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A história revela, que com o passar dos séculos, o tratamento dos desequilíbrios mentais evoluiu consideravelmente. Dos casos atribuídos à bruxaria ou ao demonismo, cujas "vítimas" deveriam ser tratadas e não perseguidas ou isoladas do convívio social, a incipiente ciência do comportamento humano passou a adotar mecanismos terapêuticos que variavam conforme o grau de desequilíbrio psíquico do indivíduo. Algumas técnicas agressivas ou radicais, como a lobotomia e o eletrochoque, associaram-se à primeira fase de tratamento químico, que se por um lado acabava com os sintomas, por outro lado, gerava com o uso continuado, sequelas irreverssíveis.
Veio o século vinte, e os efeitos dos tratamentos químicos foram sensívelmente amenizados com as novas descobertas da ciência, que coincidiu com o avanço da psicanálise de Sigmund Freud. Porém, permaneceu a relação-dependência de certos medicamentos que cortavam o fluxo de processos patológicos, como as alucinações e delírios das doenças batizadas de "estruturais" por Freud, como a esquizofrenia e a paranóia.
A segunda metade do século vinte, marcou o surgimento da Terapia de Vidas Passadas, do psiquiatra norteamericano Brian Weiss, que revolucionou a ciência do comportamento humano, até então limitado às escolas que investigavam o inconsciente humano a partir da infância do indivíduo.
Com Weiss, a visão interdimensional da natureza humana ganha o mundo e influencia um sem número de profissionais que aderem à TVP ou criam outras linhas terapêuticas que contemplam em suas metodologias, a investigação do inconsciente além da barreira intrauterina.
Hoje, em pleno século vinte e um, estudos científicos informam sobre a existência de bases da integração mente, corpo, cérebro e espírito. A visão interdimensional da natureza humana, consolidada como forma de investigação e tratamento dos desequilíbrios psíquico-espirituais, proporciona um salto quântico de modernidade e de consciência em relação às sintonias que existem entre passado e presente, causa e efeito das psicopatologias humanas.
Atualmente, as Leis Divinas faladas há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, são naturalmente assimiladas, à medida que o Espiritismo trouxe a luz que faltava para compreendermos a lógica da reencarnação fundamentada em suas próprias leis.
Ampliou-se a visão de mundo e do significado da vida para o habitante do planeta Terra. E a ciência aproxima-se cada vez mais da ótica da interdimensionalidade humana.
Nesse sentido, portanto, a interdimensionalidade no consultório já é uma realidade confirmada pela experiência e conhecimento, e aceita e procurada por um número cada vez maior de pessoas que desejam conhecer de uma forma profunda, as origens de suas angústias e medos.
Foi-se o tempo da verdade única, que escondia interesses hipócritas a serviço dos poderosos. No alvorecer do milênio, as verdades começam a ser reveladas à luz da ciência e da consciência humana. Não temos mais porque escondê-las nas sombras, pois a modernidade trás consigo a lucidez necessária aos novos tempos de transformações.
Na segunda década do século vinte e um, o(a) psicoterapeuta interdimensional aborda com naturalidade e clareza, as conexões interdimensionais do psiquismo humano com acontecimentos registrados na memória extracerebral de seu paciente. Ou resgata da memória cerebral infantil, o material psíquico em sintonia com o sofrimento atual do adulto, que por sua vez, pode encontrar sintonia em uma vida pregressa, tal é a rede de interconexões psíquico-espirituais do ser inteligente que tem como marca registrada em sua essência, a imortalidade.
Portanto, como já era anunciado pelas antigas profecias e reforçado pelas previsões mais recentes, o atávico medo humano do desconhecido começa a ceder espaço ao avanço do novo, que traz consigo as mudanças necessárias ao conhecimento do homem, que amplia a visão de si mesmo inserido em uma realidade universalmente interdimensional.
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A capacidade de superação é uma característica genuinamente humana. E quando a força de vontade gera a energia da perseverança, mecanismos psíquico-espirituais são acionados em benefício da pessoa que deseja alterar o seu próprio modelo comportamental alicerçado em sentimentos negativos.
Luísa, carioca de 33 anos, é uma mulher adulta na idade, mas infantil em suas emoções ainda fixadas em sentimentos negativos do passado. A sua postura diante da vida é de uma pessoa medrosa, reprimida, desconfiada e com bloqueios na área da afetividade. Fatores que acabam por interferir no seu crescimento pessoal e profissional.
Em decorrência da repressão interna originada no passado, a baixa autoestima, associada a crises de depressão e pensamentos suicidas, tornam-se reflexos do processo obsessivo que trava um outro processo que deve ser livre, natural e expansivo: a vida. E quando não temos consciência das fixações que nos prendem ao passado, a vida torna-se um pesado fardo a ser carregado.
Dessa forma, ao gerar psicopatologias de fundo emocional, o drama pessoal pode intensificar-se e comprometer a estrutura psíquica do indivíduo, tornando-o "refém" de suas próprias experiências pregressas. E quando as verdades de cada um não são reveladas à luz da consciência, seja pela vontade férrea de superação, ou por intermédio de ajuda psicoterapêutica, ou ainda, pela fé raciocinada ou outro mecanismo consciente que altere para melhor o nível de autoconhecimento, difícilmente a pessoa se libertará das "amarras" psíquico-espirituais que a mantém fixada aos acontecimentos do passado.
Era o caso de Luísa, que fixada a mecanismos inconscientes, não conseguia libertar-se dos sintomas da depressão que a envolviam inapelavelmente, a ponto de alimentar idéias suicidas e comprometer, indefinidamente, o fluxo saudável da vida.
As sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica revelaram que parte de seu sofrimento psíquico e inabilidade nas relações afetivas com o sexo oposto, era fruto da falta de referência masculina na sua infância, agravado pelo sentimento de culpa originado na separação dos pais quando ela tinha apenas três anos de idade.
No entanto, Luísa apresentava traços paranóides que não caracterizavam uma mania de perseguição propriamente dita, mas um indicativo de que poderia haver uma sintonia de sentir-se perseguida ou vigiada, ou até mesmo o sentimento de culpa associado a situações de outras vidas.
Diante de tais indicativos que emergiram do processo terapêutico, encaminhamos o próximo passo para a sessão regressiva de memória, em busca de sintonias do passado que se relacionassem ao material psíquico que a psicoterapia havia revelado à luz da consciência.
REGRESSÃO DE MEMÓRIA
Na primeira revivência, Luísa sente-se em meio a uma explosão. Na sequência, percebe-se deitada na cama de uma enfermaria, convalescendo da amputação de uma perna. Ao lado do leito, visualiza uma pessoa que a visita.
Na segunda revivência, Luísa percebe-se aprisionada e com as mãos amarradas às costas. Está sendo torturada para que confesse a sua participação em ato, que segundo ela, não praticara. Na sequência, sente-se envolvida por intensa emoção associada ao sentimento de injustiça.
Na sequência regressiva, Luísa acessa a informação visual de uma esfinge egípcia, e sente que viveu naquela remota época, quando foi uma autoridade da casta dominante. Percebe que a esfinge simboliza o poder exercido por ela naquela vida.
Na quarta e última vivência, Luísa percebe-se como um homem que violenta sexualmente uma mulher. Sente que a mulher não reage e fica submissa às suas vontades, devido à imagem de homem poderoso que exerce sobre a sua vítima.
COMENTÁRIO
A espiritualidade superior permitiu e Luisa acessou situações de seu remoto passado que revelaram a relação de seus desequilíbrios psíquico-espirituais com o uso inconsequente do poder.
A experiência regressiva revelou que Luísa esteve intimamente relacionada ao poder em vivências passadas, quando fez uso da prepotência como forma de preservar interesses pessoais e dar vazão a energia de seus instintos.
No entanto, assim como Luísa foi vilã (ou vilão), ela também foi vítima de injustiça como registrou a experiência da tortura. Fato que gerou -via sintonia- a sensação atual de estar sendo perseguida, avaliada ou interrogada.
Contudo, sabemos que os dramas pessoais não são eternos. E sabemos da existência das leis da reencarnação que valem para todos os seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Porém, tais leis não representam uma condenação cega ou sentença perpétua, sem permitir ao espírito encarnado o direito de regenerar-se moralmente ou lutar pela sua felicidade.
Neste sentido, Luísa é uma pessoa que demonstra muita lucidez e tem consciência que a alteração do modelo comportamental depende dela mesmo. Por este motivo procurou ajuda na psicoterapia interdimensional.
E a P.I., ao revelar à luz da consciência de Luísa, importantes informações de sua memória extracerebral, contribuiu para que a mesma consiga elaborar a sua mudança comportamental, além de mostrar que o seu drama pessoal não é uma inapelável sentença condenatória, e sim, uma sintonia que pode ser alterada positivamente quando mecanismos psíquico-espirituais agem em benefício da pessoa que desperta para novos valores de vida.
OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.
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O ano de 2012 é referência para a humanidade, porque marca o primeiro período de uma longa fase de transição espiritual pela qual passará o planeta Terra.
Não é por acaso que várias profecias antigas e previsões mais recentes, apontam o início do terceiro milênio como época de significativas mudanças para o homem e o seu mundo.
Isto quer dizer que a fase de depuração espiritual encontra-se em curso até atingir, após o último período da fase de transição, a fase de regeneração espiritual, quando todos os espíritos reencarnados no planeta Terra vibrarão numa mesma faixa de sintonia.
Portanto, desde agora, observamos muitas mudanças no comportamento das pessoas. Existe uma crescente busca pelo autoconhecimento de nível avançado, ou seja, o autodescobrimento que visa o autoconhecer-se além da barreira intrauterina, na procura de uma identidade que seja revelada à luz da consciência pelas verdades da reencarnação.
Nesta direção, a psicoterapia avança para a psicologia da alma, que revela o que somos como consequência do que fomos. E diante da revelação, como quebrarmos o velho paradigma comportamental e construirmos um novo modelo elevado à luz da consciência e adequado às mudanças na frequência vibratória do planeta.
Há milênios, convivemos diariamente com as imperfeições que atrasam o progresso espiritual de uma grande maioria de humanos que reencarnam sucessivamente na Terra, um mundo em fase de transição espiritual de provas e expiações para uma realidade de regeneração espiritual.
Por este motivo, temos acompanhado nos dias atuais, a mudança comportamental que começa a exigir dos espíritos aqui reencarnados, o assumir do processo de depuração espiritual que envolva, justamente, as suas atávicas imperfeições, como o orgulho, o egoísmo, a inveja, a ambição desmedida e a prepotência, entre outras.
Através do assumir de uma nova consciência, muitas mentes em processo de depuração espiritual influenciam outros espíritos encarnados, que numa cadeia de intenções, passo a passo, começam a transformar realidades sociais antes subjugadas por sistemas ditatoriais ou por sistemas atolados na lama da corrupção.
Mentes perversas começam a sentir-se pressionadas pelos novos tempos de transformações, e já não encontram terreno fértil para a livre prática do jogo maquiavélico. A sensação de insegurança que sentimos no "ar" é em razão da agitação que ocorre no âmbito das mudanças previstas para o início do milênio em curso.
Para que se instale a plenitude de uma nova era, é necessário que o caos das transformações vigore por tempo indeterminado pelo nosso calendário, porque nada é dado de graça, e sim, conquistado com luta e perseverança. O que até aqui construímos, devemos separar o joio do trigo e desconsiderar o que não foi edificante para a humanidade.
A referência -ano 2012- serve como marco para que o ser dotado de inteligência e livre-arbítrio, repense as suas atitudes diante da vida e abdique do que não for construtivo para si mesmo e para o outrem pelo qual também é responsável.
A partir de 2012, todo pensamento ou atitude elevada no bem e no amor fraterno, representa "bônus" de acréscimo no currículo de cada ser imortal. A transparência baseada na clareza de intenções reveladas à luz da consciência é o referencial para aqueles que desejam acompanhar as mudanças em curso.
Neste sentido, a atividade física regular e o hábito da prece espontânea, da meditação, a prática do bem no cotidiano da vida e o autoconhecimento que supere as limitações da dimensão física, representam mecanismos saudáveis e fundamentais no processo de depuração espiritual exigido neste alvorecer de milênio.
Quem ficar para trás, fixado em suas velhas imperfeições, perderá precioso tempo de acompanhar as mudanças que, gradativamente, libertam o espírito de um passado comprometedor.
2012: não espere o tempo passar e dê início ao processo íntimo que o tornará um ser de bem com a vida em um mundo de profundas transformações.
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Muitos de nós, em algumas situações e sem entendermos os motivos, agimos de uma forma inesperada que não combina com a nossa personalidade ou modo de ser e agir. Passada a experiência, ficamos a refletir sobre o porquê de termos tomada aquela incomum atitude.
Em outras situações, de uma forma plasmada em nossa mente, fixamos uma imagem que é sempre a mesma, sem termos lembranças de sua origem, mas que permanece imutável como se fosse um quadro mental gravado de uma experiência pregressa.
Há momentos que não conseguimos explicar certas sensações térmicas: Por que sentimos frio associado a um sentimento que momentaneamente experenciamos? Qual a razão desta repentína sensação que nos invade a ponto de buscarmos o calor na proteção do agasalho ou cobertor?
Estas experiências, no entanto, diferem de uma pessoa para outra. Em algumas tornam-se mais intensas, em outras, menos intensas ou até mesmo inexistentes. E a razão desta diferença está no nível de mediunidade da pessoa, porque a mediunidade ostensiva (equilibrada ou em desequilíbrio), e alguns casos diagnosticados como esquizofrenia, representam situações em que a sensibilidade mediúnica do indivíduo encontra-se aflorada e em sintonia com experiências psíquicamente traumáticas ou sentimentos não resolvidos do passado que acabam comprometendo o equilíbrio emocional da pessoa.
É o relato de caso que veremos a seguir, ocorrido no presente mês, durante o primeiro atendimento da psicoterapia interdimensional na cidade do Rio de Janeiro.
Laura é uma típica carioca: descontraída, comunicativa, sociável, mas com um sentimento não resolvido com a energia do amor. Fora criada pelo pai e uma madrasta desequilibrada emocionalmente, que a fez passar por experiências de maus tratos na infância.
Aos treze anos de idade, conheceu um rapaz pelo qual se apaixonou. Porém, com o passar do tempo o caráter do namorado foi se revelando à luz da verdade. Mesmo assim, aos quatorze anos, Laura engravidou e dessa relação que durou quinze anos, nasceu mais um filho homem.
Quando separou-se, aos trinta anos, Laura decidiu mudar-se com os seus dois filhos para uma cidade do interior paranaense onde vivera com seus pais durante alguns anos da infância, e onde permanece até hoje, embora, com alguma frequência, retorne ao Rio de Janeiro para visitar familiares.
Laura, que é médium espírita e terapeuta reikiana, procurou atendimento na P.I. porque desde a infância convive com experiências que para ela não existem explicações racionais. Foram várias situações em que, repentínamente, teve que tomar atitudes de difícil explicação à luz da ciência, como a reação imediata que teve ao ser molestada em um ônibus no Rio de Janeiro, mobilizando motorista e passageiros e fazendo com que as duas pessoas envolvidas no ato, saíssem imediatamente do coletivo. Experiência em que a firmeza de atitude, a frieza e a estratégia adotada no momento, não faziam parte de sua personalidade como ela mesmo registrou: "Foi como se eu estivesse em transe, sentindo-me com a coragem de um homem valente".
Outras situações que a impressionaram e das quais não obtinha respostas, era o frio que sentia, principalmente quando associado ao sentimento de solidão ou alguns sintomas depressivos: "Nestas ocasiões eu tenho que pegar um casaco, manta, touca e até um cobertor para me cobrir, tal é o frio que sinto", referindo-se à intensidade das experiências.
Laura trazia consigo desde a infância, uma imagem congelada em sua mente, que depois virou uma tela desenhada e pintada por ela: era a imagem de uma freira nua, ajoelhada, e que, extremamente angustiada pelo sentimento de culpa, perdia perdão a Deus.
Após a primeira sessão de psicoterapia que também foi avaliativa de caso, passamos para a regressão de memória com forte indicativo de sentimentos não resolvidos que associavam-se às suas emoções, e indicativo de sensação térmica (frio) e de inexplicáveis experiências do cotidiano, quando tinha a sensação de agir como se tivesse outra personalidade. E a experiência regressiva foi a fundo na busca das conexões interdimensionais apontadas pelos indicativos da psicoterapia.
A REGRESSÃO
Na primeira vivência, no útero materno de aluguel, conforme ficara sabendo mais tarde, Laura sente-se amada pelo pai biológico que deseja uma mulher como filha. Uma forte emoção a envolve quando, após o nascimento, sente-se protegida nos braços do progenitor. Nova emoção a invade quando, de mãos dadas passeia com aquele que fora a referência afetiva de sua vida.
Na segunda vivência, Laura sente muito frio. Percebe-se vivendo na rua. Era uma menina, que devido aos maus tratos, tinha fugido de casa e encontrava-se mendigando pelas ruas. Fora uma vida de muito sofrimento que termina no seio de uma "família" de mendigos que se uniram por afinidades.
Na terceira vivência, ela percebe-se como uma religiosa que experimenta um intenso sentimento de culpa, pois apaixonara-se perdida e platonicamente por um rapaz. Por isso, sente-se atormentada pela culpa do pecado, e num ato simbólico, completamente despida, ajoelha-se e pede perdão a Deus. No entanto, desencarna com o sentimento de amor não resolvido.
Na quarta vivência, Laura sente-se um homem em cima de uma colina fazendo uma avaliação de sua vida. Era um guerreiro habilidoso na arte dos combates corpo a corpo. Mas cansado de tantas mortes e combates sangrentos, não via mais sentido em servir a um senhor da guerra ou executar um plano em que era pago devido ao seu preparo e conhecimento para matar. Era um velho guerreiro ninja que desertava da violência que caracterizara a sua vida.
COMENTÁRIO
Os efeitos de um sentimento mais intenso ou de uma sensação inexplicável, geralmente, encontram as suas origens a partir da situação intrauterina em direção a vidas passadas.
A experiência regressiva de Laura, prova, mais uma vez, que pessoas dotadas de uma sensibilidade especial (mediùnica) podem envolver-se em experiências vitais de difícil explicação sob o ponto de vista da psicologia clássica.
O caso abordado neste artigo, revela que sentimentos e sensações mais intensas encontram sintonias em fatos ou situações inimagináveis sob o prisma da visão linear da natureza humana. Visão que não contempla as experiências de outras vidas que podem ser acessadas pelo arquivo da memória extracerebral.
Portanto, a experiência regressiva e interdimensional de Laura, que acessou informações de suas memórias cerebral e extracerebral, foi precisa e rica na qualidade das informações de que ela precisava para elaborar um melhor nível de autoconhecimento.
Na experiência regressiva, Laura, o seu mentor e o terapeuta interdimensional, superaram a "barreira do tempo" sem transgredir as leis da reencarnação, ou seja, o que foi permitido foi autorizado em benefício de Laura. Indicativo de seu merecimento.
OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.

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A psicoterapia interdimensional utiliza a regressão de memória como meio de investigar mais ágil e profundamente, as origens dos traumas psíquicos relacionados à fobias, pânico, depressão, entre outros, que acompanham o indivíduo em seu modelo comportamental até a vida presente.
Como a vida atual, a partir da situação intrauterina é uma consequência de nossas vivências passadas, a regressão tem a particularidade de sintonizar através de sensações físicas, sentimentos, emoções ou visualizações, fatos ocorridos no pretérito que se relacionam com a queixa principal da pessoa, ou seja, o seu desconforto físico ou psíquico-espiritual. É denominada psicoterapia interdimensional porque aborda as duas realidades dimensionais do indivíduo: a física (infância até útero materno) e a espiritual (vidas passadas).
A psicoterapia de orientação psicanalítica, diante do conteúdo psíquico-espiritual que emerge da associação livre e da experiência regressiva (memórias cerebral e extracerebral), associa tais informações para que -através de interpretações por parte do psicoterapeuta- a pessoa processe internamente (elaboração) a conscientização das origens de seus medos, bloqueios ou condicionamentos comportamentais.
No entanto, a regressão na psicoterapia interdimensional é predominantemente espiritual (90%), sendo o mentor da pessoa o encarregado de mostrar-lhe o que ela poderá acessar em benefício próprio. No processo regressivo, o terapeuta interdimensional participa contribuindo com a técnica que cria condições ideais de relaxamento físico e expansão consciencial. O mentor da pessoa contribui com a parte mais importante, que é o acesso -quando autorizado pela hierarquia espiritual- a fatos ou situações que estejam relacionados aos problemas atuais do indivíduo.
Desta forma, o terapeuta interdimensional não tem poder algum sobre o processo regressivo em si, tornando-se somente um facilitador para que as conexões psíquico-espirituais se realizem durante o processo em que ele(a) acompanha atentamente.
Terminada a experiência regressiva, é momento do psicoterapeuta reassumir a sua responsabilidade nas conexões (interpretações) importantes ao processo terapêutico. Contudo, certas experiências regressivas ricas na fluência e na qualidade elaborativa, praticamente dispensam as interpretações do terapeuta, pois a pessoa reune as informações necessárias para elaborar dentro do processo de conscientização que leva à autocura.
As dificuldades que algumas pessoas apresentam na regressão de memória, como tensão, ansiedade e bloqueio, geralmente, são originadas por um conjunto de crenças relacionadas a valores materialistas. O ego excessivamente controlador, a dúvida, o medo, ou mesmo a descrença em valores espiritualistas, servem como "ferramentas" inconscientes ou semi-conscientes de bloqueio, que condicionam o indivíduo a um nível de percepções que envolve o âmbito dos cinco sentidos. Essas pessoas, por não conseguirem se desprenderem de seus egos, sentem dificuldades em integrar-se ao processo que leva à experiência regressiva.
Portanto, regredir ao passado através das memórias cerebral ou extracerebral, ou mesmo durante o sono, soltar-se do corpo físico nas experiências de volitação e contato espiritual com entes queridos, exige um certo grau de desprendimento do espírito em relação aos condicionamentos do ego que nos fixam (prendem) à dimensão material.
Acreditar que temos um mentor, espírito amigo que está disposto a nos ajudar no momento da regressão de memória, e que a qualidade da experiência será importante para o autoconhecimento, é a melhor forma de nos encontrarmos preparados para a experiência regressiva.
Regredir é desprender-se do ego e seus apegos. Difícilmente conseguiremos uma boa qualidade nas experiências que transcendem a percepção dos cinco sentidos, se nos encontramos distantes e incrédulos na relação com a nossa natureza espiritual. Neste sentido, a percepção adaptada à realidade das relações interdimensionais, é a chave que libera o ser dotado de inteligência e livre arbítrio para voos mais altos do espírito imortal.
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Com a sensação manifestada em um desabafo durante a primeira sessão de psicoterapia interdimensional, Cristina revela a angústia que a atormenta desde os primeiros anos de sua infância.
Sintomático, sob o ponto de vista psicanalítico e, significativo, sob o prisma da regressão de memória a vidas passadas, a sua sensação sintetiza uma infância reprimida por ter sido uma criança diferente, esperta, questionadora. O inverso de seus pais e irmãos que se acomodaram numa linha comportamental de características conservadoras e conformistas.
Pelo fato de ter sido, sistematicamente, podada em família e na escola, Cristina tornou-se uma adolescente retraída, traumatizada e com medo de se expor em público. Porém, sem perder a sua sede de conhecimento, o que a mantinha focada em seus objetivos de vida.
No entanto, com o passar dos anos a sua angústia de sentir-se excluída socialmente, começou a afetar a sua relação com as pessoas e consigo própria. Em consequência, apareceram os primeiros sinais depressivos, acompanhados da sensação de isolamento e abandono.
Conforme as informações que emergiram de seu inconsciente durante as sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica, poderíamos atribuir o seu sofrimento psíquico ao resultado do bullying sofrido na infância, e direcionarmos o tratamento neste sentido e nesta lógica. Porém, um detalhe sobressaiu-se aos demais na associação livre: o fato de Cristina sentir-se excluída desde os primeiros anos de sua vida. Indicativo de que havia, nos recônditos de seu inconsciente, a sintonia do remoto passado.
Portanto, na sequência do processo terapêutico, foi encaminhada a regressão de memória com o objetivo de buscar informações que estabelecessem a conexão presente-passado. Na experiência, Cristina acessa uma vivência na qual experimentara a mesma angústia atual, ou seja, a sensação de exclusão social.
Confinada em uma gruta, por ser considerada (era um homem) ameaça para os habitantes do pequeno povoado, Cristina sente-se extremamente solitária e percebe que se encontra naquele lugar porque praticara atos de agressão física contra pessoas. Condenada a viver reclusa, tem a permissão de sair da gruta somente para saciar a sua sede em uma fonte d´água, fazer as suas necessidades fisiológicas e de higiene pessoal. Fugir nem pensar, porque além de ser vigiada, o povoado era rodeado por uma floresta densa e impenetrável.
Reclusa da vida social e alimentando um sentimento de rejeição, os anos foram passando e debilitando o seu corpo e a sua mente, até desencarnar na caverna onde passara a maior parte de sua vida.
Na sequência da experiência regressiva, Cristina percebe-se como um homem que vive uma vida de viajante, ou seja, é representante de uma empresa e viaja para fazer contatos com outras pessoas. Sente-se feliz na vida que leva, embora não tenha constituído família. Termina a sua trajetória física como aposentado vivendo entre pescadores de um distante povoado litorâneo.
Na terceira vivência, Cristina percebe-se vivendo em meio à natureza. Era bióloga, integrante de uma equipe responsável por pesquisas em uma grande extensão de terras ainda selvagens. Apesar de gostar do que fazia, sentia-se muito solitária e com este sentimento passou o resto de sua vida. Não casou e não teve filhos.
COMENTÁRIO
O principal objetivo da regressão de memória dentro do processo terapêutico é buscar em vivências pregressas, informações como traços de personalidade ou caráter que sintonizem com o momento atual da pessoa, e trabalhar no sentido psicoterapêutico para que a mesma elabore as interpretações da experiência regressiva.
Outro objetivo de igual importância, é o acréscimo de qualidade no nível do autoconhecimento. Principalmente quando o conteúdo da experiência regressiva passa pelo processo de elaboração e compreensão do momento vital.
As sensações ou sentimentos mais intensos, geralmente, tem a sua origem em outras vidas. Por este motivo, é fundamental a regressão além da memória cerebral, porque é na memória extracerebral que se encontram os registros mais antigos do indivíduo dotado de inteligência e livre-arbítrio. Quando a investigação psicoterapêutica é limitada, o resultado torna-se parcial e incompleto.
No caso apresentado, a partir das informações coletadas das sessões de psicoterapia, fomos em busca de mais informações através da regressão de memória extracerebral. E o passado de Cristina nos forneceu respostas que se encaixaram como peças em um jogo de quebra-cabeças de ingredientes psíquico-espirituais. Na primeira vivência, Cristina acessa a origem da sintonia que a acompanha desde a infância, ou seja, a sensação de exclusão social. Aquela vivência "calou fundo" em seu inconsciente a ponto de repercutir na vida presente em forma de sentimento de rejeição. As duas últimas vivências revelam uma Cristina mais saudável, centrada, que interage melhor com o mundo à sua volta, embora a última vivência na qual era uma bióloga, mostre novamente o seu traço de tendência depressiva, solitária e anti-social.
Ao avaliarmos a experiência regressiva de Cristina, verificamos que foi enriquecedora tanto para o processo terapêutico quanto para o seu autoconhecimento. E quando estes fatores se unem, gera o que a psicoterapia interdimensional denomina "associação ideal", isto é, um processo elaborativo que, geralmente, leva a pessoa à autocura de seu desequilíbrio emocional.
OBS: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.
As psicoterapias que investigam a natureza interdimensional do homem têm, como referência básica, as leis naturais, também conhecidas como leis universais, morais ou divinas.
Essas leis que se encontram internalizadas em nosso inconsciente e que foram transmitidas intuitivamente aos grandes filosofos da Antiguidade, a Siddartha Gautama (Buda), e reveladas pelos espíritos da verdade a Allan Kardec durante a codificação do Espiritismo, impõe-se naturalmente e influencia tanto as linhas terapêuticas alternativas, quanto as escolas terapêuticas clássicas de orientação psicanalítica.
A energia humana em forma de aura, que revela através de suas cores a situação bio-psíquico-espiritual do indivíduo, é a confirmação de que somos o que vibramos energeticamente.
Se a nossa frequência vibratória é baixa, indica que estamos vulneráveis às doenças e ao assédio de entidades espirituais afins, ou seja, que nos encontramos energeticamente desprotegidos diante do universo ao qual estamos inseridos. Portanto, a baixa sintonia é indicativo de desequilíbrio vital com repercussões de efeito negativo no corpo físico, na mente e no espírito.
Geralmente, são responsáveis pela baixa frequência vibratória, o nosso estado psíquico refletido por sentimentos negativos que alimentamos nas relações interpessoais, como a raiva, a vingança, a inveja, a ambição e o ciúme, entre outros.
Essa densa energia que nos acompanha e envolve, torna-nos indivíduos "pesados" e predispostos ao surgimento de enfermidades de origem ainda desconhecida pela ciência oficial, como as somatizações e os processos obsessivos de fundo psíquico-espiritual.
Inclusive, a sensação de infelicidade ou de desânimo diante da vida, são frutos de nossa condição energética que limita a capacidade individual de discernir sobre os acontecimentos que envolvem o nosso dia-a-dia, interferindo, dessa forma, na lucidez que transcende a sensibilidade relacionada aos cinco sentidos...
Sem a lucidez necessária, a vida vira um ciclo vicioso de acontecimentos que se repetem, sem que tenhamos a percepção do que precisa ser transformado em benefício do outrem e de si próprio. É quando as queixas se cristalizam e os nossos problemas tornam-se crônicos e sem perspectivas de solução.
COMO PODEMOS ALTERAR A NOSSA SINTONIA?
O autoconhecimento avançado, isto é, o conhecimento de si mesmo que transcende a percepção de realidade centrada no ego, é uma forma gradual de aprimorar a visão de vida e, consequentemente, transformar o que precisa ser transformado a partir de uma percepção centrada no eu superior.
É se valorizando e se conhecendo além das mazelas e limitações do materialismo, que o ser inteligente e imortal, elaborará um nível de lucidez capaz de alterar a sua própria frequência vibratória.
A compreensão dos mecanismos psíquico-espirituais que geram a inveja, o ciúme, a mágoa e a cólera, entre outros sentimentos negativos, representa no sentido terapêutico interdimensional, a "alavanca" que acionará o processo de alteração bioenergética.
A lenta depuração da energia interior associada a sentimentos negativos que trazemos de muitas vivências, será responsável, a médio ou longo prazo, pela eliminação de nossas queixas e de nossos "insolúveis" problemas. É tudo uma questão de alteração positiva de nosso nível de lucidez. Lucidez compatível com a elevação da sintonia.
Com a melhora do nível de autoconhecimento, pequenas verdades são incorporadas ao nosso psiquismo de uma forma elaborada, tornando-se conquistas alcançadas pelo eu superior que visualiza a existência inserida em um contexto vital de relações interdimensionais.
Na dinâmica da vida, nada é estanque ou imutável. Os espíritos evoluídos são incansáveis em alertar-nos que a reencarnação, independentemente do que tenha ocorrido no passado, é um terreno fértil para as descobertas, aprendizados e progresso do indivíduo.