, o exercício frequente da meditação, a elevação do pensamento através da prece espontânea ou a prática da caridade sem interesses, tornam-se excelentes mecanismos de união equilibrada entre corpo, mente e espírito. O exercício de autoconhecimento, quando associado à natureza interdimensional do homem, abre a porta da sensibilidade suprasensorial que encontrava-se bloqueada pelos condicionamentos da cultura materialista.


É durante o processo vital, quando devidamente apropriado do conhecimento de si mesmo e dos significados da vida, que o indivíduo dá início à sua pacificação interior, que representa a longo prazo, a cura dos males que afetam corpo e alma.


Enquanto seres lúcidos, devemos amar a Mãe-Terra como amamos a nossa família, os nossos semelhantes e a vida em todo universo. Porém, uma relação de amor consciente, sem jamais negligenciar a firmeza de atitudes quando necessárias frente às injustiças ou mentiras que emanam de um conjunto de coisas que constituem os interesses escusos associados ao poder dos homens.


Do amor, que sutilmente nos prende à Mãe-Terra, de vez em quando nos desprendemos do corpo físico através do sono e volitamos em espírito entre idas e vindas pela fronteira de nossa interdimensionalidade.


Do amor dedicado à Terra-mãe, percebemos além da capacidade sensorial comum. Percepção que deve ser usada em benefício do bem de todos os seres vivos e do planeta, que é pura energia que pulsa na dinâmica da vida universal.


Amar a Terra, que é a extensão de nossa família, onde aprendemos a ser felizes através do exercício do afeto, é a orientação para o homem neste alvorecer de terceiro milênio, pois, desejar o bem ao outrem como a si mesmo, é fator de expansão da energia amorosa para muito além das fronteiras de um planeta onde a vida resplandece.

Bons pensamentos geram boas energias!

Bons pensamentos geram boas energias!


A existência da aura ou do campo energético, que envolve o nosso corpo físico, é uma confirmação científica realizada através da bioeletrografia que ajuda a detectar o surgimento de enfermidades no organismo humano.

Há muitos anos, religiões e filosofias orientais, associadas ao surgimento do espiritismo no ocidente, orientam a prática da meditação e do pensamento elevado como forma de higienizar a mente e depurar o espírito.

Quando temos uma aura saudável, temos uma proteção natural que atrai energias afins com o nosso estado de ser diante do universo. Mas quando este campo energético sofre uma interferência desarmonizadora, que pode ser de origem emocional, psíquica ou espiritual, a aura fica exposta à ação de energias deletérias.

Por isso, somos o resultado daquilo que sintonizamos. E os nossos pensamentos e atos no cotidiano da vida são responsáveis por esta sintonia que pode ser de alta ou de baixa frequência vibratória.

Quando direcionamos o foco da vida para o bem, aos poucos, internalizamos um modelo comportamental fundamentado na prática do amor. O exercício sistemático e desinteressado desta filosofia de vida, depura a nossa aura e elimina energias negativas que trazemos do passado.

O campo áurico é a nossa verdadeira identidade universal. É a forma como os desencarnados e alguns encarnados portadores de percepção suprasensorial nos vêem, sem os disfarces que encobrem a verdade de cada um.

Uma mente contaminada por pensamentos e atos negativos cometidos contra o outrem, reflete um psiquismo enfermo e uma aura desarmonizada pela relação com energias afins. É do pacificador Mahatma Gandhi a célere mensagem: "Comece por você mesmo a transformação que deseja ao mundo". Ou a frase do escritor Aldous Huxley ao registrar a importância do amor nas relações interpessoais: "Convenientemente aplicado a qualquer situação, o amor vence sempre. É um fato que se verifica empíricamente. O amor é a melhor política. A melhor não só para os que são amados, mas também para quem ama, pois o amor é um potencial de energia". Mensagens e gestos que parecem isolados e irracionais, mas quando associados a milhares de mensagens do gênero espalhadas pelo planeta, ganham força à medida que o homem se conscientiza com as mudanças previstas para o terceiro milênio, a Era da Sensibilidade.

A fórmula para a mudança interior refletida na aura, é simples, objetiva e natural: "bons pensamentos geram boas energias..." E o instrumento de uso desta reforma é o livre-arbítrio, condição inerente aos seres dotados de inteligência e capacidade de discernimento.

O egocentrismo, o pessimismo e a agressividade, são polos geradores de energias negativas que interferem no campo áurico do indivíduo adulto. Desprotegida, a aura fica suscetível à invasão de energias deletérias que representam a origem de muitas doenças nas esferas psíquica e física do ser humano.

Neste sentido, a Psicoterapia Interdimensional tem atendido muitos casos em que a energia do passado continua atuando no presente, envolvendo o indivíduo em verdadeiras "síndromes" de culpa ou de vitimização, dissimuladas em crises depressivas, fóbicas ou de pânico.

O despreendimento de energias negativas do pretérito, ocorre quando o indivíduo, a partir da clareza de suas origens, processa, conscientemente, a mudança comportamental em relação ao seus efeitos, traduzidos como dor ou sofrimento psíquico.

Embora, processados ou emitidos num nivel inconsciente ou semi-consciente, os pensamentos negativos variam de intensidade ou intencionalidade. Porém, são todos de característica autodestrutiva, ou seja, prejudicam somente o agente emissor da energia. Nesta direção, a malediscência, observada em suas diversas formas e praticada sistemáticamente, reflete um vício comportamental -e de caráter-, que compromete a saúde do indivíduo no seu sentido mais amplo: o da transcendência do espírito.

Contudo, independentemente do grau de intensidade ou intencionalidade, a energia negativa pode ser substituída por energias restauradoras da saúde humana. Se você tiver dúvidas sobre esta afirmação, faça um teste de autocontrole que consiste em praticar durante sete dias seguidos, pensamentos elevados no bem e direcionados a si próprio, ao outrem e ao planeta Terra. Finalizado o teste, faça uma avaliação e verifique o saldo da experiência em si mesmo.


A interdimensionalidade no consultório

A interdimensionalidade no consultório



A história revela, que com o passar dos séculos, o tratamento dos desequilíbrios mentais evoluiu consideravelmente. Dos casos atribuídos à bruxaria ou ao demonismo, cujas "vítimas" deveriam ser tratadas e não perseguidas ou isoladas do convívio social, a incipiente ciência do comportamento humano passou a adotar mecanismos terapêuticos que variavam conforme o grau de desequilíbrio psíquico do indivíduo. Algumas técnicas agressivas ou radicais, como a lobotomia e o eletrochoque, associaram-se à primeira fase de tratamento químico, que se por um lado acabava com os sintomas, por outro lado, gerava com o uso continuado, sequelas irreverssíveis.

Veio o século vinte, e os efeitos dos tratamentos químicos foram sensívelmente amenizados com as novas descobertas da ciência, que coincidiu com o avanço da psicanálise de Sigmund Freud. Porém, permaneceu a relação-dependência de certos medicamentos que cortavam o fluxo de processos patológicos, como as alucinações e delírios das doenças batizadas de "estruturais" por Freud, como a esquizofrenia e a paranóia.

A segunda metade do século vinte, marcou o surgimento da Terapia de Vidas Passadas, do psiquiatra norteamericano Brian Weiss, que revolucionou a ciência do comportamento humano, até então limitado às escolas que investigavam o inconsciente humano a partir da infância do indivíduo.

Com Weiss, a visão interdimensional da natureza humana ganha o mundo e influencia um sem número de profissionais que aderem à TVP ou criam outras linhas terapêuticas que contemplam em suas metodologias, a investigação do inconsciente além da barreira intrauterina.

Hoje, em pleno século vinte e um, estudos científicos informam sobre a existência de bases da integração mente, corpo, cérebro e espírito. A visão interdimensional da natureza humana, consolidada como forma de investigação e tratamento dos desequilíbrios psíquico-espirituais, proporciona um salto quântico de modernidade e de consciência em relação às sintonias que existem entre passado e presente, causa e efeito das psicopatologias humanas.

Atualmente, as Leis Divinas faladas há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, são naturalmente assimiladas, à medida que o Espiritismo trouxe a luz que faltava para compreendermos a lógica da reencarnação fundamentada em suas próprias leis.

Ampliou-se a visão de mundo e do significado da vida para o habitante do planeta Terra. E a ciência aproxima-se cada vez mais da ótica da interdimensionalidade humana.

Nesse sentido, portanto, a interdimensionalidade no consultório já é uma realidade confirmada pela experiência e conhecimento, e aceita e procurada por um número cada vez maior de pessoas que desejam conhecer de uma forma profunda, as origens de suas angústias e medos.

Foi-se o tempo da verdade única, que escondia interesses hipócritas a serviço dos poderosos. No alvorecer do milênio, as verdades começam a ser reveladas à luz da ciência e da consciência humana. Não temos mais porque escondê-las nas sombras, pois a modernidade trás consigo a lucidez necessária aos novos tempos de transformações.

Na segunda década do século vinte e um, o(a) psicoterapeuta interdimensional aborda com naturalidade e clareza, as conexões interdimensionais do psiquismo humano com acontecimentos registrados na memória extracerebral de seu paciente. Ou resgata da memória cerebral infantil, o material psíquico em sintonia com o sofrimento atual do adulto, que por sua vez, pode encontrar sintonia em uma vida pregressa, tal é a rede de interconexões psíquico-espirituais do ser inteligente que tem como marca registrada em sua essência, a imortalidade.

Portanto, como já era anunciado pelas antigas profecias e reforçado pelas previsões mais recentes, o atávico medo humano do desconhecido começa a ceder espaço ao avanço do novo, que traz consigo as mudanças necessárias ao conhecimento do homem, que amplia a visão de si mesmo inserido em uma realidade universalmente interdimensional.

Os dramas pessoais não são eternos!

Os dramas pessoais não são eternos!


A capacidade de superação é uma característica genuinamente humana. E quando a força de vontade gera a energia da perseverança, mecanismos psíquico-espirituais são acionados em benefício da pessoa que deseja alterar o seu próprio modelo comportamental alicerçado em sentimentos negativos.

Luísa, carioca de 33 anos, é uma mulher adulta na idade, mas infantil em suas emoções ainda fixadas em sentimentos negativos do passado. A sua postura diante da vida é de uma pessoa medrosa, reprimida, desconfiada e com bloqueios na área da afetividade. Fatores que acabam por interferir no seu crescimento pessoal e profissional.

Em decorrência da repressão interna originada no passado, a baixa autoestima, associada a crises de depressão e pensamentos suicidas, tornam-se reflexos do processo obsessivo que trava um outro processo que deve ser livre, natural e expansivo: a vida. E quando não temos consciência das fixações que nos prendem ao passado, a vida torna-se um pesado fardo a ser carregado.

Dessa forma, ao gerar psicopatologias de fundo emocional, o drama pessoal pode intensificar-se e comprometer a estrutura psíquica do indivíduo, tornando-o "refém" de suas próprias experiências pregressas. E quando as verdades de cada um não são reveladas à luz da consciência, seja pela vontade férrea de superação, ou por intermédio de ajuda psicoterapêutica, ou ainda, pela fé raciocinada ou outro mecanismo consciente que altere para melhor o nível de autoconhecimento, difícilmente a pessoa se libertará das "amarras" psíquico-espirituais que a mantém fixada aos acontecimentos do passado.

Era o caso de Luísa, que fixada a mecanismos inconscientes, não conseguia libertar-se dos sintomas da depressão que a envolviam inapelavelmente, a ponto de alimentar idéias suicidas e comprometer, indefinidamente, o fluxo saudável da vida.

As sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica revelaram que parte de seu sofrimento psíquico e inabilidade nas relações afetivas com o sexo oposto, era fruto da falta de referência masculina na sua infância, agravado pelo sentimento de culpa originado na separação dos pais quando ela tinha apenas três anos de idade.

No entanto, Luísa apresentava traços paranóides que não caracterizavam uma mania de perseguição propriamente dita, mas um indicativo de que poderia haver uma sintonia de sentir-se perseguida ou vigiada, ou até mesmo o sentimento de culpa associado a situações de outras vidas.

Diante de tais indicativos que emergiram do processo terapêutico, encaminhamos o próximo passo para a sessão regressiva de memória, em busca de sintonias do passado que se relacionassem ao material psíquico que a psicoterapia havia revelado à luz da consciência.

REGRESSÃO DE MEMÓRIA

Na primeira revivência, Luísa sente-se em meio a uma explosão. Na sequência, percebe-se deitada na cama de uma enfermaria, convalescendo da amputação de uma perna. Ao lado do leito, visualiza uma pessoa que a visita.

Na segunda revivência, Luísa percebe-se aprisionada e com as mãos amarradas às costas. Está sendo torturada para que confesse a sua participação em ato, que segundo ela, não praticara. Na sequência, sente-se envolvida por intensa emoção associada ao sentimento de injustiça.

Na sequência regressiva, Luísa acessa a informação visual de uma esfinge egípcia, e sente que viveu naquela remota época, quando foi uma autoridade da casta dominante. Percebe que a esfinge simboliza o poder exercido por ela naquela vida.

Na quarta e última vivência, Luísa percebe-se como um homem que violenta sexualmente uma mulher. Sente que a mulher não reage e fica submissa às suas vontades, devido à imagem de homem poderoso que exerce sobre a sua vítima.

COMENTÁRIO

A espiritualidade superior permitiu e Luisa acessou situações de seu remoto passado que revelaram a relação de seus desequilíbrios psíquico-espirituais com o uso inconsequente do poder.

A experiência regressiva revelou que Luísa esteve intimamente relacionada ao poder em vivências passadas, quando fez uso da prepotência como forma de preservar interesses pessoais e dar vazão a energia de seus instintos.

No entanto, assim como Luísa foi vilã (ou vilão), ela também foi vítima de injustiça como registrou a experiência da tortura. Fato que gerou -via sintonia- a sensação atual de estar sendo perseguida, avaliada ou interrogada.

Contudo, sabemos que os dramas pessoais não são eternos. E sabemos da existência das leis da reencarnação que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Porém, tais leis não representam uma condenação cega ou sentença perpétua, sem permitir ao espírito encarnado o direito de regenerar-se moralmente ou lutar pela sua felicidade.

Neste sentido, Luísa é uma pessoa que demonstra muita lucidez e tem consciência que a alteração do modelo comportamental depende dela mesmo. Por este motivo procurou ajuda na psicoterapia interdimensional.

E a P.I., ao revelar à luz da consciência de Luísa, importantes informações de sua memória extracerebral, contribuiu para que a mesma consiga elaborar a sua mudança comportamental, além de mostrar que o seu drama pessoal não é uma inapelável sentença condenatória, e sim, uma sintonia que pode ser alterada positivamente quando mecanismos psíquico-espirituais agem em benefício da pessoa que desperta para novos valores de vida.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.

2012: não espere o tempo passar!

2012: não espere o tempo passar!



O ano de 2012 é referência para a humanidade, porque marca o primeiro período de uma longa fase de transição espiritual pela qual passará o planeta Terra.

Não é por acaso que várias profecias antigas e previsões mais recentes, apontam o início do terceiro milênio como época de significativas mudanças para o homem e o seu mundo.

Isto quer dizer que a fase de depuração espiritual encontra-se em curso até atingir, após o último período da fase de transição, a fase de regeneração espiritual, quando todos os espíritos reencarnados no planeta Terra vibrarão numa mesma faixa de sintonia.

Portanto, desde agora, observamos muitas mudanças no comportamento das pessoas. Existe uma crescente busca pelo autoconhecimento de nível avançado, ou seja, o autodescobrimento que visa o autoconhecer-se além da barreira intrauterina, na procura de uma identidade que seja revelada à luz da consciência pelas verdades da reencarnação.

Nesta direção, a psicoterapia avança para a psicologia da alma, que revela o que somos como consequência do que fomos. E diante da revelação, como quebrarmos o velho paradigma comportamental e construirmos um novo modelo elevado à luz da consciência e adequado às mudanças na frequência vibratória do planeta.

Há milênios, convivemos diariamente com as imperfeições que atrasam o progresso espiritual de uma grande maioria de humanos que reencarnam sucessivamente na Terra, um mundo em fase de transição espiritual de provas e expiações para uma realidade de regeneração espiritual.

Por este motivo, temos acompanhado nos dias atuais, a mudança comportamental que começa a exigir dos espíritos aqui reencarnados, o assumir do processo de depuração espiritual que envolva, justamente, as suas atávicas imperfeições, como o orgulho, o egoísmo, a inveja, a ambição desmedida e a prepotência, entre outras.

Através do assumir de uma nova consciência, muitas mentes em processo de depuração espiritual influenciam outros espíritos encarnados, que numa cadeia de intenções, passo a passo, começam a transformar realidades sociais antes subjugadas por sistemas ditatoriais ou por sistemas atolados na lama da corrupção.

Mentes perversas começam a sentir-se pressionadas pelos novos tempos de transformações, e já não encontram terreno fértil para a livre prática do jogo maquiavélico. A sensação de insegurança que sentimos no "ar" é em razão da agitação que ocorre no âmbito das mudanças previstas para o início do milênio em curso.

Para que se instale a plenitude de uma nova era, é necessário que o caos das transformações vigore por tempo indeterminado pelo nosso calendário, porque nada é dado de graça, e sim, conquistado com luta e perseverança. O que até aqui construímos, devemos separar o joio do trigo e desconsiderar o que não foi edificante para a humanidade.

A referência -ano 2012- serve como marco para que o ser dotado de inteligência e livre-arbítrio, repense as suas atitudes diante da vida e abdique do que não for construtivo para si mesmo e para o outrem pelo qual também é responsável.

A partir de 2012, todo pensamento ou atitude elevada no bem e no amor fraterno, representa "bônus" de acréscimo no currículo de cada ser imortal. A transparência baseada na clareza de intenções reveladas à luz da consciência é o referencial para aqueles que desejam acompanhar as mudanças em curso.

Neste sentido, a atividade física regular e o hábito da prece espontânea, da meditação, a prática do bem no cotidiano da vida e o autoconhecimento que supere as limitações da dimensão física, representam mecanismos saudáveis e fundamentais no processo de depuração espiritual exigido neste alvorecer de milênio.

Quem ficar para trás, fixado em suas velhas imperfeições, perderá precioso tempo de acompanhar as mudanças que, gradativamente, libertam o espírito de um passado comprometedor.

2012: não espere o tempo passar e dê início ao processo íntimo que o tornará um ser de bem com a vida em um mundo de profundas transformações.

Você e as sintonias do passado!

Você e as sintonias do passado!



Muitos de nós, em algumas situações e sem entendermos os motivos, agimos de uma forma inesperada que não combina com a nossa personalidade ou modo de ser e agir. Passada a experiência, ficamos a refletir sobre o porquê de termos tomada aquela incomum atitude.

Em outras situações, de uma forma plasmada em nossa mente, fixamos uma imagem que é sempre a mesma, sem termos lembranças de sua origem, mas que permanece imutável como se fosse um quadro mental gravado de uma experiência pregressa.

Há momentos que não conseguimos explicar certas sensações térmicas: Por que sentimos frio associado a um sentimento que momentaneamente experenciamos? Qual a razão desta repentína sensação que nos invade a ponto de buscarmos o calor na proteção do agasalho ou cobertor?

Estas experiências, no entanto, diferem de uma pessoa para outra. Em algumas tornam-se mais intensas, em outras, menos intensas ou até mesmo inexistentes. E a razão desta diferença está no nível de mediunidade da pessoa, porque a mediunidade ostensiva (equilibrada ou em desequilíbrio), e alguns casos diagnosticados como esquizofrenia, representam situações em que a sensibilidade mediúnica do indivíduo encontra-se aflorada e em sintonia com experiências psíquicamente traumáticas ou sentimentos não resolvidos do passado que acabam comprometendo o equilíbrio emocional da pessoa.

É o relato de caso que veremos a seguir, ocorrido no presente mês, durante o primeiro atendimento da psicoterapia interdimensional na cidade do Rio de Janeiro.

Laura é uma típica carioca: descontraída, comunicativa, sociável, mas com um sentimento não resolvido com a energia do amor. Fora criada pelo pai e uma madrasta desequilibrada emocionalmente, que a fez passar por experiências de maus tratos na infância.

Aos treze anos de idade, conheceu um rapaz pelo qual se apaixonou. Porém, com o passar do tempo o caráter do namorado foi se revelando à luz da verdade. Mesmo assim, aos quatorze anos, Laura engravidou e dessa relação que durou quinze anos, nasceu mais um filho homem.

Quando separou-se, aos trinta anos, Laura decidiu mudar-se com os seus dois filhos para uma cidade do interior paranaense onde vivera com seus pais durante alguns anos da infância, e onde permanece até hoje, embora, com alguma frequência, retorne ao Rio de Janeiro para visitar familiares.

Laura, que é médium espírita e terapeuta reikiana, procurou atendimento na P.I. porque desde a infância convive com experiências que para ela não existem explicações racionais. Foram várias situações em que, repentínamente, teve que tomar atitudes de difícil explicação à luz da ciência, como a reação imediata que teve ao ser molestada em um ônibus no Rio de Janeiro, mobilizando motorista e passageiros e fazendo com que as duas pessoas envolvidas no ato, saíssem imediatamente do coletivo. Experiência em que a firmeza de atitude, a frieza e a estratégia adotada no momento, não faziam parte de sua personalidade como ela mesmo registrou: "Foi como se eu estivesse em transe, sentindo-me com a coragem de um homem valente".

Outras situações que a impressionaram e das quais não obtinha respostas, era o frio que sentia, principalmente quando associado ao sentimento de solidão ou alguns sintomas depressivos: "Nestas ocasiões eu tenho que pegar um casaco, manta, touca e até um cobertor para me cobrir, tal é o frio que sinto", referindo-se à intensidade das experiências.

Laura trazia consigo desde a infância, uma imagem congelada em sua mente, que depois virou uma tela desenhada e pintada por ela: era a imagem de uma freira nua, ajoelhada, e que, extremamente angustiada pelo sentimento de culpa, perdia perdão a Deus.

Após a primeira sessão de psicoterapia que também foi avaliativa de caso, passamos para a regressão de memória com forte indicativo de sentimentos não resolvidos que associavam-se às suas emoções, e indicativo de sensação térmica (frio) e de inexplicáveis experiências do cotidiano, quando tinha a sensação de agir como se tivesse outra personalidade. E a experiência regressiva foi a fundo na busca das conexões interdimensionais apontadas pelos indicativos da psicoterapia.

A REGRESSÃO

Na primeira vivência, no útero materno de aluguel, conforme ficara sabendo mais tarde, Laura sente-se amada pelo pai biológico que deseja uma mulher como filha. Uma forte emoção a envolve quando, após o nascimento, sente-se protegida nos braços do progenitor. Nova emoção a invade quando, de mãos dadas passeia com aquele que fora a referência afetiva de sua vida.

Na segunda vivência, Laura sente muito frio. Percebe-se vivendo na rua. Era uma menina, que devido aos maus tratos, tinha fugido de casa e encontrava-se mendigando pelas ruas. Fora uma vida de muito sofrimento que termina no seio de uma "família" de mendigos que se uniram por afinidades.

Na terceira vivência, ela percebe-se como uma religiosa que experimenta um intenso sentimento de culpa, pois apaixonara-se perdida e platonicamente por um rapaz. Por isso, sente-se atormentada pela culpa do pecado, e num ato simbólico, completamente despida, ajoelha-se e pede perdão a Deus. No entanto, desencarna com o sentimento de amor não resolvido.

Na quarta vivência, Laura sente-se um homem em cima de uma colina fazendo uma avaliação de sua vida. Era um guerreiro habilidoso na arte dos combates corpo a corpo. Mas cansado de tantas mortes e combates sangrentos, não via mais sentido em servir a um senhor da guerra ou executar um plano em que era pago devido ao seu preparo e conhecimento para matar. Era um velho guerreiro ninja que desertava da violência que caracterizara a sua vida.

COMENTÁRIO

Os efeitos de um sentimento mais intenso ou de uma sensação inexplicável, geralmente, encontram as suas origens a partir da situação intrauterina em direção a vidas passadas.

A experiência regressiva de Laura, prova, mais uma vez, que pessoas dotadas de uma sensibilidade especial (mediùnica) podem envolver-se em experiências vitais de difícil explicação sob o ponto de vista da psicologia clássica.

O caso abordado neste artigo, revela que sentimentos e sensações mais intensas encontram sintonias em fatos ou situações inimagináveis sob o prisma da visão linear da natureza humana. Visão que não contempla as experiências de outras vidas que podem ser acessadas pelo arquivo da memória extracerebral.

Portanto, a experiência regressiva e interdimensional de Laura, que acessou informações de suas memórias cerebral e extracerebral, foi precisa e rica na qualidade das informações de que ela precisava para elaborar um melhor nível de autoconhecimento.

Na experiência regressiva, Laura, o seu mentor e o terapeuta interdimensional, superaram a "barreira do tempo" sem transgredir as leis da reencarnação, ou seja, o que foi permitido foi autorizado em benefício de Laura. Indicativo de seu merecimento.

OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.


Regredir é desprender-se do ego!

Regredir é desprender-se do ego!



A psicoterapia interdimensional utiliza a regressão de memória como meio de investigar mais ágil e profundamente, as origens dos traumas psíquicos relacionados à fobias, pânico, depressão, entre outros, que acompanham o indivíduo em seu modelo comportamental até a vida presente.

Como a vida atual, a partir da situação intrauterina é uma consequência de nossas vivências passadas, a regressão tem a particularidade de sintonizar através de sensações físicas, sentimentos, emoções ou visualizações, fatos ocorridos no pretérito que se relacionam com a queixa principal da pessoa, ou seja, o seu desconforto físico ou psíquico-espiritual. É denominada psicoterapia interdimensional porque aborda as duas realidades dimensionais do indivíduo: a física (infância até útero materno) e a espiritual (vidas passadas).

A psicoterapia de orientação psicanalítica, diante do conteúdo psíquico-espiritual que emerge da associação livre e da experiência regressiva (memórias cerebral e extracerebral), associa tais informações para que -através de interpretações por parte do psicoterapeuta- a pessoa processe internamente (elaboração) a conscientização das origens de seus medos, bloqueios ou condicionamentos comportamentais.

No entanto, a regressão na psicoterapia interdimensional é predominantemente espiritual (90%), sendo o mentor da pessoa o encarregado de mostrar-lhe o que ela poderá acessar em benefício próprio. No processo regressivo, o terapeuta interdimensional participa contribuindo com a técnica que cria condições ideais de relaxamento físico e expansão consciencial. O mentor da pessoa contribui com a parte mais importante, que é o acesso -quando autorizado pela hierarquia espiritual- a fatos ou situações que estejam relacionados aos problemas atuais do indivíduo.

Desta forma, o terapeuta interdimensional não tem poder algum sobre o processo regressivo em si, tornando-se somente um facilitador para que as conexões psíquico-espirituais se realizem durante o processo em que ele(a) acompanha atentamente.

Terminada a experiência regressiva, é momento do psicoterapeuta reassumir a sua responsabilidade nas conexões (interpretações) importantes ao processo terapêutico. Contudo, certas experiências regressivas ricas na fluência e na qualidade elaborativa, praticamente dispensam as interpretações do terapeuta, pois a pessoa reune as informações necessárias para elaborar dentro do processo de conscientização que leva à autocura.

As dificuldades que algumas pessoas apresentam na regressão de memória, como tensão, ansiedade e bloqueio, geralmente, são originadas por um conjunto de crenças relacionadas a valores materialistas. O ego excessivamente controlador, a dúvida, o medo, ou mesmo a descrença em valores espiritualistas, servem como "ferramentas" inconscientes ou semi-conscientes de bloqueio, que condicionam o indivíduo a um nível de percepções que envolve o âmbito dos cinco sentidos. Essas pessoas, por não conseguirem se desprenderem de seus egos, sentem dificuldades em integrar-se ao processo que leva à experiência regressiva.

Portanto, regredir ao passado através das memórias cerebral ou extracerebral, ou mesmo durante o sono, soltar-se do corpo físico nas experiências de volitação e contato espiritual com entes queridos, exige um certo grau de desprendimento do espírito em relação aos condicionamentos do ego que nos fixam (prendem) à dimensão material.

Acreditar que temos um mentor, espírito amigo que está disposto a nos ajudar no momento da regressão de memória, e que a qualidade da experiência será importante para o autoconhecimento, é a melhor forma de nos encontrarmos preparados para a experiência regressiva.

Regredir é desprender-se do ego e seus apegos. Difícilmente conseguiremos uma boa qualidade nas experiências que transcendem a percepção dos cinco sentidos, se nos encontramos distantes e incrédulos na relação com a nossa natureza espiritual. Neste sentido, a percepção adaptada à realidade das relações interdimensionais, é a chave que libera o ser dotado de inteligência e livre arbítrio para voos mais altos do espírito imortal.

Sinto-me excluída!

Sinto-me excluída!



Com a sensação manifestada em um desabafo durante a primeira sessão de psicoterapia interdimensional, Cristina revela a angústia que a atormenta desde os primeiros anos de sua infância.

Sintomático, sob o ponto de vista psicanalítico e, significativo, sob o prisma da regressão de memória a vidas passadas, a sua sensação sintetiza uma infância reprimida por ter sido uma criança diferente, esperta, questionadora. O inverso de seus pais e irmãos que se acomodaram numa linha comportamental de características conservadoras e conformistas.

Pelo fato de ter sido, sistematicamente, podada em família e na escola, Cristina tornou-se uma adolescente retraída, traumatizada e com medo de se expor em público. Porém, sem perder a sua sede de conhecimento, o que a mantinha focada em seus objetivos de vida.

No entanto, com o passar dos anos a sua angústia de sentir-se excluída socialmente, começou a afetar a sua relação com as pessoas e consigo própria. Em consequência, apareceram os primeiros sinais depressivos, acompanhados da sensação de isolamento e abandono.

Conforme as informações que emergiram de seu inconsciente durante as sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica, poderíamos atribuir o seu sofrimento psíquico ao resultado do bullying sofrido na infância, e direcionarmos o tratamento neste sentido e nesta lógica. Porém, um detalhe sobressaiu-se aos demais na associação livre: o fato de Cristina sentir-se excluída desde os primeiros anos de sua vida. Indicativo de que havia, nos recônditos de seu inconsciente, a sintonia do remoto passado.

Portanto, na sequência do processo terapêutico, foi encaminhada a regressão de memória com o objetivo de buscar informações que estabelecessem a conexão presente-passado. Na experiência, Cristina acessa uma vivência na qual experimentara a mesma angústia atual, ou seja, a sensação de exclusão social.

Confinada em uma gruta, por ser considerada (era um homem) ameaça para os habitantes do pequeno povoado, Cristina sente-se extremamente solitária e percebe que se encontra naquele lugar porque praticara atos de agressão física contra pessoas. Condenada a viver reclusa, tem a permissão de sair da gruta somente para saciar a sua sede em uma fonte d´água, fazer as suas necessidades fisiológicas e de higiene pessoal. Fugir nem pensar, porque além de ser vigiada, o povoado era rodeado por uma floresta densa e impenetrável.

Reclusa da vida social e alimentando um sentimento de rejeição, os anos foram passando e debilitando o seu corpo e a sua mente, até desencarnar na caverna onde passara a maior parte de sua vida.

Na sequência da experiência regressiva, Cristina percebe-se como um homem que vive uma vida de viajante, ou seja, é representante de uma empresa e viaja para fazer contatos com outras pessoas. Sente-se feliz na vida que leva, embora não tenha constituído família. Termina a sua trajetória física como aposentado vivendo entre pescadores de um distante povoado litorâneo.

Na terceira vivência, Cristina percebe-se vivendo em meio à natureza. Era bióloga, integrante de uma equipe responsável por pesquisas em uma grande extensão de terras ainda selvagens. Apesar de gostar do que fazia, sentia-se muito solitária e com este sentimento passou o resto de sua vida. Não casou e não teve filhos.

COMENTÁRIO

O principal objetivo da regressão de memória dentro do processo terapêutico é buscar em vivências pregressas, informações como traços de personalidade ou caráter que sintonizem com o momento atual da pessoa, e trabalhar no sentido psicoterapêutico para que a mesma elabore as interpretações da experiência regressiva.

Outro objetivo de igual importância, é o acréscimo de qualidade no nível do autoconhecimento. Principalmente quando o conteúdo da experiência regressiva passa pelo processo de elaboração e compreensão do momento vital.

As sensações ou sentimentos mais intensos, geralmente, tem a sua origem em outras vidas. Por este motivo, é fundamental a regressão além da memória cerebral, porque é na memória extracerebral que se encontram os registros mais antigos do indivíduo dotado de inteligência e livre-arbítrio. Quando a investigação psicoterapêutica é limitada, o resultado torna-se parcial e incompleto.

No caso apresentado, a partir das informações coletadas das sessões de psicoterapia, fomos em busca de mais informações através da regressão de memória extracerebral. E o passado de Cristina nos forneceu respostas que se encaixaram como peças em um jogo de quebra-cabeças de ingredientes psíquico-espirituais. Na primeira vivência, Cristina acessa a origem da sintonia que a acompanha desde a infância, ou seja, a sensação de exclusão social. Aquela vivência "calou fundo" em seu inconsciente a ponto de repercutir na vida presente em forma de sentimento de rejeição. As duas últimas vivências revelam uma Cristina mais saudável, centrada, que interage melhor com o mundo à sua volta, embora a última vivência na qual era uma bióloga, mostre novamente o seu traço de tendência depressiva, solitária e anti-social.

Ao avaliarmos a experiência regressiva de Cristina, verificamos que foi enriquecedora tanto para o processo terapêutico quanto para o seu autoconhecimento. E quando estes fatores se unem, gera o que a psicoterapia interdimensional denomina "associação ideal", isto é, um processo elaborativo que, geralmente, leva a pessoa à autocura de seu desequilíbrio emocional.

OBS: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.

Você é a energia que vibra!

Você é a energia que vibra!

As psicoterapias que investigam a natureza interdimensional do homem têm, como referência básica, as leis naturais, também conhecidas como leis universais, morais ou divinas.

Essas leis que se encontram internalizadas em nosso inconsciente e que foram transmitidas intuitivamente aos grandes filosofos da Antiguidade, a Siddartha Gautama (Buda), e reveladas pelos espíritos da verdade a Allan Kardec durante a codificação do Espiritismo, impõe-se naturalmente e influencia tanto as linhas terapêuticas alternativas, quanto as escolas terapêuticas clássicas de orientação psicanalítica.

A energia humana em forma de aura, que revela através de suas cores a situação bio-psíquico-espiritual do indivíduo, é a confirmação de que somos o que vibramos energeticamente.

Se a nossa frequência vibratória é baixa, indica que estamos vulneráveis às doenças e ao assédio de entidades espirituais afins, ou seja, que nos encontramos energeticamente desprotegidos diante do universo ao qual estamos inseridos. Portanto, a baixa sintonia é indicativo de desequilíbrio vital com repercussões de efeito negativo no corpo físico, na mente e no espírito.

Geralmente, são responsáveis pela baixa frequência vibratória, o nosso estado psíquico refletido por sentimentos negativos que alimentamos nas relações interpessoais, como a raiva, a vingança, a inveja, a ambição e o ciúme, entre outros.

Essa densa energia que nos acompanha e envolve, torna-nos indivíduos "pesados" e predispostos ao surgimento de enfermidades de origem ainda desconhecida pela ciência oficial, como as somatizações e os processos obsessivos de fundo psíquico-espiritual.

Inclusive, a sensação de infelicidade ou de desânimo diante da vida, são frutos de nossa condição energética que limita a capacidade individual de discernir sobre os acontecimentos que envolvem o nosso dia-a-dia, interferindo, dessa forma, na lucidez que transcende a sensibilidade relacionada aos cinco sentidos...

Sem a lucidez necessária, a vida vira um ciclo vicioso de acontecimentos que se repetem, sem que tenhamos a percepção do que precisa ser transformado em benefício do outrem e de si próprio. É quando as queixas se cristalizam e os nossos problemas tornam-se crônicos e sem perspectivas de solução.

COMO PODEMOS ALTERAR A NOSSA SINTONIA?

O autoconhecimento avançado, isto é, o conhecimento de si mesmo que transcende a percepção de realidade centrada no ego, é uma forma gradual de aprimorar a visão de vida e, consequentemente, transformar o que precisa ser transformado a partir de uma percepção centrada no eu superior.

É se valorizando e se conhecendo além das mazelas e limitações do materialismo, que o ser inteligente e imortal, elaborará um nível de lucidez capaz de alterar a sua própria frequência vibratória.

A compreensão dos mecanismos psíquico-espirituais que geram a inveja, o ciúme, a mágoa e a cólera, entre outros sentimentos negativos, representa no sentido terapêutico interdimensional, a "alavanca" que acionará o processo de alteração bioenergética.

A lenta depuração da energia interior associada a sentimentos negativos que trazemos de muitas vivências, será responsável, a médio ou longo prazo, pela eliminação de nossas queixas e de nossos "insolúveis" problemas. É tudo uma questão de alteração positiva de nosso nível de lucidez. Lucidez compatível com a elevação da sintonia.

Com a melhora do nível de autoconhecimento, pequenas verdades são incorporadas ao nosso psiquismo de uma forma elaborada, tornando-se conquistas alcançadas pelo eu superior que visualiza a existência inserida em um contexto vital de relações interdimensionais.

Na dinâmica da vida, nada é estanque ou imutável. Os espíritos evoluídos são incansáveis em alertar-nos que a reencarnação, independentemente do que tenha ocorrido no passado, é um terreno fértil para as descobertas, aprendizados e progresso do indivíduo.

Não subestime o seu potencial!

Não subestime o seu potencial!
O pensamento é a energia que nos identifica diante do universo. É a marca individual que rebaixa ou eleva o padrão vibratório. E a aura, que é o campo energético que nos envolve, é o resultado de nossos pensamentos, emoções e ações praticadas durante o processo vital, ou seja, somos a obra-prima de nós mesmos.

Elevamos o nosso pensamento e alteramos positivamente a nossa frequência vibratória, quando praticamos a caridade, que não se resume em dar esmolas mas em praticar o bem no cotidiano da vida. Rebaixamos o nosso pensamento e alteramos negativamente a nossa frequência vibratória, quando praticamos a maldade ou o ódio contra semelhantes.

Neste sentido, registra o filósofo Huberto Rohden: "O mal que os outros nos fazem não nos faz mal porque não nos torna maus; o mal que fazemos aos outros é o que nos faz mal porque nos torna maus". E reciprocamente: "O bem que fazemos aos outros é que nos faz bem, porque nos torna bons".

Um antigo conto, extraído da obra "Pai Nosso" de Chico Xavier, retrata o efeito do ódio e da cólera, que por falta de paciência e amor em nossos corações, geram amargura, perturbação e enfermidade: "Um velho judeu de alma torturada por pesados remorsos, chegou, certo dia, aos pés de Jesus, e confessou-lhe estranhos pecados. Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado vários amigos de sua terra e bens, arremessando-os à ruína total e reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada, semeara em muitos corações o desespero, a aflição e a morte. Achava-se, desse modo, enfermo, aflito e perturbado. Médicos não lhe solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos da consciência dilacerada.

O mestre, porém, ali mesmo, na presença de Simão Pedro onde se encontrava, orou pelo doente e, em seguida, lhe disse: "Vá em paz e não peques mais". O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrava o corpo, sentiu-se curado, e saiu, rendendo graças a Deus. Parecia plenamente feliz, quando, ao atravessar a extensa fila dos sofredores que esperavam pelo Cristo, um pobre mendigo, sem querer, pisou-lhe num dos calos que trazia nos pés.

O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a bengaladas. Estabeleceu-se o tumulto. Jesus veio à rua apaziguar os ânimos. Contemplando a vítima em sangue, abeirou-se do agressor e falou: "Depois de receberes o perdão, em nome de Deus, para tantas faltas, não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado do que tu".

O velho judeu, agora muito pálido, pôs as mãos sobre o peito e bradou para o Cristo; "Mestre, socorre-me! Sinto-me desfalecer de novo... Que será isso?" Mas Jesus apenas respondeu, muito triste: "Isso, meu irmão, é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio coração".

Em seu livro "Quântica - Espiritualidade e Sucesso", o professor e cientista Moacir Lima, registra com muita lucidez: "Quando estamos vibrando através de nosso pensamentos e emoções, a mente recebe sinais e informações do cosmos. Não se pode afastar aqui a hipótese de que essas informações, via sintonia de frequências, venham de outras mentes de pessoas desencarnadas ou não".

E completa o seu raciocínio quântico: "Estamos cercados de inteligências. Chamemos campos energéticos, espíritos, ou a denominação que melhor nos aprouver, esses campos comunicam-se conosco via lei das atrações: o semelhante atrai semelhante. Os afins se atraem. Dessa forma, habituamo-nos a determinadas conexões e temos a tendência de mantê-las. E é por pensamentos e emoções que nos ligamos a um tipo ou outro de energias, que sempre virão ao encontro de nossos objetivos e do campo vibratório que produzimos em torno de nós".

Na verdade, os graus de percepção e evolução nos fazem diferentes. Os "mais vividos", por mais experimentados, na medida em que aproveitam as oportunidades da vida, aceitando seus convites para o progresso, vão desenvolvendo maior e mais amplo e abstrato entendimento das razões pelas quais aqui estamos. E o progresso de pensar não dispensa a necessidade de crer, a magia da fé, que cada um alcança segundo seu potencial evolutivo, e de modo especial aqueles que aceitam a reencarnação sabem perfeitamente o seu significado no contexto da existência.

Portanto, no vasto universo em que vivemos, não estamos sós. Estamos continuamente emitindo e recebendo energias, pensamentos, emoções. Se quisermos classificar as emissoras do universo como boas ou más, devemos entender que captaremos exatamente aquelas em cujas frequências vibrarmos. Por isso, buscar energias cósmicas e, com elas, a realização, depende de atitude positiva diante da vida.


A interdimensionalidade no consultório

A interdimensionalidade no consultório

A história revela, que com o passar dos séculos, o tratamento dos desequilíbrios mentais evoluiu consideravelmente. Dos casos atribuídos à bruxaria ou ao demonismo, cujas "vítimas" deveriam ser tratadas e não perseguidas ou isoladas do convívio social, a incipiente ciência do comportamento humano passou a adotar mecanismos terapêuticos que variavam conforme o grau de desequilíbrio psíquico do indivíduo. Algumas técnicas agressivas ou radicais, como a lobotomia e o eletrochoque, associaram-se à primeira fase de tratamento químico, que se por um lado acabava com os sintomas, por outro lado, gerava com o uso continuado, sequelas irreverssíveis.

Veio o século vinte, e os efeitos dos tratamentos químicos foram sensívelmente amenizados com as novas descobertas da ciência, que coincidiu com o avanço da psicanálise de Sigmund Freud. Porém, permaneceu a relação-dependência de certos medicamentos que cortavam o fluxo de processos patológicos, como as alucinações e delírios das doenças batizadas de "estruturais" por Freud, como a esquizofrenia e a paranóia.

A segunda metade do século vinte, marcou o surgimento da Terapia de Vidas Passadas, do psiquiatra norteamericano Brian Weiss, que revolucionou a ciência do comportamento humano, até então limitado às escolas que investigavam o inconsciente humano a partir da infância do indivíduo.

Com Weiss, a visão interdimensional da natureza humana ganha o mundo e influencia um sem número de profissionais que aderem à TVP ou criam outras linhas terapêuticas que contemplam em suas metodologias, a investigação do inconsciente além da barreira intrauterina.

Hoje, em pleno século vinte e um, estudos científicos informam sobre a existência de bases da integração mente, corpo, cérebro e espírito. A visão interdimensional da natureza humana, consolidada como forma de investigação e tratamento dos desequilíbrios psíquico-espirituais, proporciona um salto quântico de modernidade e de consciência em relação às sintonias que existem entre passado e presente, causa e efeito das psicopatologias humanas.

Atualmente, as Leis Divinas faladas há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, são naturalmente assimiladas, à medida que o Espiritismo trouxe a luz que faltava para compreendermos a lógica da reencarnação fundamentada em suas próprias leis.

Ampliou-se a visão de mundo e do significado da vida para o habitante do planeta Terra. E a ciência aproxima-se cada vez mais da ótica da interdimensionalidade humana.

Nesse sentido, portanto, a interdimensionalidade no consultório já é uma realidade confirmada pela experiência e conhecimento, e aceita e procurada por um número cada vez maior de pessoas que desejam conhecer de uma forma profunda, as origens de suas angústias e medos.

Foi-se o tempo da verdade única, que escondia interesses hipócritas a serviço dos poderosos. No alvorecer do milênio, as verdades começam a ser reveladas à luz da ciência e da consciência humana. Não temos mais porque escondê-las nas sombras, pois a modernidade trás consigo a lucidez necessária aos novos tempos de transformações.

Na segunda década do século vinte e um, o(a) psicoterapeuta interdimensional aborda com naturalidade e clareza, as conexões interdimensionais do psiquismo humano com acontecimentos registrados na memória extracerebral de seu paciente. Ou resgata da memória cerebral infantil, o material psíquico em sintonia com o sofrimento atual do adulto, que por sua vez, pode encontrar sintonia em uma vida pregressa, tal é a rede de interconexões psíquico-espirituais do ser inteligente que tem como marca registrada em sua essência, a imortalidade.

Portanto, como já era anunciado pelas antigas profecias e reforçado pelas previsões mais recentes, o atávico medo humano do desconhecido começa a ceder espaço ao avanço do novo, que traz consigo as mudanças necessárias ao conhecimento do homem, que amplia a visão de si mesmo inserido em uma realidade universalmente interdimensional.

Espíritos inquietos

Espíritos inquietos
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". (Martin Luther King)

Todos os seres inteligentes que neste planeta reencarnaram, e que atingiram a iluminação espiritual, foram indivíduos que experenciaram níveis de inquietude em relação à verdade que pregavam ou buscavam.

Portanto, a conquista da paz interior que acontece quando nos tornamos indivíduos de bem com a vida, benevolentes e solidários com o outrem, é uma meta alcançada pelo espírito, após este ter percorrido uma árdua e inquieta caminhada existencial, repleta de quedas e erguimentos nos campos da ética e da moral.

O que aconteceu com Siddartha Gautama, mais conhecido como Buda, que atingiu a iluminação após muita inquietação na procura da verdade, é o que pode ocorrer com qualquer indivíduo que busca a sua pacificação interior pela prática do bem e do amor.

Nesse sentido, o Dr. Bezerra de Menezes, um exemplo de dedicação profissional à caridade, deixou-nos um belo texto que remete-nos à reflexão sobre a importância da inquietação espiritual entre nós, espíritos em processo de aprendizagem - e de autoconhecimento - no educandário da vida. É o que veremos à seguir.

"Filhos, ser espírita é a oportunidade de vivenciar o evangelho em espírito e verdade. O seguidor da doutrina é alguém que caminha sobre o mundo, mais consciente de seus erros que de seus acertos. Por este motivo - pela impossibilidade de conformar os interesses do homem velho com os anseios do homem novo, ele quase sempre deduz que professar a fé espírita não é tarefa fácil. Toda mudança de hábito, principalmente daquele que lhe esteja mais arraigado, impõe à criatura encarnada sacrifícios inomináveis. O rompimento com o "eu" é um parto laborioso, em que, não raro, sem experimentar inúmeras recaídas, o espírito não vem à luz. O importante é que não vos deixeis desalentar. Recorda que, para o trabalho inicial do evangelho, Jesus requisitou doze homens. Talvez o problema maior para os companheiros de ideal que se permitem desanimar ante as fragilidades morais que evidenciam, seja o fato de suporem ser o que ainda não são".

E segue, Bezerra, a sua lúcida avaliação: "Sem dúvida, os que vivem ignorando as próprias necessidades, aparentemente vivem em maior serenidade de quantas dela já tomaram consciência. Não esqueceis, contudo, que a aspiração do melhor é intrínseca à sua natureza - o homem sempre há de querer ser mais. Na condição, pois, de esclarecidos seguidores da doutrina espírita, nunca espereis vos acomodar, desfrutando da paz ilusória dos que não se aprofundam no conhecimento da verdade que liberta. Onde estiverdes, estareis sempre inquietos pelo amanhã. A aflição que Jesus bem-aventurou é aquela que experimenta quem se põe a caminho e não descansa antes de concluir a jornada".

Na lógica da Lei Natural "ninguém é melhor do que ninguém", e conforme referiu-se Jesus Cristo a respeito das caminhadas vitais do espírito imortal: "A cada um conforme as suas obras". Obras que significam o resultado do que construímos durante as nossas passagens por este planeta. Passagens, muitas vezes, inquietas e cheias de dúvidas e questionamentos a respeito do que buscamos...

No entanto, o "normal" do espírito que ainda persegue a verdade sobre si mesmo e busca o sentido da vida, é a inquietude na direção do imprescindível aprendizado. Somente dessa forma, o indivíduo subirá degraus na escala da consciência e encontrará, então, a tão almejada serenidade que pacifica mentes e corações, como afirma Buda: "Feliz aquele que vence o egoísmo, alcança a paz, encontra a verdade. A verdade liberta-nos do mal; não há no mundo libertador igual. Confia na verdade, mesmo que não sejais capazes de compreendê-la, mesmo que no começo vos pareça amarga a sua doçura".


Lições de humildade

Lições de humildade


A vida é uma nova oportunidade para que o espírito reencarnado altere para melhor os traços de personalidade e o modelo comportamental que traz consigo de outras vivências.
No entanto, ao reencarnarem, muitos indivíduos esquecem ou ignoram esta orientação que encontra-se latente em suas consciências, preferindo repetir tendências negativas de caráter ocorridas em experiências passadas.

Nessa lógica de raciocínio, ditadores se apegam ao poder com "unhas e dentes". Ministros de estado, na tentativa de se manterem em seus cargos, escondem em baixo do "tapete", a sujeira que teima em revelar-se à luz da verdade. Autoridades e empresários das mais diversas origens e áreas profissionais, na tentativa de perpetuarem seus egos e interesses, agarram-se ao poder como parasitas sanguessugas. Indivíduos comuns entram para o crime organizado e tornam-se violentos como foram no pretérito.
Apesar do desafio ser o de mudar o paradigma, através de novas escolhas que libertem o indivíduo de um passado comprometedor, a reprodução de tendências é o que mais ocorre com o espírito que reencarna na Terra.

A prepotência, a ambição desmedida, a violência implícita e explícita, o orgulho e o egoísmo, são responsáveis pela situação de milhões de entidades que perambulam pelo umbral e pela crosta terrestre, à procura de alívio para as suas dores e sofrimentos relacionados a sentimentos de culpa. Outras tantas, subjugadas por processos obsessivos, organizam-se coletiivamente e reproduzem o mal que praticavam em vida.

Durante as suas vidas, muitos desses infelizes, tiveram oportunidades de aprender com lições de humildade. Experiências que ocorrem com todos os espíritos dotados de inteligência e livre-arbítrio, para que eles reflitam sobre escolhas que representam intenções ou atos praticados contra si próprios e o outrem.
Às vezes, essas experiências ocorrem individualmente. Outras vezes, com um coletivo de pessoas que pregam a violência, o fanatismo ou qualquer forma de desequilíbrio de âmbito psíquico-espiritual que prejudique terceiros ou afete o ambiente natural.

Em 2008, ao visitar as ruínas da antiga cidade de Roma, na Itália, senti um contato espíritual que me transmitiu uma certa inquietação. Essa sensação acompanhou-me pelo resto do dia, até o momento em que, à noite, consegui passar o sentimento do espírito para o papel através de uma comunicação psicografada. Terminado o texto, relaxei e dormi um sono tranquilo. O título da mensagem: "Eu, o imperador", que transcrevi na íntegra para o STUM.
Na mensagem, a entidade descreve as suas ilusões e desilusões com o poder dos homens, à medida que o mesmo deixa-se iludir pelas armadilhas do ego. Era um espírito de um imperador romano, que depois de séculos despertara para a verdadeira riqueza da vida: os valores espirituais.
Infelizmente, no universo em constante expansão, nem todos despertam para a libertação da consciência. Muitos somente trocam de corpo físico, de época e de atividade, mas a essência permanece a mesma, contaminada de energias deletérias que levam o indivíduo a repetir o modelo comportamental de outras vivências.

As experiências de regressão em entidades que se apresentam arrogantes durante as reuniões mediúnicas das casas espíritas, revelam que, ao serem convidadas a regredir a vidas passadas, encontram a origem do sentimento de ódio ou de vingança que alimentam através do vínculo obsessivo que mantém com as suas vítimas encarnadas.

Nessas vidas passadas, a regressão também revela que eles foram algozes desses indivíduos, e que o ciclo vicioso "vítima-algoz" em papéis alternados, se mantém há séculos, gerando, a cada reencarnação, mais ódio entre eles.
Alguns casos de regressão em pacientes da psicoterapia interdimensional, sintonizam o sentimento negativo do passado relacionado a determinada pessoa, que na vida atual, veio como membro de sua família para que ambos resgatem dívidas de relacionamento.
Nada do que acontece na vida é em vão ou sem significado. Portanto, as lições de humildade, mesmo aquelas experiências que nos humilham ou envergonham, possuem um sentido de aprendizado se assimilarmos o seu "recado".
Geralmente, tais lições encontram-se associadas ao nosso orgulho ou prepotência, e servem para que elaboremos a mudança necessária, ou seja, uma nova atitude diante da vida.

O médium, o homem e o mito

O médium, o homem e o mito


A mediunidade, por ser uma faculdade de contato interdimensional, ou seja, entre um ser imaterial, descorporificado, com um ser materializado, entra em choque com a cultura do "ver para crer", e cria um estigma em relação ao médium, que passa a ser considerado para muitos, uma pessoa desequilibrada, misteriosa, mística ou charlatã, entre outros adjetivos.

Apesar da mediunidade, que é inerente ao ser humano, ser hoje em dia melhor compreendida e aceita, ainda causa uma certa confusão em relação à sua mecânica, funcionalidade e finalidade, que passa, antes de qualquer objetivo, pela aceitação e participação de seu intermediário ou mensageiro: o médium.

O espírito comunicante da mensagem, ao utilizar-se do aparelho mental de seu intermediário, seja pela mediunidade da vidência, audiência, psicográfica (intuitiva, semi-mecânica, mecânica), psicométrica, de cura e pictográfica, tem consciência do que está fazendo, assim como o médium que permite a comunicação.

O médium, seja ele conhecido ou desconhecido do grande público, é uma pessoa comum, com os defeitos e preocupações da grande maioria dos "mortais". Se não fosse assim, imperfeito, não seria médium a serviço de sua mediunidade.

No entanto, a sutil diferença entre o médium que assume a sua faculdade a serviço do bem, e aquele que não assume por motivos pessoais, é o passo a mais que o primeiro dá na direção do progresso espiritual.

O médium que tem consciência da sua importância de contato interdimensional, sabe que é um devedor da lei Maior. Tem clareza que a sua missão é uma oportunidade de acertar contas com o seu passado através do amor fraternal.

Portanto, uma coisa é o médium e o seu trabalho. Outra coisa é o homem que está por trás do médium e o seu trabalho...

Neste sentido, mesmo Chico Xavier, considerado modelo para muitos, custou a abdicar de certas vaidades mundanas, como a peruca que usava para esconder a calvície, ou um certo descontrole emocional que apoderava-se de si -e que evidenciava o medo da morte- nos momentos de turbulência em suas viagens de avião.

O médium praticante sabe que não é "santo". Os espíritos, que eventualmente utilizam-se de seu aparelho mental para comunicar as suas mensagens ou para outra finalidade, sabem que o intermediário entre dois planos, não é um santo. Mesmo assim, o que vale são as boas intenções e a vontade de ambos utilizarem o canal mediúnico com uma proposta voltada para o bem.

Mediunidade é também um caminho para que a pessoa busque o equilíbrio psíquico-espiritual através do estudo e da prática mediúnica. Muitos casos de mediunidade em desequilíbrio, geralmente confundidos com sintomas esquizofrênicos, encontram o seu equilíbrio na sistemática de orientação e de trabalhos das casas espíritas.

Quanto mais equilibrado for o médium, mais mensagens harmoniosas ele intermediará de seus comunicadores. Porém, essa afirmação não significa que o mediador seja uma pessoa pura, um encarnado evoluído em contato com uma entidade evoluída. Significa que o médium encontra-se em condições bio-psiquico-espirituais de intermediar mensagens de conteúdo mais esclarecedor para a humanidade. Méritos de quem assumiu -e levou a sério- a sua condição de intermediário entre dois planos.

Contudo, extra atividade mediúnica, todo médium segue a sua vida com as preocupações, tristezas e alegrias inerentes ao ser humano. Do médium da idade média, perseguido e sentenciado à fogueira da inquisição por ser considerado uma "ameaça social", uma heresia à Igreja, evoluímos muito até o início do terceiro milênio.

A partir da Nova Era de significativas mudanças para o homem e o seu planeta, a mediunidade dá um salto quântico no sentido de suas mensagens espirituais que serão recebidas por médiuns que chegam à Terra mais preparados para transmiti-las ao grande público. Médiuns que continuam sendo homens e mulheres reencarnados em uma realidade planetária em fase de transição espiritual para um mundo de regeneração.


Proteção espiritual

Proteção espiritual



Basta orar para ser protegido? A prece possui uma energia que ainda desconhecemos, mas que percebemos o seu verdadeiro significado se nos encontramos em contato com níveis mais altos da espiritualidade.

Há pouco tempo, uma professora e médium da casa espírita onde executo trabalho voluntário relatou-me um episódio ocorrido com uma colega de magistério. Contou-lhe esta pessoa, que certa vez à noite, indo a pé para o trabalho, pressentiu que ia ser assaltada por um homem que atravessava a rua em sua direção. Numa reação instintiva ela elevou o pensamento numa prece pedindo proteção. Para sua surpresa, repentinamente, o suspeito desviou o trajeto deixando-a livre para que seguisse em paz o seu caminho.

Mais tarde, o destino fez com que o tal homem se apresentasse como seu aluno numa turma da noite. Imediatamente, ela o reconheceu, indagando sobre aquele recente fato, ouvindo uma resposta que deixou-a impressionada: “Também a senhora estava com aqueles dois “seguranças” em cada lado!”.

A minha vida, a sua vida e a vida de todos nós estão relacionadas às Leis Naturais que regem o universo. Estamos intrinsecamente ligados às leis de Causa e Efeito e Ação e Reação. Portanto, o nosso “merecimento” relacionado à proteção espiritual, encontra-se na razão direta da nossa sintonia espiritual.

Se não fosse assim, se não existissem critérios que estabelecessem a justiça por merecimento, não existiria a maledicência ou a benevolência. Por quê? Porque, independentemente do caráter da pessoa, bastaria elevar o pensamento numa prece que ela seria prontamente atendida...

Nesse sentido, não esqueçamos que as Leis Naturais encontram-se umbilicalmente ligadas ao livre arbítrio e que é através de suas escolhas na vida que o indivíduo elabora, inconscientemente, o seu nível de sintonia espiritual.

Somente transformaremos para melhor a nossa sintonia quando transformarmos a nós mesmos através do exercício da energia do amor em nossas vidas. A prece ajuda? Sim, a prece ajuda aquele que merece, assim como o sol aquece e ilumina aquele que, por livre arbítrio, decidiu sair da sombra em que se encontrava.

As Leis Naturais são leis transparentes que valem para todos os seres inteligentes do universo e encontram-se impressas na consciência humana. No entanto, o homem, ser ainda imperfeito, ilude-se ao achar que possui “poderes” para enganar ou manipular ao seu bel prazer o que não pode ser enganado ou manipulado.

Ilude-se o corrupto que corrompe e acha que com a medalhinha do santo no pescoço está protegido. Ilude-se o assaltante que assalta e mata e acha que freqüentando a casa religiosa está protegido. Ilude-se o estelionatário que aplica o seu golpe contra pessoas ingênuas e acha que freqüentando a Igreja está livre do tribunal de sua própria consciência...

É de conhecimento no meio espiritualista uma expressão que diz tudo: “Se estou com Deus quem poderá estar contra mim?” Ou seja: Se sou transparente e verdadeiro nas minhas atitudes perante a vida, o que poderei temer?

A pessoa benevolente que pratica espontaneamente o amor e a caridade no seu cotidiano é uma pessoa protegida. Por quê? Porque com a sua vibração elevada ela atraiu o seu mentor e guias espirituais para próximo de si e, com isso, aumentou naturalmente a sua proteção espiritual.

Estamos analisando a situação do ser que vai além de sua segurança física. Esta fica por conta dos efeitos de escolhas e atos relacionados à sua história de vidas pregressas, associadas ao critério de merecimento que poderá ou não modificar situações que estão gravadas em seu periespírito e programadas para ocorrerem na vida em curso.

A proteção espiritual existe sim, mas para aqueles que na prática do amor a conquistaram. Nesse patamar não há mistério...É só seguirmos o fluxo natural da vida baseado na intuição do bem que é o objetivo de todos os seres que reencarnam para atingirem a meta da transparência fundamentada na verdade de si mesmo.

A culpa em nossas vidas

A culpa em nossas vidas



O ser humano, dotado de inteligência, capacidade de escolha e discernimento, convive com o estígma da culpa desde tempos imemoriais. Uma "marca", que por tempo indeterminado, o mantém cativo ao ciclo das reencarnações.

Durante o processo vital, a energia da culpa age de forma gradual, sutil e nociva, à medida que se apresenta através de processos obsessivos de origem psíquica e espiritual, geradores de doenças no organismo.

Por este motivo, a maioria dos casos de atendimento da Psicoterapia Interdimensional, apontam a energia da culpa como responsável pela origem do problema em si, ou seja, do sofrimento psíquico da pessoa.

São casos comuns que ocorrem no convívio íntimo das famílias, que revelam situações de pais ausentes ou indiferentes. Pais com filhos pequenos que se separam. Crises de relação do casal com a assistência ou participação dos filhos. Morte de uma das referências afetivas ou de ambas. Adoção da criança depois dela ter convivido com os pais biológicos e maus tratos na infância, entre outros casos.

São situações que quando associadas ao sentimento de perda, geram inevitáveis sequelas psíquicas no adulto. A criança, sem condições de processar internamente os motivos que levam os pais ao conflito, à separação, à indiferença, ao excesso de críticas ou à severidade no tratamento, acabam por sentirem-se culpadas pelo fracasso da família.

Portanto, a culpa associada ao sentimento de perda, é a raíz de muitos casos de desequilíbrio psíquico-espiritual que resultam em patologias não estruturais como a depressão, o pânico e o transtorno obsessivo-compulsivo, que carregam como pano de fundo, o componente emocional ligado ao trauma psíquico de origem infantil.

Através da "raíz emocional" do problema, o indivíduo desenvolve a médio-longo prazo a ansiedade neurótica, que acaba por interferir em seus relacionamentos afetivos na vida adulta, ao provocar dependência afetiva, insegurança e baixa auto-estima, que dão surgimento às psiconeuroses.

Atrelado à sintonia infantil, o adulto não percebe os motivos de seus relacionamentos amorosos não darem certo, as suas amizades começarem e terminarem e o por que de permanecer "atado" a uma relação afetiva desgastada e pobre em qualidade.

A ansiedade em excesso turva a sua capacidade de raciocínio e de discernimento. E fora do foco saudável da vida, o indivíduo sofre pelo sentimento de culpa -e de perda- que com o passar do tempo cronificou-se em seu psiquismo.

Limitado pelo desuso da razão e envolvido em suas desarmonizadas emoções e sentimentos não resolvidos da infância, o adulto insiste num relacionamento doentio devido aos dolorosos acontecimentos do passado que, inconscientemente, ele não deseja reviver no presente: a separação.

A energia da culpa em nossas vidas é muito mais comum do que imaginamos. E quando associada a um ou mais sentimentos negativos, torna-se responsável pelas sensações de infelicidade, abandono, rejeição, solidão, insatisfação, entre outras experenciadas pelo indivíduo adulto.

Libertar-se da sintonia com o passado, exige do indivíduo a busca das raízes de seu problema, que geralmente, encontram-se camufladas pelos mecanismos de defesa do inconsciente que protegem a pessoa da lembrança de dolorosos acontecimentos ocorridos no pretérito.

Neste sentido, a psicoterapia de orientação psicanalítica, mas de visão interdimensional, dirige o seu foco investigativo na infância do indivíduo, para depois, se necessário for, direcionar o mesmo foco através da regressão de memória cerebral e (ou) extracerebral, que vai além da barreira intrauterina.

Para libertar-se de seu passado, o indivíduo deve ter a clareza de que o seu desconforto psíquico é consequência de uma história de muitas capítulos, cuja base de investigação começa na infância da vida atual e pode estender-se a outros capítulos de sua longa trajetória vital.

A difícil arte de ser justo!

A difícil arte de ser justo!

O dito popular informa "que o bom julgador por si julga o outro". Verdade que se encontra inserida no profundo significado desta frase, que revela o quanto projetamos no outrem aquilo que temos em nós mesmos ainda não resolvido.

Na cultura dos povos antigos, era comum o julgamento sumário seguido de condenação e execução pública. A Bíblia registra o caso de Maria Madalena, que por ser acusada de adultério, estava sendo apedrejada por populares quando chegou Jesus Cristo e indagou à multidão inquieta: "Quem for puro que atire a primeira pedra". Em seguida, o registro bíblico informa que ninguém mais arremessou uma única pedra contra a mulher considerada "impura" pelos seus executores...

O julgamento, após o trágico evento da Inquisição que vitimou milhares de inocentes e que manchou de sangue a Idade Média, tornou-se mais aprimorado a partir de sua estrutura baseada no senso de justiça nas condenações.

No entanto, mesmo nos dias atuais de um planeta globalizado pelo avanço tecnológico, nos deparamos com situações que nos chocam pelo primitivismo cultural, que são casos que envolvem mulheres em distintos lugares do mundo: uma no Afeganistão que foi condenada e sumariamente executada pelo fato de ser viúva e estar grávida, e a outra no Irã, ameaçada de ser executada por ter cometido adultério.

O fanatismo religioso - que ainda existe, inclusive no Ocidente - é uma sintonia obsessiva que "cega" como cegava há milhares ou centenas de anos atrás. Se a moral que pregam os fanáticos religiosos fosse praticada por eles próprios desde a Antiguidade, a chaga da violência, do ódio, do orgulho e do egoísmo já teria "cicatrizado" e viveríamos tempos de amor e paz.

Na atualidade, os discursos políticos estão "recheados" de críticas, desde as mais sutis às mais destrutivas. A contundência verbal tem sido a marca da disputa pelo poder. Os comentários e avaliações maliciosas - a maledicência - os dardos venenosos lançados em direção às suas vítimas.

Pessoas que se consideram detentoras da verdade absoluta, julgam sem conhecimento de causa. Outras lavam as mãos como Pôncio Pilatos, calando-se diante das injustiças. Poucos percebem que a crítica destrutiva, o comentário maldoso e o julgamento irresponsável são geradores de injustiça, que por si só, é a essência do mal que reside em nós mesmos.

É mais fácil tecer um comentário malicioso ou denegrir a imagem do outrem, do que fazer um elogio sincero ou praticar caridade fazendo "o bem sem olhar a quem...".

É mais fácil fazer fuxico alimentado pela energia da inveja que corrói, do que dar um acolhedor e fraterno abraço, alimentado pelo amor que constrói.

"Não julgueis para não serdes julgado", é o alerta crístico a todos os seres inteligentes dotados de excepcional capacidade de expansão consciencial. Capacidade que subestimamos por nos encontrarmos, muitas vezes, nos papéis de vítimas ou de julgadores, ainda influenciados pela energia de vidas passadas. E esse envolvimento na energia dos sentimentos de injustiça ou de prepotência, paralisa por tempo indeterminado o fluir de nossa inerente capacidade de evolução espiritual.

"Lavar as mãos" ou "julgar sumariamente", são gestos que se repetem entre os homens desde tempos imemoriais, quando a luta pela sobrevivência ou a disputa pelo poder, gerou a "cultura da injustiça" baseada na lei do mais forte, onde as estratégias de conquista eram planejadas a ferro, sangue e fogo.

A cultura da injustiça, sutilmente disseminada na sociedade contemporânea, perdeu a sua força e truculência dos velhos tempos das sangrentas disputas pela "verdade" religiosa e pelo poder. Porém, não perdeu a violência praticada através da ação disfarçada ou da palavra que fere.

A trajetória do homem sobre o planeta Terra é repleta de fatos ou situações em que a mentira preponderou sobre a verdade. Contudo, somos o que fomos, e essa é a nossa verdade.

Portanto, a partir dessa verdade histórica, libertar-se de hábitos culturais retrógrados associado à violência implícita ou explícita, é um dos principais desafios do homem do terceiro milênio. Muitas vezes, lavamos as mãos no ato simbólico da indiferença. Outras tantas, representamos como vítimas ou algozes. É chegado o momento de praticarmos o aprendizado dessas experiências passadas, buscando uma nova visão entre o ter e o ser de nossa existência, e entre o mal e o bem como parâmetro de uma mudança interior focada no despertar de potencialidades adormecidas.

A sabedoria de um velho provérbio Ute, talvez simbolize o que precisamos abdicar do individual em benefício do coletivo, ou seja, a difícil arte de ser simples e justo: "Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar. Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo. Ande ao meu lado para que possamos caminhar juntos".


Ontem, eu sonhei que volitava!

Ontem, eu sonhei que volitava!

A atividade onírica é mais complexa do que imaginamos. Os sonhos, na verdade, são uma mistura de experiências do cotidiano, principalmente, as situações não resolvidas na ordem dos sentimentos, preocupações latentes e medos, associado à percepções sensoriais, suprasensoriais, de âmbito mediúnico e de projeção do espírito para fora do corpo físico.

No sentido da interpretação dos sonhos, tanto o Espiritismo, através de Allan Kardec, codificador das obras básicas, quanto a Psicanálise, criada por Sigmund Freud, têm as suas parcelas de contribuição em relação ao significado dos sonhos, pois os mesmos expressam, nada mais nada menos, que a natureza interdimensional do ser humano.

À medida que o indivíduo aprofunda-se no autoconhecimento de nível interdimensional, torna-se mais fácil para ele, distinguir quando um sonho reúne experiências associadas (dimensões física e espiritual) ou apenas uma dimensão (física ou espiritual).

As experiências oníricas associadas, assim como as que representam uma só dimensão, são passíveis de interpretação sob a ótica interdimensional, que vê nessas experiências a projeção do inconsciente superficial e profundo, insights referentes à memória extracerebral (vidas passadas), desdobramento do espírito e contatos espirituais durante o sono.

Portanto, sonhar que o espírito está volitando, ou seja, deslocando-se no espaço após projeção (saída) do corpo físico durante o sono, não significa sintomas de baixa auto-estima, carência afetiva ou algo parecido como podem supor "especialistas da área", e sim, que o indivíduo, realmente, estava projetado do corpo físico e se deslocando em espírito pela dimensão física ou espiritual. É óbvio que cada caso é um caso a ser analisado pela ótica interdimensional, o que não poderia ser diferente quando se trata de psicoterapia. É o que veremos a seguir, na abordagem de um caso clínico, conforme relato de um sonho ocorrido recentemente com um paciente.

O SONHO DO PACIENTE

Sonhei que me deslocava no espaço e que para movimentar-me era necessário mexer os braços como num movimento de mergulho na água.

Inicialmente inseguro, percebia que conforme exercitava o movimento de braços e pernas, mais confiança adquiria em relação ao próprio deslocamento e no contorno de obstáculos como postes de luz, prédios, entre outros.

Lá de cima, via o burburinho da cidade. Às vezes baixava e ficava pouco acima da rede elétrica das ruas. Outras vezes, subia acima dos prédios mais altos, a observar detalhes da movimentação humana, Lembro nítidamente de ter passado por cima de um parque arborizado.

Noutras vezes, "pousava" no passeio público e me sentia um homem comum. Mas quando "alçava" vôo novamente, chamava a atenção de algumas pessoas próximas e que me observavam admiradas sem entenderem o que estava acontecendo. Mas logo baixavam a cabeça e retornavam à rotina de suas vidas. A grande maioria, no entanto, demonstrava no que via, indiferença ou incredulidade.

E assim, me deslocando de um ponto a outro com uma indescritível sensação de liberdade, sentia-me como um pássaro novo a exercitar as suas asas no primeiro vôo de uma vida independente.

DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL

O sono fisiológico, denominado como "um estado de morte", por propiciar o torpor das faculdades pensantes e fazer desaparecer a aparente realidade do mundo objetivo, faculta ao espírito um parcial desdobramento, no qual se movimenta além dos limites corporais.

Conforme as suas inclinações, desejos e hábitos, tão logo sente se afrouxarem os liames periespirituais, o espírito desloca-se para lugares onde encontra respostas para as necessidades cultivadas. (Fonte: Joanna de Angelis)

VOLITAÇÃO

Capacidade que o espírito tem, em certo nível de adiantamento, de "voar" não apenas no sentido literal, mas também de maneira mais transcendental. O espírito se transporta para onde quiser ou lhe for determinado, sob a ação e o impulso de sua própria inteligência. (Fonte: Portal Espírita http://www.plenus.net/)

COMENTÁRIO

Interpreto o "sonho" como de característica associada, ou seja, reflexos das duas dimensões da natureza humana (física e espiritual), à medida que preocupações da experiência encarnada encontram-se inseridas na experiência transcendental em forma de mensagem.

O fato de sentir-se em deslocamento pelo espaço físico era real, pois havia se desdobrado do corpo físico durante o sono que começara próximo das 21 horas. Assim como era real a preocupação - que era latente - em relação à incredulidade e indiferença das pessoas, registrado no relato.

O paciente, uma pessoa espiritualizada, durante a psicoterapia, experenciou uma angústia em relação ao que ela denominou "alienação das pessoas com as coisas do espírito". E essa preocupação latente revelou-se em forma de recado ou mensagem da espiritualidade superior durante a experiência onírica.

E a mensagem, ao analisarmos o conteúdo da experiência, é a de cada indivíduo tem o seu ritmo e o seu momento de despertar para as verdades do espírito. Dentro do seu ritmo, cada ser humano vivencia a sua própria jornada evolutiva. Nessa caminhada, alguns encontram-se à frente, muitos atrás, e outros, parados pelo caminho, perdidos ou à espera do "despertar". Realidade, que como sabemos, começa a mudar a partir do milênio em curso...

A heterogeneidade da natureza humana é o motivo da existência de diferentes níveis de consciência entre nós. Fato que torna lento o processo de evolução do coletivo de espíritos que reencarnam na Terra.

Fica claro na interpretação interdimensional da mensagem, que devemos aceitar o fluxo da evolução humana que é lento por natureza, e evitar excesso de preocupações que não leva a lugar algum, pois tudo tem o seu tempo, inclusive, o tempo de mudanças que se anuncia para o planeta...

Fica claro também, que somos ainda inexperientes nos vôos mais altos do espírito, e que, ao visualizarmos os nossos irmãos do alto, não somos diferentes deles, mesmo em vôo de principiante. Talvez menos indiferentes e mais receptivos aos valores do espírito aplicados à filosofia de vida. No mais, somos todos eternos aprendizes da evolução.


Relações familiares difíceis

Relações familiares difíceis


São muitos os processos obsessivos que envolvem as relações interfamiliares. Obsessivo no sentido psíquico-espiritual que gera um ciclo vicioso no qual os sentimentos negativos afloram com a força desarmonizadora do remoto passado.

Conflitos entre pai e mãe, pais e filhos ou entre irmãos, que disputam, estimulados pela energia da cólera, do ciúme, da inveja e do orgulho, bens materiais ou posses que os tornam "visíveis" no mundo das "aparências".

Como fizeram no pretérito, são capazes de repetir as mesmas doses de trapaça, indiferença e prepotência para levarem vantagens uns sobre os outros. Quadros em que a ganância e a hipocrisia superam valores humanos de civilidade, honestidade e igualdade nas relações interpessoais.

Estabelecida a discórdia no grupo familiar, os valores tendem a girar em torno da "lei dos mais forte e mais esperto". É quando a frieza, que é filha legítima do vazio de amor, articula com os seus invisíveis tentáculos, interesses escusos que substituem a paz de espírito e o convívio saudável entre seres que se reuniram para mais um tentativa de aprendizado e crescimento mútuo.

Diante da nova oportunidade concedida, a encarnação, ao invés de processar a libertação do espírito, torna-se um fardo cumulativo de energias deletérias. O livre arbítrio, por submeter-se a processos obsessivos de origem psíquico-espiritual, reproduz o traço comportamental do passado, levando os indivíduos que reorganizaram-se para processar o amor nas relações familiares, resgatarem a energia do desequilíbrio que muitos males gerou no passado.

Com a desarmonia nas relações, surgem as velhas conhecidas da Humanidade: as enfermidades psíquicas de origem espiritual, que envolvem, inapelavelmente, mentes e corações, subjugando os envolvidos na energia da violência explícita ou implícita, geradora dos dramas e das tragédias que são amigas íntimas da dor e do sofrimento humano.

Desconectados da essência e perdidos no labirinto de si mesmos, pais e irmãos perambulam às escuras, subjugados pelas sinistras presenças que os acompanham na escuridão da existência.

O que era para ser um grupo familiar em processo de mútuo aprendizado e crescimento, vira -pelo livre-arbítrio- um grupo de indivíduos que novamente elege o egoísmo e a inveja como orientadores de suas caminhadas. Caminhos em que, mais uma vez, terão de carregar os seus pesados fardos.

Contudo, por mais longa que seja a jornada, nunca é tarde para que o indivíduo dotado de inteligência pare, reflita e visualize na imensidão de si mesmo, atalhos que levem ao encontro da essência e seus inestimáveis tesouros.

Por mais pesado que seja o fardo, este não representa uma condenação perpétua e, sim, a projeção acumulada pela energia do livre-arbítrio. Basta, portanto, que o indivíduo desperte e reverta -através da depuração espiritual- este processo gerador dos desequilíbrios bio-psíquico-espirituais que tantos transtornos causam ao coletivo familiar.

As psicoterapias que lidam com a natureza interdimensional do homem, associadas ao fortalecimento da fé raciocinada (sem dogma ou fanatismo religioso), são opções de auxílio para que o indivíduo encontre o seu próprio caminho, ou seja, o rumo que o leve ao encontro da essência, a sua legítima e intransferível identidade terrena e universal.

O indivíduo somente estabelecerá relações estáveis e maduras consigo mesmo, com o outrem e com o mundo à sua volta, quando pacificar o seu coração, após ter se libertado de sentimentos negativos que o mantinham preso ao passado.

A conquista -ou recuperação- da lucidez, é o primeiro passo do processo de libertação que leva o ser inteligente a um nível de percepção mais abrangente sobre os significados da vida. Patamar consciencial que abre a janela do autoconhecimento simbolizado pela Mãe-Terra, o Pai-Universo e os seres inteligentes irmanados em uma grande e única família universal.

A compreensão de que as relações familiares vão do micro ao macro universo, é imprescindível para que despertemos para a importância da maternidade e paternidade conscientes relacionadas à educação dos filhos. A consciência -ou a falta desta- é fator determinante para que se estabeleça no futuro da família, o nível das relações interpessoais.

Vantagens de ser uma boa pessoa

Vantagens de ser uma boa pessoa A história extra-oficial, aquela que corre de boca em boca mas não é registrada em livros, criou uma expressão popular na região das Missões, no estado do Rio Grande do Sul. Segundo a cultura local, os primeiros jesuítas europeus que construíram com os índios guaranis os Sete Povos das Missões, costumavam aplicar uma tática de doutrinação religiosa, ou seja, esculpiam na madeira imagens do tamanho de uma pessoa. Essas imagens representavam alguns santos da Igreja Católica e eram ocas. Colocadas em lugares estratégicos, os padres encarregados pela catequização costumavam entrar nessas imagens ocas e falar aos índios como se fossem os próprios santos transmitindo suas mensagens.

Verdade ou não, o "santinho do pau oco" virou expressão popular que caracteriza o indivíduo que passa uma imagem de "santo", mas que na verdade, "por dentro" é uma outra pessoa. Não é o caso, é óbvio, da pessoa que pratica o bem sem olhar a quem, porque assumir a prática do amor fraternal exige transparência de sentimentos onde não há lugar para o fingimento ou a representação.

Nesse sentido, não precisamos ser santos ou beatos para afirmar o bem em nossas vidas. Basta deixar fluir a energia do amor que trazemos internalizada em forma de centelha divina...

Essa fagulha, quando acesa em forma de chama interior, tem o poder de transformar realidades através do exercício da caridade, da cura, da proteção espiritual, do autoconhecimento e do progresso espiritual.

Portanto, praticar o bem sem interesses ou segundas intenções, tem vantagens que não imaginamos, porque vivemos em um mundo onde o sofrimento, associado à esperteza, limita a nossa visão para o que é puro e transparente nas relações interpessoais.

Por este motivo, as crianças despertam em nós a ternura e a pureza esquecidas em algum lugar do passado. São elas a referência e a esperança de um mundo onde os bons sentimentos possam ser compartilhados no convívio social. Porém, para compartilhar bons sentimentos, precisamos exercitá-los no dia-a-dia de nossas vidas, porque toda mudança interior, por mais gradual que seja, exige adaptação e troca de energia áurica, que é o campo energético ao nosso redor que informa ao Universo se somos ou não seres amorosos.

O grande desafio para quem pretende, aos poucos, trocar a sua energia áurica, é manter-se focado no bem. Tarefa difícil quando se vive eu uma sociedade competitiva, cuja orientação e filosofia induzem a ser esperto para levar vantagem sobre o outro.

No entanto, estamos falando de "vantagens" fundamentadas em bens eternos e não bens perenes que acabam-se com o passar do tempo. Estamos falando de transparência de atitudes e de sentimentos elevados, e não de títulos, status social ou aparências.
Trilhar o caminho da verdade de cada um exige, acima de tudo, perseverança no bem. Esse caminho nos leva à cura de nossos males e à conquista do equilíbrio bio-psíquico-espiritual que contempla um estado de saúde integral, idealizado pelas religiões de fé raciocinada, pela filosofia, medicina e psicologia.

Ser ou tornar-se uma boa pessoa, não exige, necessariamente, vínculo religioso ou abstinência de certos prazeres mundanos, como a diversão, o lazer e a prática do sexo, entre outros, que são inerentes à pessoa humana e importantes à sensação de bem-estar e equilíbrio.
O indivíduo focado no bem cultiva a bondade dentro e fora de si mesmo, sem fazer alarde ou uso pessoal desse instrumento que lhe é inato e natural, pois, como aprendiz que é, aprende a cada lição de vida algo novo a respeito de sua condição de homem de bem.

No contexto social em que interage a pessoa de bons sentimentos, podemos relacionar algumas vantagens que ela acumula com a sua prática desinteressada.
É o que veremos a seguir.

Em processo de libertação da energia da maldade, que turva visões e endurece corações, a pessoa de bem ilumina o seu próprio caminho;
Como possui luz própria e foco no bem, o seu campo áurico passa a ser o reflexo de sua alma;
Com o cultivo da simplicidade, a paz interior torna-se garantia da colheita de bons frutos;
Com o coração em processo de pacificação, as somatizações orgânicas e as psicosomatizações tendem a desaparecer, assim como as doenças em geral;
Com o autoconhecimento proporcionado pela reforma interior (íntima), dúvidas ou questionamentos a respeito da vida e da morte, começam a ser elaborados através de respostas que fluem pela intuição, que é um canal ligado à espiritualidade superior;
Com a perseverança no bem, a percepção do "caminho do meio" que é a sensação de equilíbrio vital, é incorporada ao âmbito das percepções normais. Dessa forma, ao possuir uma referência básica, o indivíduo tende a "recair" cada vez menos em relação aos "altos e baixos" característicos da condição humana no planeta Terra.
Enfim, as conquistas adquiridas pela alma que cultiva sentimentos elevados, relacionam-se, íntimamente, aos valores do espírito. Sem esquecermos, é evidente, que cada espírito reencarnado possui um ego e um corpo físico que precisam ser considerados no contexto vital. Caso contrário, estaremos negligenciando a nossa natureza corpórea, que necessita de sensações prazeirosas para se sentir bem no mundo em que vivemos.