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O amor desvirtuado de seu profundo e verdadeiro significado, convive com o homem há milênios. Na Grécia e Roma antigas, por exemplo, já ocorriam entre os poderosos, banquetes regados à bacanais. Em Jerusalem, bem antes de Cristo, já existia a prostituição como forma de renda. E assim por diante...
No entanto, o amor corrompido vem competindo durante todos esses séculos com uma outra forma de amor: o amor romântico, aquele que aposta na conquista pela sensibilidade e honestidade de sentimentos, embora a cultura moderna tenha deformado em parte, a imagem do ideal romântico.
O Dia dos Namorados, portanto, tenta resgatar o romantismo entre seres humanos que se amam, e exaltar o amor como forma de valorização do próprio homem.
Esta data, sobretudo, leva-nos à reflexões sobre o significado do amor em nossas vidas, ou seja, até que ponto estamos dando a devida importância à energia que promove o equilíbrio e a felicidade nas relações humanas? Estamos, suficientemente, valorizando o amor em nossas vidas?
Entre dramas domésticos, tragédias consumadas, declarações apaixonadas, separações e relações (re)assumidas em nome do amor, o Dia dos Namorados representa o "lado bom" do ser humano, pois além de resgatar valores desgastados com a velocidade dos tempos modernos, (re)aproxima pelo vínculo do amor, o indivíduo do outrem.
Em época conturbada no âmbito das relações amorosas, quando os papéis do masculino e do feminino passam por alterações no contexto socio-familiar, o Dia dos Namorados ressurge como um "bálsamo romântico" para que os enamorados de todas as idades repensem a vida a partir da união entre dois seres envolvidos em compromisso de amor.
Dia para refletir a respeito do que motiva as desavenças, os ciumes, os desequilíbrios que tornam muitas pessoas infelizes. Mas também, dia para refletir sobre o que torna outras tantas pessoas equilibradas, felizes e satisfeitas com seus relacionamentos.
Valorizar o amor, a começar pelo namoro, é valorizar a vida. As conquistas de uma vida tornam-se mais valorizadas quando compartilhadas e movidas pela energia da cumplicidade amorosa.
Não deixemos os aprendizados para a próxima vivência na dimensão física. O ser que hoje demonstra estar enamorado de você, pode ser um amor de outra época que retornou para voces trilharem juntos uma nova caminhada.
Caminhada que visa, acima de tudo, o crescimento mútuo, onde o compromisso com o amor assumido é a luz que orienta os seus passos na senda do progresso.
O Dia dos Namorados, portanto, elege a importância do amor diário como fator de evolução tanto material quanto espiritual entre indivíduos que apostam na felicidade possível, as suas expectativas vitais de presente e futuro.
Apesar do avanço tecnológico que elege a máquina como a vedete do tempo presente, o simbolismo da data lembra-nos que não somos robots, mas seres dotados de sensibilidade, emoções e sentimentos. E que a vida no planeta Terra ainda depende das relações humanas fundamentadas no amor.
Para os jovens, o estágio do namoro vincula-os a projetos de vida, expectativas de crescimento, esperança de constituir família, ter filhos, emprego estável... responsabilidades.
Para aqueles nem tão jovens, mas que apesar das diferenças insistem em manter a relação, o dia doze representa a possibilidade de recomeço a partir da ponderação, do diálogo aberto na tentativa de "aparar arestas" e (r)estabelecer o senso de equilíbrio que gera mais amor, um amor amadurecido pelas pequenas ou grandes conquistas mútuas.
Para aqueles que conseguem manter um longo tempo de relacionamento onde a estabilidade e o crescimento superam eventuais crises de relação, a data é lembrada - e comemorada - como uma história de amor que amadureceu com o passar do tempo....
Enfim, o doze de junho, data que comemoramos o Dia dos Namorados, deve ser um dia de reflexão para todos nós, pois refletir sobre a importância do amor em nossas vidas, representa o nível de valorização que damos a si mesmos, ao outrem e ao planeta onde vivenciamos uma intensa relação de amor.
Lucidez e loucura
Muita confusão sempre se fez entre a pessoa considerada lúcida, e a pessoa considerada "louca" ou perturbada mental. A tênue divisa que separa uma condição da outra é o "fio de navalha" da ciência oficial. É o labirinto onde procuramos uma saída.
Desde a Antiguidade, muita loucura se fez em nome da "normalidade". No entanto, até hoje, os conceitos se misturam confundindo leigos e estudiosos do comportamento humano.
O problema é que foi criado há alguns séculos atrás, um paradígma ocidental do comportamento humano. Modelo baseado nos valores ligados ao mundo físico, palpável, concreto... associado à experiência humana de perceber com os cinco sentidos, a sua realidade inserida neste mundo material.
A partir de então, todo indivíduo rotulado de "diferente" pela mentalidade vigente, era considerado elemento perigoso para o convívio em sociedade. Portanto, discriminado e, muitas vezes, afastado para sempre do convívio social.
Essa mentalidade rendeu séculos de preconceito e de perseguição aos diferentes. Somente após o trauma da Inquisição que os primeiros estudiosos da psique humana iniciaram as suas pesquisas na tentativa de projetar um pouco de luz do conhecimento adquirido.
Contudo, até os dias atuais, a confusão continua instalada, embora mais "sutil" no sentido de sua aceitação e interpretação contemporânea. Os diferentes já não são mais caçados. A mediunidade começa a ser reconhecida no meio científico, e personalidades antes malditas ou rotuladas, como Allan Kardec e Chico Xavier, entre outros, passam a ser referências de idoneidade moral e de equilíbrio na mídia.
O medo do diferente, que antes ameaçava o paradígma da normalidade, passa a ser visto ou aceito enquanto possibilidade de mudança. Já é um bom começo de uma caminhada que ainda tem muito chão a ser percorrido...
No entanto, instalado lá no inconsciente coletivo, o medo de ser considerado "estranho" aos olhos dos "normais", permanece atuando psíquicamente e inibindo o desabrochar de potencialidades inerentes ao ser humano. O estígma do "esquisito" continua freando iniciativas ou provocando conflitos pessoais naqueles, que por medo da aceitação de suas experiências "anormais", acabam bloqueando o fluir do sexto sentido.
A palavra "lúcido", conforme o dicionário, possui um interessante significado porque abre possibilidades: "brilhante, límpido, transparente, claro, preciso". Enquanto o termo "louco", ao contrário, fecha possibilidades: "perdido, contrário à razão, extravagante, esquisito, demente, alienado".
Diante dessa dicotomia, herança da Antiguidade, lucidez e loucura representam uma tomada de consciência e, ao mesmo tempo, um desafio para aqueles que gostariam de assumir a condição de "diferentes" em um estado de coisas que, lentamente, começa a mudar e a aceitá-los no convívio social.
A partir do Terceiro Milênio, os esquisitos começam a assumir o seu lugar em todas as áreas do conhecimento humano, e a "quebrar a espinha dorsal" de um paradígma comportamental construído há séculos.
A "lucidez" começa a entrar no campo do conhecimento da loucura, e a extrair de suas entranhas, novos elementos antes desconhecidos à luz da ciência. E a entender que o "pleno uso da razão" possui um significado relativo se considerarmos a experiência mediúnica associada à nossa natureza espiritual...
A "loucura", por sua vez, começa a ser "dissecada" e associada, em parte, à lucidez. E, em outra parte, associada aos desequilíbrios provenientes do complexo psíquico-espiritual do homem. Cada caso será um caso analisado e tratado conforme a condição integral do indivíduo, ou seja, a sua natureza bio-psico-sócio-espiritual.
O mais importante, por enquanto, é o indivíduo que se sente diferente, assumir sem medo de ser feliz - ou infeliz - a sua "diferença", porque é desafiando e transformando realidades que o homem aprimora o conhecimento sobre si mesmo.
Atualmente, os velhos conceitos de lucidez e loucura começam a desbotar com a ação dos novos tempos de transformações. Uma nova fase de transparência se avizinha para a humanidade. Nos encontramos numa fase transitória, intensa. Exatamente no ponto crucial onde termina a "alienação" e inicia "o claro, o preciso e o transparente".
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Por que existem as diferenças entre os seres humanos, se todos nascemos da mesma forma materna?
Por que uns nascem saudáveis e outros doentes?
O que explica as deformações congênitas, as mortes prematuras, a longevidade, os desequilíbrios psíquicos, as injustiças, enfim, os dramas pessoais e familiares que provocam muita dor e sofrimento na humanidade?
Se não fosse pela teoria da reencarnação, ou seja, da existência de sucessivas vidas do espírito imortal, fato que tem como objetivo oportunizar ao espírito que retorna a um corpo físico, um recomeço onde poderá rever conceitos próprios e depurar-se ao longo de sua jornada na matéria, ou passar por uma provação como forma de redimir-se diante das Leis Divinas, nada do que acontece de diferente entre nós seria explicado e a vida não faria sentido.
Somos, hoje, a consequência do que fomos em vidas passadas, ou seja, o resultado do que aprendemos - e progredimos - ou deixamos de aprender - e estacionamos - das experiências vitais pregressas.
Se observarmos mais atentamente o ambiente natural, verificaremos que todas as espécies do reino animal seguem uma orientação natural (instinto) na forma como se organizam, vivem e morrem.
Se estudarmos Astronomia ou Física, observaremos que diante de um aparente caos cósmico, existe uma perfeita ordem universal. Uma sintonia em relação ao que nasce e ao que morre...
Se nos aprofundarmos no estudo da Química ou da Biologia, nos surpreenderemos com microorganismos que interagem numa perfeita simbiose, onde cada situação é específica, mas, que na verdade, representam a micro-estrutura responsável pela vida ou pela morte no planeta Terra.
Albert Einstein, o notável físico alemão, num misto de reflexão, alerta e desabafo, registrou em seus manuscritos que "o ser humano vivencia mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. A nossa principal tarefa é de nos livrarmos dessa prisão, ampliando nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza".
E conclui o famoso cientista: "Ninguem conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior".
As palavras de Einstein refletem perfeitamente o sentido da existência humana, em que a lógica e a coerência do "viver", apontam para a necessidade de expansão consciencial como meio do homem libertar-se do restrito círculo vivencial - e perceptivo - ao qual se encontra.
Ao expandir horizontes e enfrentar o desconhecido, o homem eleva a sua consciência à condição de ser universal e finca bases sólidas: "o alicerce de sua segurança interior". Alicerce fundamentado na compaixão, que representa uma compreensão mais ampla do verbo amar...
Muitos cientistas de mente aberta como Einstein, filósofos, artistas, estudiosos da psique e poetas, entre outros, registraram para a posteridade, suas profundas impressões sobre o significado da vida. Visões que testemunharam a própria experiência vital repleta de sentido e significados que transcendem ao âmbito da dimensão física.
O acúmulo de experiências que levamos de vivências no plano físico serve para identificar a nossa sintonia diante do universo. No entanto, se em uma única vida progredimos consideravelmente, perseverando no bem, a nossa sintonia sofre uma alteração e passa a ter uma nova identidade universal.
Somos, sem sombra de dúvida, uma consequência do que viemos sendo há muitos séculos. Somente um "acidente de percurso" poderá alterar essa lógica comportamental, que é o despertar para o autoconhecimento.
O autodescobrimento, à medida que vai se processando, amplia horizontes, alarga a visão sobre a vida e aguça a percepção, alterando para melhor a lucidez e a capacidade de discernimento do indivíduo.
Com o despertar para a realidade espiritual, alteramos o paradigma comportamental e interferimos positivamente em nossa aura, campo de energia que envolve o corpo físico e que pelas formas e cores identifica o nosso estado emocional e a nossa frequência vibratória.
Ao processarmos o autoconhecimento - e a decorrente expansão consciencial - acionamos o mecanismo bio-psíquico-espiritual da autocura, processo que erradica, lentamente, as nossas antigas e arraigadas imperfeições.
Portanto, em pleno terceiro milênio, o maior desafio do ser inteligente é transformar o saldo negativo das reencarnações anteriores, em saldo positivo a partir da vivência atual.
Sabe-se, conforme as Leis Naturais que regem o universo, que nada acontece por acaso e que tudo tem a sua razão de ser ou de acontecer. A lógica e a coerência que orienta a estrutura micro/macro cósmica é perfeita, assim como num "dia" do calendário cósmico, todos os seres inteligentes dos mundos habitados deverão alcançar o último degrau da escala evolutiva. Quando chegar esse momento, seremos no UNO o saldo positivo de todas as vivências anteriores do espírito imortal.
Entre o desejo, que segundo o dicionário "é a vontade de possuir, aspiração ou cobiça", e o prazer, que significa "causar satisfação", existe um vazio teórico e prático ainda não suficientemente explicado pelas ciências do comportamento humano. Neste espaço não preenchido pelo conhecimento científico do psiquismo, o prazer, que é a satisfação - ou realização - de um desejo, ainda não encontrou eco.
Segundo os hindus, o chacra suadhistana, que em sânscrito significa "a morada do prazer" e situa-se abaixo do umbigo, quando em equilíbrio seria responsável por algumas qualidades positivas do homem, como desejo, prazer, emoções, saúde, tolerância. Mas também responsável por algumas qualidades negativas quando em desequilíbrio, como confusão mental, ciúme e problemas sexuais.
Os desejos, na verdade, impulsionam todas as ações da vida e são responsáveis pela sobrevivência do indivíduo, assim como a procura da companhia e do amor na constituição de uma família. O desejo também é o responsável pelo fato da pessoa buscar a sua evolução dentro de seu contexto vital. Se não existisse o desejo, o que impulsionaria a pessoa a fazer qualquer coisa, a ter iniciativa, a buscar o seu crescimento? A vida perderia a graça, o movimento e o sentido.
Conforme Joanna de Ângelis em "Desejo e Prazer", psicografia de Divaldo P. Franco, "o desejo impõe-se como fenômeno biológico, ético e estético, necessitando ser bem administrado em um como no outro caso, a fim de se tornar motivação para o crescimento psicológico e espiritual do ser humano. É natural, portanto, a busca do prazer, esse desejo interior de conseguir o gozo, o bem-estar, que se expressa após a conquista da meta em pauta".
Para Goethe, o desejo constitui uma verdadeira dádiva de Deus para todos quantos se identificam com a vida e que se alegram com o esplendor e a beleza que ela revela. "A vida, em consequência, retribui-o através do amor e da graça", dizia ele.
O LADO SOMBRA DO DESEJO
No entanto, o desejo - e a busca do prazer - possui o seu lado sombrio que foge ao controle da razão como explica Joanna de Ângelis: "Ocorre quando o impulso que se sobrepõe à razão, desarticula os equipamentos delicados da emoção e conduz ao desajuste comportamental, especialmente na área genésica, expressando-se como erotismo, busca sexual para o gôzo". Sem entrarmos no mérito moral da questão, observamos aqui o descontrole da razão originado pelo desequilíbrio do chacra suadhistana, que repercute no emocional, e como decorrência, no comportamental do indivíduo.
No psicológico, entre o desejo e o prazer, encontramos algumas explicações na herança atávica relacionada ao pecado como "tentação diabólica", ou à castração punitiva via educação, alimentada pela repressão, auto-repressão e sentimento de culpa geradores de conflitos subjacentes que inibem o estímulo original, ou seja, o desejo.
André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier em "Sinal verde", registra que "O campo do desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, no qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita". E completa a sua racional análise: Desejo é realização antecipada. Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos. Como você pensa, você crê, e como você crê, será. A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha. A sentença de Jesus: Procura e achará, equivale a dizer: Encontrará o que deseja"
No raciocínio desta frase crística, segue Emmanuel pelo viés das obsessões em "Examina teu desejo", psicografia de Chico Xavier: "Farás o que desejas, assim sendo, se te relegas à maledicência, em breve te constituirás em veículo dos gênios infelizes que se dedicam à injuria e a crueldade. Se te deténs na caça ao prazer dos sentidos, cedo te converterás no intérprete das inteligências magnetizadas pelos vícios de variada expressão. Se te confias à pretensa superioridade, sob a embriaguez dos valores intelectuais mal aplicados, em pouco tempo te farás em canal de insensatez e desequilíbrio".
Segundo o Budismo e as suas quatro nobres verdades, a primeira nobre verdade é a existência do sofrimento: a segunda é que a causa dele são os três venenos: o desejo, a ignorância e a aversão: e a terceira nobre verdade é que o sofrimento acaba quando eliminamos os três venenos.
O LADO LUZ DO DESEJO
Como registrou Joanna de Ângelis em "Amor, imbatível amor", psicografia de Divaldo P. Franco, "O desejo e o prazer se transformam em alavancas que promovem o indivíduo ou abismos que o devoram. A essência da vida corporal, no entanto, é a conquista de si mesmo, a luta bem direcionada para que se consiga a vitória do Self, a sua harmonia e não apenas o gozo breve, que se transfere de um estágio para outro, sempre mais ansioso e perturbador". E completa: "Em esfera mais elevada, torna-se sentimento graças a conquista de algum ideal, alguma aspiração, anseio por alcançar metas agradáveis e desafiadoras, propensão à realização enobrecedora".
Em "Examina teu desejo", alerta-nos Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier: "Se te empenhas na boa vontade para com os semelhantes, imperceptívelmente terás o coração impelido pelos mensageiros do Alto ao serviço que possas desempenhar na construção da felicidade comum". E conclui ao relacionar desejo com auto-vigilância: "Examina os teus desejos e vigia os próprios pensamentos, porque onde situares o coração aí a vida te aguardará com as asas do bem ou as algemas do mal".
Para o Budismo, os desejos de iluminar, de amar sinceramente, de ter alegrias, de ser feliz, de sentir-se bem, de fazer o bem, entre outros, são bons desejos e não devem ser eliminados, pois na verdade, a transformação interior por intermédio do autoconhecimento, muda os desejos maus em desejos bons.
COMENTÁRIO
As contribuições da Psicologia, do Budismo e do Espiritismo, através das mensagens de Joanna de Ângelis, Emmanuel e André Luiz, reforçam a tese de que entre o desejo e o prazer existe realmente um espaço onde o bem e o mal transitam conforme as escolhas - livre arbítrio - de cada indivíduo. Como esse "vazio" encontra-se em uma área do psiquismo humano ainda pouco explorado pelos estudiosos do comportamento, conclui-se que a transcendência, fundamentada na teoria reencarnacionista e na fé raciocinada, consiga preencher este espaço deixado pelo (des)conhecimento do materialismo científico.
Como vimos, a padronização vida após vida do comportamento vicioso, onde ocorrem os desequilíbrios psíquico-espirituais entre desejo e prazer, somente é alterada pelo processo de autoconhecimento do indivíduo, quando ele percebe a vida de um ângulo mais profundo, ou seja, em conexão com o canal da transcendência como refere-se Mahatma Gandhi: "O desejo sincero e profundo do coração é sempre realizado; em minha própria vida tenho sempre verificado a certeza disso".
Acredito que seja dessa forma descrita por Gandhi que desejo e prazer se encontram e se completam sem deixar entre um e outro, o vazio da incompreensão científica, filosófica ou religiosa. E esse vazio só é preenchido por aquele que aceita a mudança de atitudes, pois somente a transformação íntima é que pode nos tirar, gradativamente, dos ciclos de desequilíbrios interiores que geram as enfermidades do corpo e da alma.
Psicoterapeuta Interdimensional
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Diz o dito popular, baseado na cultura cristã, que "devemos praticar o bem sem olhar pra quem". Afirmação que traz, implícitamente, os ensinamentos de Jesus Cristo, mas também a mensagem do Budismo através de Siddartha Gautama, o Buda.
No entanto, praticar o bem embuído de um sentimento de desapego e de amor incondicional, não é tarefa comum ou de fácil execução para a maioria dos humanos. Por quê? Porque trazemos conosco uma cultura anterior ao aparecimento de Jesus Cristo e de Siddartha Gautama na face da Terra. E nesse histórico de milhares de anos a.C. e de múltiplas encarnações do espírito imortal, sucumbimos inúmeras vezes pela energia do mal praticado nas suas mais diversas e sutis formas.
Hoje, em pleno século XXI, o mal - que é a ausência do bem - já perdeu muito do seu simbolismo maquiavélico e maniqueísta, representado pela aterradora imagem do demônio que arrastava os infiéis e pecadores para as eternas labaredas do inferno...
O terceiro milênio traz consigo a luz que afasta as sombras que ainda restam da idade média. O homem já não consegue mais esconder-se no simbolismo do mal - implícito e explícito - que perdurou durante séculos, hipnotizando e aterrorizando gerações de humanos. A figura do demônio começa a ser desmascarada pelas revelações dos novos tempos de transformações, e o mal, antes mistificado pelo poder religioso e pela imaginação popular, é desmistificado e devolvido à sua origem criadora: o próprio homem.
Portanto, o mal sem "máscaras" torna-se transparente e cada vez mais compreendido na sua bidimensionalidade espiritual e física. O demônio deixa de ser o "bode expiatório" da história, e o homem assume de fato - e de direito - aquilo que sempre lhe pertenceu: a responsabilidade pelos desequilíbrios de sua natureza física e espiritual contidos na interpretação das Leis Naturais (Universais).
Esses desequilíbrios expostos pelo desconhecimento das Leis Espirituais, revelam que o homem é o causador de seus infortúnios, e que o mal revela-se, entre outros, nas atrocidades geradas pela discriminação, ódio e maniqueísmo das guerras, como pela discriminação e preconceito gerado pela fofoca, inveja e pelo bullying que provoca traumas psíquicos no indivíduo e deixa sequelas para o resto da vida.
Não somos diabos nem deuses, mas criaturas inteligentes a caminho da evolução em um mundo que passa de "provas e expiações" para a realidade de regeneração espiritual.
Nesse sentido, o terceiro milênio chega com o recado de que a partir de agora estamos mais expostos em relação ao que verdadeiramente somos. Transparência que orienta-nos para olhar para dentro de nós mesmos e avaliar a trajetória até aqui, ou seja, "O que devemos mudar, reformar ou transformar para que possamos quebrar um paradígma íntimo que nos acompanha há muito tempo?"
Hoje, felizmente, verificamos que a transparência já atingiu os lares, as instituições públicas, privadas e religiosas; a política e até a Igreja, revelando resquícios da idade média que ainda encontravam-se escondidos nas sombras do anonimato e da máscara encobridora da verdade.
A verdade, aos poucos, como tem que ser, assume o seu lugar na nova história da humanidade. Tempo de revelações - e transformações - em que a prática do bem e do amor fraternal começa a despontar no horizonte da bem-aventurança, mostrando ao homem que a mudança de modelo que o acompanha há milenios, depende única e exclusivamente dele próprio... como agente transformador de realidades.
Gradualmente, começamos a perceber que somos vítimas de nós mesmos, ou seja, reféns do sombrio passado, cujo presente - e futuro - clama por luz e liberdade. Libertação que relaciona-se com a interdimensionalidade de nossas vidas e com os compromissos assumidos com o amor fraternal como forma de aprendizado nas relações humanas. Começando por nós mesmos ao assumirmos a autoresponsabilidade e continuando com o assumir de responsabilidades com o outrem no cotidiano da vida...
"Praticar o bem sem olhar pra quem" é uma verdade que nos desafia a cada momento vital. A prática do bem, experiência que renova sentimentos e restaura a saúde. Conscientização que leva-nos a um processo de erradicação da maldade que reside em nós mesmos, purificando o que antes era impuro; cicatrizando feridas abertas; pacificando mentes e corações... e curando o que antes era incurável.
A alma adoece pela prática do mal em todas as suas formas humanas. No entanto, a alma cura-se e eleva-se pelo exercício do bem em toda a sua transparência e transcendência...
O mal é a ausência do bem. O bem é a ausência do mal. O milênio da luz chega para esclarecer mentes e pacificar corações. Contudo, a escolha é nossa através da orientação do livre-arbítrio, como tem sido desde tempos imemoriais. Mas agora com uma diferença: somos espíritos encarnados em um mundo de regeneração, isto é, um mundo cuja frequência energética (ou consciencial) evoluiu, alterando dessa forma, a necessidade de adaptação por parte dos espíritos que retornam à Terra para mais uma experiência vital.
Vivemos tempos de reflexão e ação em prol de um mundo melhor e mais humano. Um mundo cujas consciências mais lúcidas passam a ser iluminadas por uma energia imaterial, responsável pelas grandes transformações que começam a ocorrer no planeta, cuja orientação baseada na lei Maior, leva-nos ao significado da palavra "regenerar", ou seja, "tornar a gerar (o que foi destruído), reconstituir, restaurar, formar-se de novo, corrigir(se) moralmente".
Portanto, diante da nova realidade vibracional do planeta, temos duas opções em relação a nós mesmos, considerando-se passado, presente e futuro: começar de novo e evoluir moralmente ou continuar o que viemos sendo ao longo dos séculos e renascer em um mundo compatível com a nossa sintonia.
A Lei Maior não discrimina, não segrega, apenas é lógica e coerente aos princípios evolutivos que regem o universo, que é a Lei do Amor.
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Energia sexual é energia criativa que move a vida, nossas vontades e desejos" (Carl Gustav Jung)
O objetivo desse artigo não é julgar moralmente o praticante do sexo casual ou adeptos das demais modalidades sexuais ditas não "convencionais", mas resgatar do milenar ensinamento filosófico-religioso taoista da China antiga, do também milenar conhecimento tântrico indiano e do secular espiritismo, algumas informações e tópicos que sejam compatíveis com o tema escolhido para o texto. É o que veremos a seguir.
O sexo, admirável fonte de felicidade e prazer, devido ao fácil apego que gera, sempre foi causa também de sofrimentos e deturpações. Prostituição e exploração sexual existem desde tempos imemoriais, mas atualmente adquiriram uma dimensão tal que o sexo, associado à propaganda, estimulado pela mídia e incentivado como uma maneira de viver, desviou-se totalmente da fonte de alegria e prazer que sempre foi.
A banalização do sexo veio como consequência da banalização do amor. Não deveria haver problemas ou proibições religiosas, exigências de celibato ou cobranças de fidelidade, mas como se perdeu a noção do que seja o amor e esse foi substituído pelo apego, gerando ciúmes, vinganças e desejos irrefreados de repetição do prazer sexual, o sexo acabou se tornando um problema a ser enfrentado e combatido.
SEXO, PERMUTA DE ENERGIAS
Sempre que corpos se unem num beijo, num abraço ou até num simples toque, ocorre uma troca de energias. Se a união é sensual, num beijo ou num ato sexual, a liberação energético-informativa hormonal que ocorre, estimula todas as células do corpo e torna a transferência energética muito mais intensa. A relação sexual é uma troca íntima de fluidos vitais, hormônios e energia sutil. O climax, no orgasmo, é o ápice na formação de um vínculo energético entre os parceiros. Cria-se, então, uma memória energética celular comum, um evento que liga permanentemente os dois parceiros.
Desse ponto de vista não há sexo seguro, pois sempre há troca e vínculo energéticos que fazem com que o(a) parceiro(a) permaneça em nós. Dessa forma, como dentro da experiência sexual há uma troca química, hormonal e energética profunda, se o ato sexual é efetuado com pessoas fora de sintonia com a nossa frequência pessoal, todo o "lixo" daquela pessoa virá para desarmonizar a nossa vibração.
SEXO E AMOR
Toda vez que determinada pessoa convida outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo nesse sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais em regime de reciprocidade. Podemos questionar: Sem amor, porque querer nos ligar a alguém que pouco ou nada conhecemos?
O verdadeiro amor não é possessivo e não busca incessantemente o sexo, pois por si só já é desapegado e fonte inesgotável de prazer. Porém, atualmente, quando se fala de amor, se fala de satisfação de carências do ego. Ama-se com o cérebro e não com o coração.
Ser atraente sexualmente e "livre" é a moda atual e vive-se em busca de valores sensoriais. Na falta de uma maneira mais profunda de se viver, mergulha-se no prazer dos sentidos como um fuga, e o sexo é o maior desses prazeres. A sexualidade que deveria ser uma ponte à níveis mais elevados de consciência, perde-se no instinto e no apego sensorial, e erra o alvo correto que deveria ser a espiritualidade e a ligação espiritual/amorosa entre dois seres.
SEXO, FREUD E A MÍDIA
Desde o advento da psicanálise, com Sigmund Freud, o homem descobriu que entre os processos psicológicos havia uma interpenetração de fatores sexuais. Freud, entretanto, atribuia a esses fatores sexuais as causas dos processos psicopatológicos. O seu trabalho foi importante porque mostrou como o fator sexual pode entrar no homem, manipulando-o a vontade para fazer dele um indivíduo melhor, pela psicoterapia.
No entanto, como todo conhecimento humano é bem e mal utilizado, a grande onda de sensualismo que a mídia nos impõe, vem dessa manipulação. O interesse não é outro senão ganhar dinheiro e criar postos de poder, pois utilizam-se para isso, pontos da fraqueza humana que foram descobertos com finalidades terapêuticas para induzir o indivíduo à dependência psíquica, infelizmente. Como fizeram com a pólvora - inventada para fins úteis - em guerras, fizeram dos conhecimentos da sexualidade nos mecanismos psicológicos de Freud, máquinas de ganhar dinheiro e poder, usando manipulação e dependência.
SEXO E (AUTO)RESPONSABILIDADE
Se não dominarmos nossos impulsos sexuais, poderemos ser prejudicados pelas amarras cármicas por onde fluem sentimentos entre as pessoas conectadas pelas relações sexuais. Por exemplo, se dormirmos com uma pessoa mal humorada, com crises de depressão, ou com muita raiva, passamos a vivenciar essas pesadas emoções de nosso(a) parceiro(a). Muitas vezes, inclusive, começamos a apresentar o mesmo comportamento daquele(a)...
Seria mais inteligente de nossa parte escolher com cuidado nossos(as) parceiros(as). O estado emocional que experenciarmos na hora da relação, será o que iremos implantar em nossos(as) companheiros(as). Antes de nos envolvermos com alguém, devemos ponderar amorosamente o que isso vai gerar na outra pessoa e em nós mesmos. Por isso, conhecer o caráter dessa pessoa, torna-se importante em toda relação de entrega íntima.
Sexo é espírito e vida a serviço da felicidade e da harmonia do universo. Consequentemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse. Por isso mesmo, o indivíduo precisa e deve saber o que fazer com com a sua energia sexual, observando como, com quem e para quem se utiliza de tais recursos, entendendo-se que todos os compromissos na vida sexual estão igualmente subordinados à Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princípio, de tudo o que dermos a outrem no mundo afetivo, outrem também nos dará.
CONCLUSÃO
Sem "fórmulas prontas" a respeito do comportamento sexual humano, o que na verdade não existe, deixemos que Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, conclua com a sensibilidade e a visão dos grandes mestres: "Diante dos sexo não nos achamos à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a sabedoria do universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que escolhemos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens"
FONTES DE CONSULTA
"Vida e sexo", Emmanuel/chico xavier
"A energia sexual", por Claudio Azevedo (www.orion.med.br/portal)
"A energia sexual e a espiritualidade", por Maria C. Zacharias (www.pedacinhosdeluz.blogspot.com)
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Ser lúcido é ver com transparência e compreender ou exprimir claramente algo que se tem clareza. Portanto, os níveis de "percepção da realidade", independem da dimensão a qual se encontra o indivíduo. Quanto mais lúcido o ser inteligente, mais apurada é a sua percepção. E nesse sentido, o autoconhecimento associado à sintonia elevada, são indicativos de que o indivíduo possui um bom nível de conscientização em relação a si mesmo e em relação às realidades dimensionais que fazem parte de sua existência.
E nesse processo evolutivo, a percepção apurada é a responsável pelos níveis de comunicação tanto no plano físico como no plano espiritual. A lucidez e o discernimento - via percepção sensorial e suprasensorial -, associado à sintonia elevada, fazem da consciência uma ferramenta de trabalho em prol dos necessitados de ajuda por encontrarem-se desarmonizados e distante de si mesmos.
No entanto, não basta termos o funcionamento normal das atividades mentais, se não tivermos a percepção da transcendência, ou seja, da imortalidade do espírito, uma vez que o ideal é conquistarmos a "translucidez" ou a consciência de que seja na dimensão em que estivermos, estaremos sempre perceptivos e lúcidos para interagirmos com seres compatíveis com a nossa sintonia ou com aqueles que necessitam de nosso auxílio.
As psicoterapias tradicionais, em geral, estão voltadas para a aplicação de técnicas que visam resgatar no indivíduo em tratamento, a lucidez fundamentada no funcionamento normal das atividades mentais.
As psicoterapias alternativas, em geral, direcionam a técnica investigativa do inconsciente além da situação intra-uterina do indivíduo, estimulando, dessa forma, a percepção - e a lucidez - além da fronteira dos cinco sentidos.
Contudo, tanto a memória cerebral, que contém importantes informações da vida atual, quanto a memória extracerebral que reúne valiosas informações de vidas passadas, são imprescindíveis no sentido de apurar a percepção do indivíduo e auxiliá-lo a elaborar um melhor nível de lucidez em relação à sua própria existência sentida como um todo indivizível...
O livro "Vozes da outra margem" que reúne mensagens psicografadas por Chico Xavier em Uberaba, revela-nos no capítulo quatro, "Atividades de um psiquiatra no além", a importância de cultivarmos a lucidez e investirmos no conhecimento durante as nossas experiências terrenas. É o que veremos a seguir, que são trechos extraídos de duas cartas psicografadas pelo médium espírita mineiro.
SEGUNDA CARTA
Na sua segunda carta dirigida à família, o Dr. Luiz Antonio Biazzio informa-nos algo interessante a respeito da psicologia: "O estudioso de problemas psicológicos encontra aqui um campo aberto às mais valiosas investigações. Se me fosse possível, aconselharia à família querida e a todos os nossos irmãos da humanidade. Aconselharia a cada um retirar alguns minutos de cada dia para indagar de si próprio o que está realmente fazendo para auxílio do próximo".
E segue o relato de suas impressões: "A luta em nossas paisagens espirituais ainda é grande pela necessidade de alijar dos amigos desencarnados recentemente, a carga por vezes pesada das falsas impressões que trazem do plano existencial de que procedem. Sou aqui um pequeno estudioso da análise psicológica dos numerosos que afluem da Terra. Muitos se sentem ainda na profissão que exerceram, outros são proprietários de terras que estão longe de se sentirem desligados da posse de bens que possuíam, gerando alucinações que é preciso curar pacientemente. Amigos que supunhamos orientados com clareza e segurança nos negócios a que se ajustavam no mundo, vêm perguntar por devedores e credores, interesses e lucros em que se julgam prejudicados, e a tarefa é muito grande no sentido de lhes prestar as informações necessárias. Os medicamentos mais eficazes são a paciência e o amor com que lhes tentamos alcançar os corações para renovar-lhes os sentimentos".
E conclui, o Dr. Luiz Antonio Biazzio: "A maioria dos irmãos recém-desencarnados alcançam a espiritualidade quase que na condição de alienados mentais, reclamando estágios de entendimento e revisão de tudo que vivenciaram na Terra, de modo a se desprenderem das posses que unicamente lhes serviam segundo certidão de identidade de que dispunham na vida física".
TERCEIRA CARTA
O conteúdo dessa mensagem é mais elucidativo no sentido de sua tarefa enquanto portador de conhecimentos ligados à psiquiatria: "Os meus estudos médicos não se perderam. Já estou trabalhando numa equipe de amigos que se entregaram com fé em Deus e coração aberto, à tarefa de reconfortar os doentes, especialmente aqueles que ainda se caracterizam por extensos distúrbios mentais. Vejo-me nas áreas de uma psiquiatria nova, em que os enfermos são amparados, a começar pela compreensão acerca deles mesmos, a fim de que nos habilitemos a liberá-los das perturbações a que ainda se mostram sujeitos...".
COMENTÁRIO
Na verdade, não percebo fundamental diferença nas funções que executo como psicoterapeuta Interdimensional em meu consultório, e como dirigente mediúnico na casa espírita que frequento há vários anos. As duas funções exigem a percepção de momento como ferramenta de trabalho no sentido de ajudar o ser inteligente a elaborar a percepção a respeito de si mesmo, pois é através da auto-percepção do indivíduo inserido em sua realidade dimensional - material ou espiritual - que o mesmo atinge o nível de lucidez necessário para compreender o verdadeiro significado da vida.
Tanto na realidade física como na realidade espiritual, as perturbações psíquico-espirituais são as mesmas, pois o desequilíbrio faz a diferença quando o ser inteligente não encontra-se lúcido o suficiente para compreender a sua real situação.
Nestes casos, que são inúmeros e que pertencem às duas dimensões da natureza hominal, a psicoterapia torna-se fundamental no sentido - como referiu-se o Dr. Luiz Antonio - de "renovar-lhes os sentimentos", pois é através da renovação de sentimentos que nos libertamos do pesado fardo do passado e adquirimos a lucidez para nos situarmos com segurança psicológica na dimensão em que estivermos. A partir deste momento existencial, atingimos a consciência ideal e tornamo-nos independentes e libertos de nós mesmos, pois a vida, para todos os seres inteligentes do universo tem um significado em comum, que é alcançar um estado de plena felicidade no UNO.