sábado, 17 de março de 2012

A interdimensionalidade no consultório

A interdimensionalidade no consultório



A história revela, que com o passar dos séculos, o tratamento dos desequilíbrios mentais evoluiu consideravelmente. Dos casos atribuídos à bruxaria ou ao demonismo, cujas "vítimas" deveriam ser tratadas e não perseguidas ou isoladas do convívio social, a incipiente ciência do comportamento humano passou a adotar mecanismos terapêuticos que variavam conforme o grau de desequilíbrio psíquico do indivíduo. Algumas técnicas agressivas ou radicais, como a lobotomia e o eletrochoque, associaram-se à primeira fase de tratamento químico, que se por um lado acabava com os sintomas, por outro lado, gerava com o uso continuado, sequelas irreverssíveis.

Veio o século vinte, e os efeitos dos tratamentos químicos foram sensívelmente amenizados com as novas descobertas da ciência, que coincidiu com o avanço da psicanálise de Sigmund Freud. Porém, permaneceu a relação-dependência de certos medicamentos que cortavam o fluxo de processos patológicos, como as alucinações e delírios das doenças batizadas de "estruturais" por Freud, como a esquizofrenia e a paranóia.

A segunda metade do século vinte, marcou o surgimento da Terapia de Vidas Passadas, do psiquiatra norteamericano Brian Weiss, que revolucionou a ciência do comportamento humano, até então limitado às escolas que investigavam o inconsciente humano a partir da infância do indivíduo.

Com Weiss, a visão interdimensional da natureza humana ganha o mundo e influencia um sem número de profissionais que aderem à TVP ou criam outras linhas terapêuticas que contemplam em suas metodologias, a investigação do inconsciente além da barreira intrauterina.

Hoje, em pleno século vinte e um, estudos científicos informam sobre a existência de bases da integração mente, corpo, cérebro e espírito. A visão interdimensional da natureza humana, consolidada como forma de investigação e tratamento dos desequilíbrios psíquico-espirituais, proporciona um salto quântico de modernidade e de consciência em relação às sintonias que existem entre passado e presente, causa e efeito das psicopatologias humanas.

Atualmente, as Leis Divinas faladas há mais de dois mil anos por Jesus Cristo, são naturalmente assimiladas, à medida que o Espiritismo trouxe a luz que faltava para compreendermos a lógica da reencarnação fundamentada em suas próprias leis.

Ampliou-se a visão de mundo e do significado da vida para o habitante do planeta Terra. E a ciência aproxima-se cada vez mais da ótica da interdimensionalidade humana.

Nesse sentido, portanto, a interdimensionalidade no consultório já é uma realidade confirmada pela experiência e conhecimento, e aceita e procurada por um número cada vez maior de pessoas que desejam conhecer de uma forma profunda, as origens de suas angústias e medos.

Foi-se o tempo da verdade única, que escondia interesses hipócritas a serviço dos poderosos. No alvorecer do milênio, as verdades começam a ser reveladas à luz da ciência e da consciência humana. Não temos mais porque escondê-las nas sombras, pois a modernidade trás consigo a lucidez necessária aos novos tempos de transformações.

Na segunda década do século vinte e um, o(a) psicoterapeuta interdimensional aborda com naturalidade e clareza, as conexões interdimensionais do psiquismo humano com acontecimentos registrados na memória extracerebral de seu paciente. Ou resgata da memória cerebral infantil, o material psíquico em sintonia com o sofrimento atual do adulto, que por sua vez, pode encontrar sintonia em uma vida pregressa, tal é a rede de interconexões psíquico-espirituais do ser inteligente que tem como marca registrada em sua essência, a imortalidade.

Portanto, como já era anunciado pelas antigas profecias e reforçado pelas previsões mais recentes, o atávico medo humano do desconhecido começa a ceder espaço ao avanço do novo, que traz consigo as mudanças necessárias ao conhecimento do homem, que amplia a visão de si mesmo inserido em uma realidade universalmente interdimensional.